I Gave A Chance To Cupid - Weak Hero Class

Self Hate

》07《
Atenção, este capítulo pode causar gatilhos e abordar temas sensíveis

Após todo aquele envolvimento de si eun e soo ho, Si Eun correu até sua casa em meio ao vento gelado da manhã, seu rosto estava em alguns pontos vermelhos por conta do frio, e não parou de correr até finalmente chegar em seu apartamento e entrar, para sua supresa, seu pai estava em casa e se assustou com a entrada brusca do rapaz no apartamento, notando sua respiração ofegante que o fazia se abaixar colocando as mãos nos joelhos

— "Si eun? Você está bem?" -Perguntou o pai com telefone em mãos preocupado

Si eun pôs sua coluna a endireitar, e prendeu sua respiração para que não parecesse suspeito

— "Bem vindo de volta, pai." -escondeu suas mãos atrás do corpo dizendo de forma serena e neutra como sempre

— "Alguém te bateu? Você está sofrendo bullying denovo?" -O pai se aproximou de forma brusca, o que fez o miúdo encolher e dirigir-se para seu quarto

— "Está tudo bem, só fui fazer uma caminhada" -Si eun disse encerrando o assunto; antes mesmo que seu pai pudesse dizer algo, o garoto entrou em seu quarto fechando a porta ligeiramente

Si eun após entrar em seu quarto, se encosta na porta sentindo seu coração acelerado e sua respiração voltando a ficar ofegante, mas dessa vez em uma forma de recuperação, o tal deslizou na porta até chegar ao chão, sentando no local e abraçando seus joelhos, tentando de toda forma esquecer o que havia acontecido, ele decide checar seu celular caso houvesse algo importante, e tudo que encontra são chamadas perdidas; "o bonitão do fundo"

Seus olhos enchem de lágrimas, seu coração aperta por confusão, mas como foi acostumado a esconder seus sentimentos para não parecer fraco, seu cérebro convence a si mesmo que está tentando chamar atenção, mesmo que o rapaz estivesse sozinho, a forma dele não deixar as lágrimas saírem era dando tapas em sua cabeça e beliscando seu próprio braço enquanto prendia a respiração, em uma horrível forma de punição; o sentimento de culpa que o rodeava, as lembranças de preconceito, bullying, sua própria mãe linchando pessoas assim, igrejas contra, sociedade oprimindo, o medo de ter sua segurança em risco, tudo isso porque: a primeira vez que si eun gostou de alguém e sente algo, é por um garoto, isso o faz ter medo como se tivesse cometido um pecado. Sentindo sua respiração dificultar, seu corpo tremer e lágrimas ameaçarem de sair de seu rosto, era claro que estava hiperventilando, por um momento o miúdo se ajoelhou da forma que sua mãe o ensinava, rezou, implorou para que tudo fosse um sonho, ou que fosse apenas curiosidade, mas não, não era, o garoto ouviu seu celular tocar em meio ao desespero, e assim finalmente percebeu: foi uma crise, está tudo bem.

Ele conseguiu se acalmar, fez uma sequência de respirações e em seguida rastejou até o celular, nem sequer viu o número que estava o ligando, apenas atendeu e ficou em silêncio deixando o remetente da ligação falar o que quer

Alô? Si eun? Você está bem? Estou ouvindo sua respiração

...

Eu estou bem.

Sua voz diz o contrário

...

Desculpa

Pelo o que?

Pelo o que aconteceu hoje, eu sinto muito, 'tá'?

Eu só preciso de ar

Ar?

...

Está tudo bem