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// Vanessa POV //


"Bip, Bip, Bip"


Acordei com uma notificação de mensagem. Acordei meia atarantada, desbloqueiei o meu telemóvel, diminuí a claridade e só depois é que vi a mensagem. Sorri ao ver que era de Luke.


Luke: Bom dia, desculpa se te acordei.

Vanessa: Bom dia. Posso-te perguntar porque é que já estás acordado a estas horas?

Luke: Escola

Vanessa: Ah, pois é. Esqueci-me. Sry.

Luke: Enfim, eu estava a pensar se querias vir a minha casa à tarde.

Vanessa: Eish, rapaz. Ainda ontem me conheceste.

Luke: Eu sei, eu sei. Mas eu quero-te conhecer melhor. Além disso, já me gabei que tinha conhecido uma rapariga linda aos meus colegas, e como não tenho fotos tuas, tenho que te apresentar para eles acreditarem.


Corei com estas palavras. O rapazinho sabe mesmo o que dizer.


Vanessa: Hahahah ok tá combinado. A que horas?

Luke: A partir das três. Eu dps mando-te a morada.

Vanessa: Okay.


Levantei-me da cama e fui diretamente para a casa-de-banho, abrindo a água até esta ficar morna. Tirei o meu pijama e tomei um banho rápido. Saí da casa-de-banho com uma toalha enrolada no meu corpo e com outra toalha no meu cabelo. Fui para o meu quarto e optei por vestir umas skinny jeans pretas, um top branco e preto com uma frase qualquer e calcei os meus vans pretos. Secei e pentei o meu cabelo, olhando depois para o meu espelho. Nem estava assim tão mal.

Fui para a cozinha e preparei uma taça de cereais, ligando a televisão no processo.

Sentei-me na mesa e, como não estava a dar nada de jeito na televisão, decidi ir buscar o meu laptop e liguei. Acedi ao Twitter com a nova conta que criei e fui ver a conta da Alexandra.


Alexandra era a minha melhor amiga desde os meus 3 anos. Sempre tivemos uma forte ligação, mas durante estes últimos dias ela parecia muito distante e começou a afastar-se de mim.


De repente, a notícia do meu rapto captou a minha atenção e eu quase me engasgei ao ver as letras que diziam "NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA: COMPUTADOR DE RAPARIGA DESAPARECIDA FOI LIGADO. AS AUTORIDADES ESTÃO A TENTAR ANALISAR DE ONDE VEM O SINAL"


Desliguei o computador assim que acabei de ler esta frase e fiquei a olhar em choque. Como é que pude ser tão burra ao ponto de não me lembrar que o computador também pode ser localizado?!


Virei a minha atenção para a notícia que ainda acompanhava a polícia a tentar localizar o meu computador e suspiro ao saber que não conseguiram reter a minha localização. Mas mesmo assim sei que tenho de vender o meu laptop para esconder as evidências.


Levanto-me do sofá e pego na minha mala, pego no meu laptop, no meu telemóvel, na minha carteira, nas minhas chaves e ponho tudo na minha mala. Vou ao meu quarto e tiro, debaixo da minha cama, uma pequena arma que eu tenho sempre comigo no caso de precisar de me defender. O meu pai ensinou-me a disparar uma arma quando eu tinha 5 anos, porque pensava que, quando eu crescesse, podia ir à caça com ele e ''criar memórias''. Mas como eu não sou muito adepta de matar animais porque sim, apenas sei disparar para defesa própria.

Fugitiva // LRHOnde histórias criam vida. Descubra agora