"Olá Van..." A voz disse e eu virei-me para trás devagarinho, esperando que não fosse quem eu pensava que era.
Mas era ele.
Daniel.
"O que é que fazes aqui?" Disse friamente, cruzando os braços.
Daniel começa-se a rir "Não te lembras que me deves dinheiro, gatinha?"
"Nunca mais me chames gatinha!" Gritei "E eu já te dei o que te devia"
"Não, gatinha" Ele disse, chegando mais perto de mim "Deves-me 50 euros da última corrida"
Devem estar confusos.
À uns anos atrás, quando eu tinha apenas 10 anos, conheci o Daniel. Naquela altura, ele tinha 13 anos e começei a andar com ele. Com o tempo, começei a gostar dele e pensava que ele também gostava de mim. Mas era tudo uma mentira.
Daniel sabia que eu tinha um talento natural para competir em corridas de carro, a minha mãe ensinou-me a conduzir aos 9 anos. Eu sei que parece estranho, mas ela sempre adorou carros e acabou por me ensinar desde muito cedo. Posso dizer que não tive uma infância normal. Então, ele apostava em mim com outras pessoas e dividíamos o dinheiro.
Foi das corridas que consegui juntar aqueles 2000 euros. Corria quando os meus pais não estavam em casa, e ganhava sempre.
Até que comecei a ter problemas. Descobri que Daniel não gosta de mim, começei a ter pensamentos "negativos", como a psicóloga disse, e foi tudo por água abaixo.
Tive que continuar a conviver com ele, pois os meus pais eram muito amigos dos pais dele. Os meus pais pensam que nós somos os melhores amigos e a minha mãe até desconfiava que namorávamos às escondidas.
Corri uma última vez na noite anterior da minha fuga, pensando que podia ganhar mais dinheiro. Mas perdi.
"Como é que me encontraste?" Eu pergunto-lhe, afastando-me dele. Posso não o admitir mas tenho receio que ele me magoe.
"Sempre soube que adoravas a Austrália" Disse com um sorriso maléfico. Ele chegou-se para mais perto de mim "Agora onde é que estão os meus 50 euros, querida?"
"Nunca mais me chames isso, parvalhão de merda" Eu disse-lhe, mexendo na minha mala à procura de dinheiro. Encontrei 50 euros e dei-lhe. Ele contou e depois sorriu, olhando-me de alto a baixo.
"O que foi?" Eu disse-lhe, olhando-o rudemente.
Ele riu-se e agarrou-me na cintura com as duas mãos, puxando-me para ele. Tentei soltar-me, mas ele tinha mais força. Ele inclinou-se e sussurrou no meu ouvido "Nunca te devia ter deixado, gatinha. Afinal, já te viste ao espelho? Jesus" A sua mão desceu para o meu rabo e apertou-o. Eu dei-lhe uma chapada na cara imediatamente, o que fez com que ele se afastasse. Pos a sua mão na bochecha que estava marcada e olhou-me friamente. Devo dizer que aquele olhar me causou um arrepio.
E depois lembrei-me da arma que tinha na mala. Num movimento rápido, agarrei-a e apontei-lhe antes que ele se podesse aproximar outra vez. Pude ver que estava chocado, mas que o tentava esconder.
"Não eras capaz, Van" Ele disse com um sorriso convencido. Ele tinha razão. Eu não era capaz. Mas não podia deixar que ele o soubesse.
Aproximei-me dele e pus-lhe a arma por baixo do queixo. Olhei-o com o meu olhar mais confiante e disse-lhe friamente "Queres apostar?"
Ele ficou mais nervoso, mas mesmo assim não desistiu "Eu sei que isso não tem balas"
Sorri-lhe cinicamente e, olhei para ambos os lados, verificando se não estava ninguém estava a assistir, ficando feliz por estarmos numa rua abandonada.
Olhei-o nos olhos, apontei a arma para o céu e disparei. Agora ele estava assustado. Voltei a por a arma no sítio onde estava e olhei-o.
"Eu não brinco em serviço" Disse-lhe "Agora vais-te embora e nunca mais me voltas a contactar, e não dizes a ninguém onde estou, ouviste?" Ele acenou com a cabeça, engolindo em seco.
"Ainda bem que nos entendemos." Escondi a arma, pois um táxi passou por ali. Aproveitei e chamei-o, metendo Daniel lá dentro, dizendo ao taxista para o levar ao aeroporto.
"Faz boa viagem, querido!" Disse-lhe com um sorriso falso.
O carro arrancou e eu começei a andar para minha casa. No caminho, recebi uma mensagem de Luke.
Luke:ķ Estás bem?
Vanessa: Uhm, sim, porquê?
Luke: Ouvi uma arma a disparar e como tu ainda não tinhas dito nada, fiquei preocupado.
Vanessa: Eu estou bem. Acabei de chegar a casa. Até amanhã Luke
Luke: Boa noite princessaSorri com esta última mensagem e entrei em casa. Pousei a minha guitarra no chão e dirigi-me ao frigorífico. Acabei de jantar e fui para o meu quarto. Despi as minhas roupas e vesti o meu pijama, indo depois à casa-de-banho para lavar os dentes.
Quando me deitei na cama, percebi que tinha faltado ao trabalho.
Merda
Suspirando, acendi o meu telemóvel e vi que tinha duas mensagens. Uma de Amanda e outra de um número desconhecido.
Amanda: Já está tudo bem. Não te preocupes.
Número desconhecido: Olá é o Michael. O Luke deu-me o teu número. Espero não ter parecido um idiota hoje, mas eu fico nervoso ao pé de raparigas bonitas como tu. Gostava de te conhecer melhor. Beijos -- Michael
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Desculpem se isto tem erros mas foi escrito no meu telemóvel e o meu telemóvel e uma merdinha. Assim que poder emendo os erros.
Bjss a tds voces e boa noite
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Fugitiva // LRH
Fanfiction"Eu não escolhi a vida de fugitiva, a vida de fugitiva escolheu-me" "Não podes estar a falar a sério" Esta história é ficcional. Todos os eventos foram inventados por mim. Por favor não copiem.