Brilhante Victória- Finally Falling ( A Bori fanfic)

A gota d'água

P.O.V. Tori.

Eu estou vendo isso e não acredito. Tem uma foto de mim e do Beck, nos beijando numa das salas de aula quem faria isso? Mas, foi só eu fechar a boca que aquela figura pálida chegou e me deu um sorrisinho maldoso.

-Jade.- Respondi minha pergunta mental em voz alta.

Então, a inspetora veio falar com a gente e nos mandou para a sala do Diretor. Tentei explicar e dizer que foi só um beijo, mas infelizmente fomos suspensos e como estamos suspensos não podemos participar da peça. Perdemos nossos papéis e dou um dólar para quem adivinhar quem vai ficar no meu lugar?

Estava no meu armário pegando minhas coisas quando ela veio.

-Veio se vangloriar? Espero que esteja feliz. Sabe Jade, eu sempre acreditei que você fosse melhor do que isso, parece que eu me enganei.- Falei pegando meu material, soando decepcionada.

P.O.V. Jade.

Na hora do almoço quando fui sentar com os meus amigos assim que eu cheguei eles pararam de conversar e rir, ficou aquele silêncio agourento e todos olhavam feio para mim. Então Cat se levantou, depois o Robbie e por fim o André.

-Ei! Onde estão indo?- Perguntei.

-O que fez com a Tori e o Beck... isso foi sujeira, foi maldade demais até para você. Eles sempre apoiaram você mesmo quando você não merecia, mesmo quando foi uma vaca com eles. E devia ter vergonha de ter postado aquele vídeo.- Disse o André antes de sair.

-É, você é malvada. E não gosto mais de você.- Disse Cat.

Um por um os meus amigos se levantaram e foram embora. Eles pararam de falar comigo, os dias foram passando e eu passei a almoçar sozinha no anfiteatro, o único momento em que eu não estava totalmente e completamente sozinha era quando ensaiávamos, acaba que conseguiram um substituto e a peça Romeu e Julieta vai acontecer, mas eles só falavam comigo enquanto estávamos no palco, enquanto estavam em seus personagens depois... gelo total. Chegou um ponto em que eu sentei e chorei.

-Jade West derramando lágrimas? Quem diria que a garota que é considerada a pessoa mais fria desta escola um dia choraria?- Ouvi aquela voz irritante dizer.

Sequei as lágrimas imediatamente.

-Quem disse que estou chorando? O que você quer seu britânico metido?- Perguntei ficando na defensiva.

Ele se aproximou, sentou do meu lado e me estendeu um lencinho.

-Quer saber o que eu acho?- Ele perguntou.

-Não.- Respondi.

-Eu acho que pela primeira vez na sua vida você está sozinha. E não ter ninguém para conversar ou no seu caso para insultar te força a olhar para dentro e encarar a solidão esmagadora dentro da sua alma, te força a encarar suas inseguranças e as verdades das quais você tenta desesperadamente se esconder. Mas, pode ver isso como uma oportunidade de fazer as coisas diferente e tentar ser uma pessoa melhor. Talvez pudesse começar pedindo desculpas para as pessoas que mais magoou.- Disse Alexander antes de se levantar.

-Espera. Pode... não ir. Por favor.- Eu disse. Não acredito que pedi por favor.

-Claro.- Ele respondeu sentando.

Notei que ele tirou um caderno de desenho da bolsa e começou a rabiscar.

-Gosta de desenhar?- Perguntei.

-Gosto. E você?- Ele questionou.

-Não muito. Sou mais fã de atuação e canto, quero ser escritora de peças.- Contei. Acho que estou desesperada.

Depois de uma breve conversa as aulas se arrastaram e no fim do dia acabei no último lugar onde pensei que estaria. Na porta da casa da Tori. É, estou oficialmente desesperada.