Camerlengo

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O camerlengo é também conhecido como um padre ajudante do papa cujo exerce uma função administrativa, que só ganha importância na morte ou em casos da demissão de um Papa. Ele é encarregado de gerenciar o Vaticano e, com a ajuda dos cardeais presentes reunidos em congregação geral, ele marca a data do funeral, no caso da morte do Papa, e convoca o Conclave. O Camerlengo também é conhecido como "Papa interino" 


— Não há nada que eu possa fazer. — Disse o líder da guarda Suíça.

A guarda suíça também é popularmente conhecida como a "guarda papal". Ela é um corpo militar da Santa Sé, composto por cidadãos suíços, cuja principal função é proteger e fornecer segurança ao Papa e ao Vaticano.

— Comandante, com todo respeito, mas o seu papa foi assassinado e tudo que estou pedindo é o acesso aos arquivos da Santa Igreja. Os assassinos são obviamente alguém pertencente ao grupo dos Illuminatis. — Disse o investigador.

— Eu não posso fazer nada! Perde seu tempo vindo aqui "Uomo di Roma"¹ — Disse o comandante da guarda suíça batendo ambas as mãos sobre a própria mesa.

— O seu Santo Papa foi marcado a ferro, comandante Shimura, com o anagrama deles! Foi marcado como um... animale, Signore — Disse Hashirama, um homem de cabelos longos e face comumente serena, mas agora irritada, que tentava dialogar com o comandante da guarda papal, pois sem o acesso sua investigação ficaria estagnada.

Hashirama Senju, o melhor investigador de Roma foi chamado ao caso. O assassinato do papa da igreja católica rapidamente tomou grandes proporções na mídia, e tudo que ele precisava era de acesso aos arquivos da igreja para seguir em suas investigações. Acesso esse que o comandante estava disposto a dificultar o quanto pudesse.

— Comandante, eu preciso desse acesso. Ou eu posso acusá-lo de atrapalhar nas investigações... e sinceramente eu não... — Hashirama foi interrompido. — Investigador Senju, você não pode me ameaçar com as leis italianas. Está em solo Vaticano, e nos libertamos da pressão italiana no momento em que nos tornamos um país, com leis próprias, as suas leis não se aplicam neste solo sagrado. Então o senhor é quem deve obedecer às nossas e não o contrário. E a lei aqui é clara. Acesso aos arquivos apenas com a permissão do Papa, mas como sabe ele foi assassinado.

— E il camerlengo. — Lembrou Hashirama.

— Il camerlengo é só o ajudante do papa, nada mais do que um padre da classe mais baixa dentre todos no Vaticano. — Disse o comandante com desprezo na voz, deixando claro que não simpatizava com o mesmo que detinha este título atualmente.

— Mas o poder da Santa Sé está nas mãos dele durante a "sede vacante"² não é? Durante o trono vazio do santo Papa. — Disse Hashirama. — Eu estudei suas leis também signore, eu as conheço.

— Camerlengo está cuidando do Conclave, não tem tempo para brincar de investigação italiana signore. — Disse Danzou, esse era o nome do comandante. Um velho rabugento e dono de um péssimo humor.

— Certo já vi que você não vai ajudar, e isso o coloca no topo da minha lista de suspeitos. — Disse o investigador, virando as costas e deixando aquela maldita sala junto com seus dois agentes que foram escolhidos por si para o acompanhar naquela investigação.

— Esse homem tem um dedo nesse assassinato, anotem o que eu estou falando. — Disse Hashirama em um tom baixo a seus companheiros. — Precisamos descobrir quem é e contatar o camerlengo.

. . .

O homem que usava uma sotaina, uma batina eclesiástica, na cor preta que cobria até seus pés, se virou no instante em que ouviu o bispo Giuseppe o chamar. O garoto no auge de seus vinte e oito anos deixou o travesseiro que tinha em mãos, cujo estava ajeitando sobre a cama do falecido Santo Padre, como era uma de suas funções como camerlengo, de deixar todos os aposentos do papa preparado para que o sucessor ocupasse ao final do conclave. — Sim signore,Giuseppe.

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