Beck termina com a Jade porque ele finalmente percebe que... está apaixonado pela Tori. E desta vez ele está decidido a conquistá-la. Será que ele consegue? Como Jade vai se sentir quanto a isso?
Cara eu nunca pensei que viveria para ver isso. Para ver a Tori Vega colocar a Jade para fora da casa dela. A Tori é tão boazinha ela é a única pessoa que sempre esteve disposta a ajudar a Jade, que a via como uma amiga mesmo quando ela era uma vaca.
-Uau! Você ficou malvada.- Comentei.
-Não. Eu não sou malvada, mas eu também estou farta das maluquices da Jade. Dela ser sempre maldosa comigo, ela sempre apronta para cima de mim e eu não aguento mais! Se isso me faz malvada ou uma vilã então que seja. Mas, se alguém só te maltrata, só briga com você, só te xinga, te sabota e arma para você... uma hora basta daquilo. Cheguei no meu limite assim como você aparentemente.- Ela respondeu.
E eu entendo. Existe uma diferença entre alguém que faz as coisas com o intuito de prejudicar o outro, por maldade, por crueldade e de alguém que é injustiçado e diz chega. Foi o que aconteceu comigo. Eu disse Chega para a Jade e a Tori também.
-Acho que vou precisar de algo mais forte que esse chá.- Disse Tori pegando uma garrafa de vinho embaixo da pia da cozinha e duas taças de cristal no armário.
-Você tem vinho escondido embaixo da pia da cozinha?- Questionei.
-Não. Minha mãe tem. Ela esconde o vinho embaixo da pia da cozinha e o meu pai esconde o conhaque e o uísque no armário do escritório. O que? Eu posso não ser a Jade, mas também sou humana. Faço algumas travessuras de vez em quando.- Comentou a morena.
Ela abriu a garrafa com o saca rolhas e a rolha voou e quebrou a lâmpada. Voou vidro para todos os lados e ficamos no escuro. Então ela trouxe um candelabro de prata com várias velas brancas acesas. Varreu o vidro, enrolou os cacos no jornal, os pisoteou e então colocou na lata de lixo. Ai ela serviu o vinho numa das taças.
-Você quer?- Ofereceu.
-Quero.- Aceitei.
Ela deu a taça cheia para mim e serviu a outra para si mesma e começou a beber.
-Se quer mesmo saber... eu adoraria ter um namorado como você. Me sinto lisonjeada pelo fato de você gostar de mim, nunca pensei que eu fosse o seu tipo. Sei que as pessoas pensam que sou muito boazinha ou muito egoísta, não acho que vejam que não sou má até o osso e nem uma donzela em perigo tão pura. Apesar de tudo eu tinha inveja da Jade porque mesmo sendo uma doida amante de tesouras mentalmente instável e perturbada ela tinha você.- Disse Tori pouco antes e entornar a taça de vinho como se aquilo lhe desse coragem ou a fizesse sumir.
Ela encheu a taça outra vez.
-Está planejando se embebedar?- Perguntei rindo.
-Talvez. A coisa é... eu nunca fui a escolhida. Meus pais amam a Trina mais do que eles me amam, nesta casa eu sempre fui a boazinha, a responsável, aquela que limpa as bagunças de todo mundo. E é a mesma coisa na Hollywood Arts. Se eu faço algo por mim mesma, porque eu quero fazer então sou egoísta e malvada, mas se faço algo bom para outra pessoa, se sacrifico algo que eu realmente quero em prol de outra pessoa... as pessoas só oh é só a Tori ela vai ficar bem. Eles não reconhecem essas coisas só... acham que eu não fiz mais que a minha obrigação. É esperado de mim que eu me anule, me sacrifique, deixe de fazer o que eu quero, quando eu quero para ajudar... todo mundo. E isso não é saudável. Eu não quero ser assim. Não quero ser maldosa, mas acho que eu tenho o direito de pensar em mim, de me colocar em primeiro lugar de vez em quando não acha?- Ela questionou.
Uau! Somos mais parecidos do que eu pensava.
-Eu sei o que está falando, eu entendo esse sentimento. Me sinto assim também. Estou cansado de ser deixado de lado, de nunca ser a prioridade de ninguém. As pessoas olham para mim e só veem um rostinho bonito.- Contei.
Acho que eu nunca tive uma conversa assim profunda com ninguém. Muito menos com a Jade. Nós continuamos conversando e bebendo vinho. A minha cabeça já está meio tonta, ela demorou mais para ficar tonta do que eu, mas quando sentiu que estava meio alta parou.
-É melhor parar, a minha cabeça também está ficando meio tonta.- Comentou Tori deixando a taça de lado.
-Isso significa que quer namorar comigo?- Indaguei.
-É claro que eu quero. Que garota não iria querer? Mas, preciso confessar que... depois de tudo uma parte de mim quer se vingar da Jade. Eu não digo que eu namoraria com você só para me vingar da Jade até porque eu gostei de você desde o primeiro dia quando eu acidentalmente te molhei de café. Mas, sei lá... uma parte de mim, uma vozinha no fundo da minha mente sente essa perversa e profunda alegria em ter... roubado o namorado da minha animiga. E ai eu me sinto mal- Disse Tori fazendo uma careta.
-Você não me roubou da Jade. Eu terminei com a Jade porque EU QUIS. Estou pedindo você em namoro porque EU QUERO. Porque eu gosto muito de você. Estou apaixonado por você.- Eu disse sinceramente.
-Bom, se o caso é esse. Eu fico feliz em aceitar o seu pedido.- Disse Tori sorrindo.
E movido por um impulso eu a beijei e ela me beijou de volta.
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Portanto estamos oficialmente namorando e ambos decidimos assumir o namoro. Não estamos fazendo nada errado ou ilegal. Eu não tenho mais nenhum compromisso com a Jade, terminamos e eu tenho estado afim da Tori á dois anos e ela de mim também. Então... eu não estou traindo a Jade e a Tori também não. Portanto amanhã quando formos á escola vamos juntos como um casal. E que se dane!
