SHAMELESS || Mason Mount

026

Astrid

Sempre foi meu sonho conhecer a Itália e tudo era exatamente como eu imaginei.

Eu admirava a paisagem magnífica que a janela do quarto me proporcionava enquanto um brisa fresca batia contra o meu rosto. Esse lugar não podia ser mais perfeito.

Dois braços abraçaram minha cintura e senti beijos sendo deixados em meu pescoço, me fazendo suspirar.

- Bom dia. - a voz de Mason invadiu meus ouvidos e eu sorrir.

- Bom dia.

- O que quer fazer hoje? Jogar golfe, passeio de barco, você escolhe. - disse apoiando sua cabeça no meu ombro.

- Passeio de barco parece legal, mas antes de irmos quero te mostrar uma coisa.

- O quê?

- Espera aqui.

Me afastei dele e corri até a minha bolsa para pegar uma caixa de presente onde tinha dois teste de gravidez e um par de sapatinhos de bebê.

- O que é isso?

- Abre. - pedi com entusiasmo.

Ele fez o que eu disse e tirou o laço da caixa. Meu coração palpitou rápido quando ele pegou um dos testes em sua mão e depois me encarou com uma expressão indecifrável.

- Fala alguma coisa?

- O que quer que eu diga?

- Que está feliz.

- Feliz? Que porra! - exclamou irritado. - Como deixou isso acontecer?

- Não tô entendo, você sempre disse que queria ser pai.

- É, de um filho da Gen. Você não percebeu que não significa nada pra mim? É só uma idiota com quem eu me divertir enquanto não tinha ela. E agora eu tenho.

Eu devia está distraída porque não vi quando Genevive entrou no quarto. Ela se aproximou de Mason e o beijou na minha frente, sem que ele a impedisse.

- Mason...

- Até nunca mais, Schmidt.

Ele segurou a mão dela e eles saíram dos quarto rindo de mim, me deixando sem chão.

- Mason! - exclamei desesperada, me sentando na cama com a respiração ofegante.

Olhei ao redor tentando assimilar as coisas. Eu não estava na Itália, estava no meu quarto em Londres. Tudo não passou de um sonho, ou melhor, um pesadelo.

Suspirei pesadamente, passando as mãos pelo rosto.

- Astrid? - ouvi batidas na porta e logo a imagem do meu irmão surgiu em minha frente.

- Oi, Matt.

- Você tá bem? - perguntou preocupado.

- Tô sim, foi só um pesadelo. - murmurei. - Não se preocupe.

- Mas eu me preocupo sim. - ele sentou ao meu lado e segurou minha mão. - Sabe que pode me contar seja lá o que tiver acontecendo com você, não é?

- É, eu sei.

- Então, por quê não me conta?

Ele tinha razão.

Sempre disse aos meus irmãos para me contarem tudo, mas eu nunca fiz isso. Meus problemas eram só meus e não devia ser assim. Matthew tinha que saber.

Me estiquei para pegar o teste dentro da gaveta ao lado da cama e entreguei para ele. Abracei minhas próprias pernas enquanto ele encarava o dois tracinhos.