Uma briga, uma conclusão

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P.O.V. Beck.

Minha namorada e eu estamos brigando. De novo. É quase impossível falar com a Jade, ter uma conversa civilizada, ela nunca ouve, não sabe nada sobre mim porque... nunca ouve. Estamos namorando á anos e a coisa mais legal que ela me fez foi me comprar um Rotwiller que atacou meu pai e o mandou para o hospital. Jade sempre tira as conclusões erradas e faz tempestade em copo d'água. E estou cansado desse relacionamento onde não há comunicação! Ela nunca me ouve, é sempre desrespeitosa e faz muito barulho por nada!

-Como pôde fazer isso comigo?! Essa peça era importante!- Ela esbravejou.

-Minha mãe sofreu um acidente de carro e foi internada no hospital! Meu pai estava fora da cidade eu tive que ficar com ela! Você não me conhece, não me ouve, não dá para conversar com você. Sou sempre eu que tenho que ouvir e ser compreensivo, mas e quanto á mim? Você nunca me compreende. Eu não estava na sua peça porque minha mãe foi internada no hospital!- Gritei.

-Bom, que pena que ela não morreu.- Disse Jade.

E eu fiquei ein?

-Quer saber Jade? Eu cansei. Estou cansado de brigar, de não ser ouvido, compreendido ou amado. Já chega. Acabou!- Eu disse terminando com ela.

Peguei minhas coisas e sai. Acabei na casa da Tori. Ela sim me ouve, sempre me ouve, dá os melhores conselhos. Quando dei por mim já estava tocando a campainha e ela atendeu, estava usando uma blusa rosa claro com uma calça jeans azul e segurava uma caneca amarela.

 Quando dei por mim já estava tocando a campainha e ela atendeu, estava usando uma blusa rosa claro com uma calça jeans azul e segurava uma caneca amarela

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-Beck. Oi, entra ai.- Ela disse dando passagem para eu entrar.

-Valeu.- Agradeci.

Eu entrei, ela fechou a porta trancando com a chave.

-Eu fiz chá de camomila, quer um pouco?- Tori oferceu.

-Acho que vou aceitar.- Comentei.

Então ela me trouxe chá numa caneca azul, me convidou a sentar.

-Então... o que está incomodando você?- Ela perguntou.

-É tão óbvio assim?- Questionei.

-Para mim é. O que aconteceu? Você parece meio... triste.- Tori observou.

É, ela é perceptiva. Observadora, sempre sabe quando alguém está encrencado ou passando por alguma dificuldade e é a primeira a oferecer ajuda.

-Eu terminei com a Jade.- Contei.

-Lamento. Aposto que vão reatar em breve.- Disse Tori. Ela soava meio desanimada.

-Não. Não vamos. Não dessa vez. Gosto da Jade, mas... não aguento mais namorar com ela. Eu não quero reatar.- Confessei.

-Bom, se é como realmente se sente então... que seja.- Disse Tori dando um gole no seu chá.

-Você não acredita em mim?- Questionei.

-Honestamente? Eu não entendo vocês dois como um casal. A Jade é tão... Jade e você é um cara tão... calmo, são, racional, bem ajustado, gentil, amigável, mas imagino que esse seja o motivo pelo qual vocês dois funcionam. Entretanto, porque terminou com ela?- Perguntou Tori.

E eu respondi com a verdade. Terminei porque eu quero ser ouvido, entendido, quero uma parceira alguém que eu vou apoiar e que vai me apoiar de volta. Que vou ouvir e que vai me ouvir de volta, me ajudar quando tenho um problema.

-Que tocante de se ouvir. Eu quero isso também sabe, acho que todo mundo quer. Esse é o verdadeiro amor. Respeito mútuo, diálogo, reciprocidade é isso o que torna um relacionamento saudável e duradouro.- Disse Tori.

P.O.V. Tori.

Deus me perdoe, mas uma parte de mim está muito feliz pelo Beck ter terminado com a Jade. Jade e eu temos uma estranha relação, somos amigas ao mesmo tempo em que nos odiamos ou ela me odeia sei lá, eu nem sei como descrever ou definir. Admito eu invejo a Jade porque... mesmo sendo uma garota maldosa e perturbada ela tem o Beck.

-Concordo. E nenhuma dessas características se aplica ao meu relacionamento com a Jade.- Comentou Beck.

-Porque você a ama?- Questionei.

E ele ficou quieto. Como se eu o tivesse deixado sem resposta.

P.O.V. Beck.

Acho que eu nunca tinha parado para me perguntar isso. Porque eu amo a Jade? Será que eu a amo mesmo? Ou nós simplesmente nos acostumamos um com o outro, nos acomodamos?

-Eu não sei. Nesse momento eu nem sei se eu a amo ou se já a amei de verdade algum dia. Eu sempre gostei das garotas difíceis porque sei lá, as fáceis deixam o relacionamento chato. Mas, depois de anos de rompe, reata e brigas intermináveis... eu não quero mais isso. Eu quero alguém melhor.- Respondi.

-Espero que consiga.- Ela torcia por mim.

Tori Vega é desastrada, cometeu muitos erros pelo caminho, fez coisas ruins, mas... ela tem um coração bom, gentil. Desde que eu a conheci ela está tentando e conseguindo compensar pelas coisas ruins que fez no primeiro ano. Desde o ano passado notei que eu gosto de ficar com ela, passar tempo ao seu lado, conversar. Ela me entende e eu gosto disso.

-Acho que já consegui. Lá no fundo eu já sabia que estava apaixonado por outra pessoa, mesmo quando não tinha coragem de admitir.- Falei.

-Mesmo? E quem é essa tal pessoa? Eu a conheço?- Ela questionou curiosa.

-É você, Tori.- Respondi.

E ela ficou com o queixo caído. Me aproximei e tentei beijá-la, mas ela declinou porque estava preocupada com os sentimentos da Jade. O problema é que a minha ex chegou naquele exato momento e pelo olhar na cara dela... ela ouviu e viu tudo. E obviamente não ficou feliz com isso.

-Eu achei que fosse minha amiga, mas você é uma vaca.-Jade xingou.

-Não é culpa dela. Ela é... uma boa pessoa.- Comentei.

-Oh, cala a boca. Sabe, eu cuspi na sua comida ontem querida.- Minha ex brigou.

P.O.V. Tori.

Ein? Como assim?

-Você cuspiu na minha comida? Deus, isso é horrível. Você é horrível. Agora cai fora da minha casa.- Briguei.

-Como ousa...

-FORA AGORA!- Falei enxotando Jade.

Estou cansada de ser boazinha com a Jade, de aceitar as merdas dela. NO MÁS.

Brilhante Victória- Finally Falling ( A Bori fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora