Capítulo 15

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Cat Noir

Quando eu vi seus lindos olhos se fechando, sem conseguir ter forças para conseguir ficar ainda abertos, aquela cena me partiu por dentro. A chuva era densa, provocava neblina pela cidade escura e deserta. Agora era noite, o céu estava escuro, as estrelas pelas quais eu admirava junto com a Lua, agora estavam cobertas pelas nuvens. Raios clareavam em segundos nós dois, trovões causavam sons altos que doíam os ouvidos. Ladybug permanecia no meu colo, seu corpo frágil e fraco adormecia. Esperava que ela abrisse seus olhos, mas nada acontecia.

Respirei fundo, levantei e então, sem hesitar ou pensar duas vezes, carreguei seu corpo em meu colo. Corri em direção ao Hospital mais próximo, o mesmo onde eu havia colocado a Marinette. Esperava que seus pais tenham chegado ao Hospital para vê-la, esperava que ela estivesse bem.

Forçava as minhas pernas a pegarem velocidade para chegar o quanto antes a emergência, a vida da Ladybug dependia disto. Estava perdendo muito sangue, precisava ser rápido. Meu corpo voava pelos telhados das ruas de Paris, naquela noite escura e chuvosa. Eu era um vulto passando pelas janelas.

Cheguei rapidamente às portas da emergência, então as adentrei. Havia mais médicos e enfermeiros andando pelos corredores, mais do que antes. Isso me deixou aliviado, assim seria imediato o atendimento da Ladybug.
Gritei para a primeira enfermeira que vi na minha frente.

- Por favor, ajude ela! Ela está muito ferida, a perna dela está com um ferimento causado por uma faca, ela está perdendo muito sangue! Rápido!! - eu gritava.

- Calma, senhor Cat Noir. Por favor, peço que tenha calma e fale devagar. - ela falava calmamente, mas seus olhos estavam esbugalhados pela surpresa.

- Senhora por favor, a Ladybug precisa de atendimento rápido. Ela foi ferida na perna e está perdendo muito sangue! - tentei falar mais devagar.

A enfermeira olhou para a Ladybug sem acreditar. Ela só percebeu quem estava em meus braços quando falei teu nome. A surpresa e descrença eram nítidos em sua face, como se ela não acreditasse que algo como àquilo pudesse sequer acontecer com os heróis da cidade.
"Até mesmo nós não estamos livre do perigo", pensei.

- Enfermeira.. - falei, tentando abordá-la.

- Ahn? Ah.. Certo. - ela saiu do seu transe e correu pelo corredor, procurando uma maca para deitar o corpo da Ladybug.

Ela estava tão fraca em meus braços, seu corpo era leve. Seus olhos estavam fechados e sua respiração ficava lenta. A luta foi muito intensa para nós dois, mas principalmente para ela. Eu sofri ferimentos também, mas não tão graves, a não ser pelo meu braço. Que também doía quando eu carregava a Ladybug, mas por conta da adrenalina, a dor era quase imperceptível para mim. Apenas continuei segurando-a, até que seu corpo foi retirado dos meus braços e colocado na maca do hospital.

- Cat Noir, você também está ferido. Está perdendo sangue, por favor venha comigo. Os outros enfermeiros vão levar a Ladybug pra sala de cirugia.

- Certo.. Ah espere! - gritei para os enfermeiros que levavam a Ladybug para longe de mim. De repente me lembrei de algo importante. - Vocês não podem saber a identidade dela. Tentem retirar o traje dela na parte da perna, mas nada a mais que comprometa ela!

- Sabemos disso senhor, agora por favor, vamos! - a enfermeira ao meu lado falava.

Olhei para ela seriamente.

- Posso confiar em vocês? - falei.

- Por Deus, claro que pode! Agora vamos, por favor! - ela dizia, me puxado para uma sala de atendimentos.

Você será minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora