Ladybug
Pelas janelas do Hospital, a cidade de Paris foi banhada pelos raios de Sol daquela manhã. Os raios alaranjados beijaram minha bochecha, aquecendo meu rosto, me indicando que era a hora de acordar, finalmente. Hora de levantar e enfrentar a minha realidade.
Com os olhos fechados, bocejei. Espreguicei com cuidado meu corpo, ainda dolorido, depois de uma noite de sono que recuperou minhas forças. Abri os olhos e mirei minha visão para baixo, para meu corpo. Suspirei de alívio por ver que meu traje permanecia intacto no meu corpo, apesar do tecido da perna rasgada. O tecido de joaninha continuava ao chão, onde eu havia jogado.
Ontem a noite, na madrugada, o Hospital era silencioso, porém naquele instante eu conseguia ouvir ruídos ao longe. Vozes de pessoas e funcionários andando de um lado para o outro, apressados tentando atender a todos. Olhei para o relógio que havia na parede do meu quarto, perto de mim.
O ponteiro mostrava que eram 10 horas da manhã.
Suspirei.Desenrosquei o ioiô da minha cintura e em seguida o abri, como forma de celular. Disquei os números do telefone da Alya e aguardei a chamada completar. Foram necessários dois toques apenas, até Alya atender, eufórica. Afastei um pouco o telefone do ouvido quando ouvi sua voz exageradamente alta.
- Ladybug! Como você está agora, me diz?! Estava preocupada! - ela dizia.
- Alya, por favor, calma. Eu já te falei que estou no Hospital, falei ontem. Estou bem! - disse, tentando tranquilizá-la.
- Eu sei, mas mesmo assim, você não me ligou. Fiquei maluca! Como você está? - perguntou Alya.
- Estou beeeem. - dei uma risada, revirando os olhos depois. - Meu Deus, acho que nem minha mãe ficaria assim.
- Quer parar? - ela disse, sarcástica.
- Você é realmente impossível. - sorri. - Alya, me diz. Meus pais perguntaram de mim?
- Eles não perguntaram não. A esta hora, devem estar na correria dentro da padaria, você sabe.
- Sim, é verdade. E as aulas?
- Canceladas, por enquanto. Por causa do incidente de ontem. - disse ela, pelo telefone consegui distinguir um certo tom de tristeza em sua voz.
A faca afiada, meu rosto apavorado refletia na lâmina de prata. Perfurou minha perna, deixando escorrer o vermelho que fluía de dentro de mim, fosco. Manchando as ruas, enlameando a estrada e o chão. A dor que subia pelo meu corpo, adrenalina e terror fluiam desesperadamente pela minha mente. Minha respiração acelerada e irregular. Vermelho, seus olhos vermelhos da máscara me olhavam, de repente uma risada histérica.
Outra apunhalada.- Ladybug? Ladybug, você está aí? Alô?! - chamava Alya.
Não havia notado que tinha me perdido em pensamentos. Sacudi a cabeça na tentativa de afastar aquela lembrava tenebrosa, porém o movimento me fez ficar tonta por breves segundos.
Firmei a cabeça e falei:- Estou aqui, desculpe. Eu fiquei... Distraída.
- Tudo bem. Ei! Em que Hospital você está? Quero te visitar. - Alya disse.
Fui pega de surpresa, rapidamente notei que não fazia ideia de qual Hospital estava.
- Na verdade.. Eu não sei. - disse. - Cat Noir quem me trouxe aqui, mas não me disse o nome.
- Entendi. - Alya disse. - Espere um segundo.
Consegui ouvir barulhos vindo do outro lado da ligação, parecia que Alya digitava algo no teclado de seu computador.
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Você será minha
FanfictionMarinette exalava uma paixão por Adrien Agreste. Vivia seus dias imaginando como seria sua vida se o namorasse, se seu amor fosse correspondido. Tentava amá-lo e demonstrar seu amor de todas as formas desastrosas que encontrava, mas um dia ela se ca...