Fruto Do Nosso Amor - Vinicius Jr

001

Rayssa Lima Fontinelli
📍Rio de Janeiro. 2017.

— Você não pode ta falando sério.

— Eu tô. - Seu tom de voz parecia bravo.

— Não Vinicius! Se você quiser eu vou com você, eu arrumo um jeito!

— Não tem jeito, Rayssa! Eu tô indo pra Madrid amanhã de noite.

— Amanhã? Você disse que era próxima semana!

— Eu adiantei a minha viagem, ok? Dá licença que preciso terminar de organizar uma coisas.

— Dá licença nada! Como que você tá indo pra outro país sem consultar a sua namorada? Ta achando que carrego uma bola de cristal pra cima e pra baixo?! - Seguro o braço dele.

— Quer saber? Eu to cansado de você! Eu quero terminar! - Ele puxa o braço com força.

— O que? Você ta ficando maluco? A gente pode namorar a distância ou até mesmo...

— Não Rayssa! Eu não to ficando maluco, mas acontece que eu não consigo manter um relacionamento à distância!

— É isso mesmo que você quer?

— É Rayssa! Agora some da minha vida, me deixa em paz! - Ao ouvir aquelas palavras eu só queria chorar, mas não queria chorar ali, na frente dele. Apenas saí correndo em direção a porta e liguei meu carro, indo para casa.

Chegando em casa...

Entro em casa e bato a porta com força.

— Ei, Rayssa! - Esculto a voz de minha irmã.

— Me deixa em paz, Rebecca! - Subo as escadas.

— Ei espera, vamos conversar! - Ela corre atrás de mim. — Abre essa porta Rayssa! - Ela parte na porta.

— Me deixa em paz, por favor!

— Eu sou sua irmã mais velha e eu quero te ajudar, então abre a droga dessa porta agora! - Ela grita, então eu abri a porta. — O que aconteceu? Como foi lá no Vinicius?

— Esquece ele! Eu não quero mais saber dele na minha vida! - Sinto uma vontade de vomitar então vou correndo em direção ao banheiro. Não entendo, não comi nada que me fizesse mal, ah não ser que.. Ah não! — Era só o que me faltava! - Falo enquanto lavo a boca e escovo os dentes.

— O que? - Ela pergunta.

— Eu acho que eu to grávida. - Falo.

— Como assim?

— Rebecca, eu to atrasada faz um mês!

— Pode ser só coincidência ou só um mal estar.

— Não, não é. - Falo saindo do banheiro.

— Onde você vai?

— Eu vou na farmácia. Preciso saber se eu to certa ou só com paranóia.

— Eu vou junto.

Pego as chaves do meu carro e vou em direção à farmácia, estaciono meu carro e entro junto com Rebecca. Pego duas caixas e vou ao caixa pagar. Entramos no carro e fomos para casa.

— A mãe ta ligando. - Ela fala.

— Atende.

— Oi mãe.

— Rebbeca cadê você? Eu cheguei em casa e não havia ninguém. Você disse que ia me esperar.

— Desculpa mãe, é que aconteceu um negócio que eu tive que vir junto com a Rayssa.

— Ok, mas já estão perto?

— Acabamos de entrar no condomínio.

— Certo, vou preparar a janta.

— Ok, beijo, te amo. - Ela desliga.

— Chegamos. - Estaciono o carro na garagem. Entramos dentro de casa, fui em direção ao banheiro fazer logo os dois testes, já não estava aguentando mais.

— E aí, o que deu?

— Nada ainda, tem que esperar de 3 à 5 minutos. - Espero um pouquinho e vou olhar o teste, e...

positivo.

Não consigo acreditar, não sei como vou cuidar dessa criança. Afinal, eu tenho apenas 17 anos e o pai nem da minha existência quer saber! Mas estou feliz que irei realizar meu sonho de quando eu tinha 12 anos, que era ter minha família!

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