Beck termina com a Jade porque ele finalmente percebe que... está apaixonado pela Tori. E desta vez ele está decidido a conquistá-la. Será que ele consegue? Como Jade vai se sentir quanto a isso?
Nós fizemos os testes para os papéis da peça Romeu e Julieta e hoje saem os resultados. Todos corremos até o mural e oba eu consegui o papel de Julieta! Mas, quando olhei o nome do aluno que interpretaria o Romeu não reconheci.
-Alexander Ross. Mas, quem é Alexander Ross?- Perguntei em voz alta completamente confusa.
-Eu sou.- Uma voz masculina com sotaque britânico respondeu.
Me virei e me deparei com um garoto de pele pálida com cabelos castanho claros e olhos cor de avelã.
-Oi.- Falei me sentindo meio tonta.
Ele levantou as sobrancelhas como se fizesse uma pergunta muda. Como se dissesse E você é?
-Tori. Eu. Sou eu.- Me apresentei meio desengonçada.
-Tori. Eu gostei do som disso.
-Tori Vega tecnicamente. Você é novato?- Perguntei.
-Sou.- Ele respondeu.
-Bom, então... seja bem vindo á Hollywood Arts, o primeiro dia pode ser bem... confuso e um pouco assustador, mas considerando que conseguiu o papel principal da peça acho que vai se sair bem. Parabéns.- Eu disse.
Cara, meninos bonitos me deixam nervosa. Agora devem estar pensando que estou com ideias na cabeça, não é verdade. Eu amo o Beck, jamais o trairia, mas eu posso olhar não posso? De repente fui tirada dos meus pensamentos por um grito, um praguejo.
-Que droga! Não acredito que peguei o papel da rejeitada.- Ela esbravejou então olhou para mim e disse:- Eu TE ODEIO.- Deixo vocês adivinharem quem disse isso.
Eu rolei os olhos.
-É só uma peça Jade. Bom, Jade esse é o Alexander, Alexander essa é a Jade.- Eu os apresentei.
-Tanto faz.- Respondeu a morena revirando os olhos e saindo.
Olhei para o novato de sotaque britânico.
-Lamento por isso. Não lhe dê atenção, ela só está magoada. Além do mais, ela é assim com todo mundo.- Comentei.
Estávamos conversando quando o Beck chega. Lindo como sempre com sua jaqueta de couro e calças jeans com correntes penduradas. Sinto seus braços me envolverem.
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-Alexander, esse é o meu namorado Beck, Beck esse é o novo aluno Alexander. Ele vai ser o Romeu.- Comuniquei.
Eles se cumprimentaram e começamos a conversar sobre a escola, a peça, sobre o Alex que aparentemente veio transferido por conta do trabalho do pai dele.
-Eu estou vivendo com o meu tio Erwin. Ele é professor aqui.- Disse Alex.
-Sério? Eu não me lembro de termos nenhum professor Erwin.- Falei tentando me lembrar, imaginando quem poderia ser.
-Ele está falando do Sikowitz sua tapada.- Disse Jade.
-O que?! Você é sobrinho do Sikowitz?!- Perguntei sem crer.
-Ele é irmão da minha mãe então... sim.- Disse Alexander em tom de piada.
Eu o convidei para almoçar com a gente e ele aceitou.
P.O.V. Alex.
É uma pena que a Tori já tenha namorado, além de ser muito gata ela também foi muito gentil e hospitaleira comigo. Mas e quanto á aquela gótica? Eita garota mal criada e parece que ela tem uma rixa contra a Tori, as duas não se bicam. Quando tocou o sinal do almoço fui me sentar com eles. Lá conheci o André, Robbie e seu fantoche Rex e a ruivinha Cat. A ruiva parece meio doida, ela vai de oito a oitenta, da euforia á depressão.
-Cat, você tomou o seu remédio hoje?- Questionou Tori.
-Eu não gosto de tomar o remédio porque me faz sentir esquisita.- Disse Cat.
-Precisa tomar a sua medicação Cat. É o único jeito de você ficar boa, pode ser perigoso ficar sem medicação. Aqui, eu fui até o seu armário e peguei o remédio.- Disse Tori tirando um frasco da bolsa.
Então, a morena abriu o frasco pegou uma pílula, abriu a garrafa d'água e deu o remédio e a água nas mãos da ruiva.
-Toma o remédio Cat, vai te fazer sentir melhor.- Disse Tori.
-Tá bem.- A ruiva concordou e tomou o remédio.
-Para que serve o remédio?- Indaguei curioso.
-Eu sou bipolar. Por isso eu tenho muitas emoções ao mesmo tempo.- Respondeu a ruiva.
-Oh, eu lamento.- Comentei.
-Pelo o que?- Ela soava genuinamente confusa.
-Deixa para lá. Sou grato por vocês terem me recebido tão bem. O Professor Sikowitz disse que hoje iniciaremos os ensaios.- Falei.
Estávamos almoçando quando uma garota histérica veio e começou a esbravejar com Tori. Resmungando sobre o carrinho de lanches e o fato dela estar sem almoçar a uma semana.
-Quem manda você não quitar suas dívidas? Isso é culpa do pai e da mãe e minha também, nós sempre passamos a mão na sua cabeça por isso ficou desse jeito. Mimada, mal criada, narcisista e fútil. Eu não vou pagar a conta Trina. Já passou da hora de você crescer e aprender a ter responsabilidade. Suas ações tem consequências.- Disse Tori á garota que esbravejava.
E a cena seguinte foi absolutamente inacreditável, eu não acreditaria se não tivesse visto. Eu vi e ainda não acredito. A moça de dezesseis, dezessete anos começou a chorar, resmungar e pular no lugar. Ela está fazendo birra como uma criancinha mimada. Felizmente ela foi ignorada por todos. Depois daquela cena lamentável o sinal tocou e fomos para a aula do Professor Sikowitz e iniciamos os ensaios. Tori é uma pessoa muito fácil de se trabalhar. Ela é calma, humilde e faz tudo o que o professor manda, ouve as dicas. Tudo bem, ela errou as falas várias vezes e está tremendo de nervosismo, mas depois que o tio Erwin a ajudou ela fez muito bem feito.
-Você foi ótima.- Elogiei.
-Obrigado. Você foi melhor, acho que é porque é britânico soa mais natural quando você fala. Sou muito americana para o meu gosto.- Ela disse fazendo uma piada no fim.
-Eu acho que ficou ótimo. Vai ser uma ótima Julieta.- Comentei.
-Obrigado, você é muito gentil.- Ela respondeu.
Tudo estava na mais santa paz até o meu tio virar para o lado errado e... cair pela janela abaixo.
