Segunda Chance (RESET)

Ch X - Um momento

Na manhã seguinte, Clarke não esperou muito antes de contar a Wells a história de tudo o que ela havia feito no dia anterior, como ela conheceu Murphy e Raven e como ela os pediu para serem seus amigos. Claro, a princípio, ele suspeitou deles e ficou completamente confuso com as ações dela. Ele certamente não esperava que ela alcançasse pessoas tão diferentes deles, especialmente no caso de Murphy. Ir até a casa dele e tudo mais, foi realmente um curso de ação surpreendente a ser tomado, e não parecia com Clarke, que foi o que o confundiu.

Clarke, obviamente entendendo de onde ele vinha, explicou que ela queria que eles tivessem mais amigos, ao que ele perguntou brincando se ela estava cansada de tê-lo apenas como amigo, ela negou, é claro, mas confirmou que sentia que eles estavam muito sozinhos para seu próprio bem. Que era uma boa ideia deixar mais pessoas entrarem e dar aos outros a chance de conhecê-los e a eles próprios a chance de conhecer outras pessoas. Ela contou a ele sobre como as crianças de sua idade os viam e que ela não queria mais isso para eles.

Murphy e Raven, ela disse a ele, eram pessoas muito legais, com quem ela acreditava que eles realmente poderiam se dar bem, que estavam dispostos a dar a ele uma chance de mostrar a eles que ele é mais do que apenas o filho do Chancellor Jaha, ter amigos que, como ela, o veem mais do que quem é seu pai. No entanto, ela também o avisou sobre o apelido de Murphy para ele e o que ele deu a ela para facilitar a ideia, para que ele não se sentisse pego de surpresa e, portanto, menos propenso a uma reação ruim do que se ouvisse pela primeira vez na frente do cara.

Wells teve que admitir que estava um pouco zangado e surpreso, mas depois de um tempo deu de ombros, dizendo que tinha ouvido coisas piores de pessoas que realmente odiavam seu pai, então estava tudo bem. Clarke odiava o quanto isso era verdade. As pessoas podiam ser muito más com ele simplesmente por ser filho de Jaha, tudo porque ele era um alvo mais fácil para despejar toda a raiva e frustração do que o homem responsável por sua dor. Wells era uma pessoa carinhosa, então ele geralmente levava isso na esportiva, lembrando a ela que quando as pessoas faziam isso, elas estavam em processo de cura e se ele tivesse que ouvir alguns insultos aqui e ali, ele estava bem com isso.

Em sua mente, pegar o veneno que as pessoas jogavam em seu caminho era a chance de expiar os erros de seu pai, que ela sempre odiou. Odiava as pessoas por se aproveitarem dele, odiava seu pai por deixar seu filho sofrer as consequências de suas escolhas, odiava a si mesma por não ser capaz de protegê-lo melhor disso. Ela não podia estar em vários lugares ao mesmo tempo, ela não podia fazer muito por ele, mas não era o suficiente. Era mais uma razão pela qual ela queria que ele tivesse amigos além dela, para que mais pessoas pudessem ficar de olho nele e protegê-lo do fardo de ser filho de seu pai.

E também porque quando eles chegarem ao chão, ela sabe que, enquanto ela estiver em uma aventura, lidando com os grounders e cuidando de todos, alguém precisa ter Wells de volta dentro do acampamento, pelo menos até que ela alcance a Bellamy e aos outros, para fazê-los despedir sua amiga, e ninguém poderia se qualificar para essa posição melhor do que Murphy, além disso, no fundo ela sabia que os quatro poderiam ser grandes amigos, eles só precisavam dar uma chance ao outro. Se fizessem isso, Clarke tinha certeza de que teriam sucesso.

Assim que eles terminaram de conversar durante o almoço e ela terminou sua história, obtendo a concordância dele em dar uma chance honesta a essa amizade e fazer isso com a mente e o coração abertos, Raven veio com sua bandeja até eles, escolhendo sentar-se ao lado Clarke, que no caso, a colocou bem na frente de Wells, que ficou parado projetando uma confiança que não sentia enquanto a garota o avaliava. A princípio, foi estranho entre a mecânica e seu amigo, pois Clarke e ele pareciam estar prendendo a respiração, esperando o resultado da observação de Raven.