A fuga - Capítulo 4

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  797 palavras

 Elizabeth foi se lavar e comer algo, Henry estava quase chegando. Uma hora após ouviu-se uma buzina. Pegou as malas, olhou ao redor e fez uma oração:

ME PROTEJA, SENHOR, LEVE MEUS PASSOS AO LUGAR CERTO.PROTEJA MEU FILHO DE TODO MAL.

   Pegou as cartas e colocou todas na cozinha ao lado do vaso de flores, mesmo se alguém entrasse ali em sua casa, iriam demorar a achar as cartas e ela estaria longe. Tinha de fugir; seu pai, havia assinado um contrato com Charles e sua família, em troca ele entregou Elizabeth como esposa de Charles e mandava Jack Junior para o internato fora do país. A anos ela corria de Charles, Jack e Abigail a salvaram várias vezes deles. Achava que tudo tinha passado, mas após a morte   de Jack eles começaram tudo de novo, mas tudo ficou pior nesses últimos dois anos, ela descobriu vários planos deles. Lucas vinha ajudando com Fiona; foi quando Lucas foi ameaçado por estar namorando Elizabeth  com uma arma na cabeça, eles não sabiam que era um namoro de mentira. Graças a Deus, Fiona interviu e eles não fizeram nada com Lucas.

   Elizabeth saiu, pegou Jack Junior e foi para o carro, foi uma viagem silenciosa. Henry e ela mal se falavam, desde o último desentendimento a mais de um ano e meio atrás. Chegaram quase na hora do trem partir. Henry, despachou as malas e vendo marcas de preocupação  no rosto de Elizabeth, resolveu perguntar:

- Você está com algum problema? Precisa de alguma ajuda?

Ela simplesmente respondeu que não, não tinha problema algum, era simplesmente uma viagem para encontrar Lucas em Hamilton, para resolverem algumas coisas. Henry levantou as sobrancelhas e pensou consigo mesmo, no mínimo os dois loucos vão se casar. Ele não sabia o que deu nela, ela amava Nathan loucamente e todos podiam ver isso mas ela fugia igual louca. Despedindo rapidamente, ele foi embora, afinal já dei minha ajuda ao menos ao que ela permitiu. Elizabeth viu o desapontamento de Henry e mais uma vez se lamentou. Indo para o vagão, ela sentou na primeira classe; Ela usou seu nome do meio para comprar as passagens, então ali estavam Grace Marie e a criança era Tom Thornton, ela usou o nome do irmão de Jack pois era o combinado com Lucas para que ele fosse rastreando os passos dela. Elizabeth ria  dentro de si, poucas pessoas sabiam seu nome todo, porque a maioria achava que era Elizabeth Thatcher, na verdade seu nome completo era Elizabeth Grace Marie Thatcher, ela lembrava bem quando Jack descobriu junto com Abigail e o tanto que riram da imponência do nome dela. A distância ia sendo percorrida e Elizabeth sabia que teria de descer no caminho para pegar uma charrete, pois o trem estava sendo fiscalizado nas paradas por Charles, seus pais e suas irmãs, pois a ordem era pega-la mesmo que a força. Seu antigo mordomo sempre a mantinha informada de tudo que acontecia na casa, sendo assim as ameaças contra a madeireira, as ameaças contra o Juiz Bill Avery, contra Nathan, Henry, Clara, Abigail, Rosemary e outras pessoas eram todas verdadeiras.

   Seu pai iria acabar com a carreira do juiz e do policial Nathan. Ele entrou em negócios com a madeireira para poder ter Lee nas mãos. Contra Henry, seu pai ameaçava jogá-lo na cadeia de novo. Contra Lucas, seu pai, além de tentar tirar o hotel, ainda fez a mãe dele quase perder a editora. Por isso ela teve de afastar de todos, ela tinha medo de que algo acontecesse as crianças, já que assim eles iriam ter algo que realmente a fizesse ficar de joelhos. Da última vez, seu pai avisou na carta, seu tempo está acabando ou você casa com Charles e volta para casa ou todos eles vão sofrer... a escolha é sua...

Lagrimas escorriam em seu rosto; Mas uma parada e ela avistou várias sarjas vermelhas. Talvez aqui seja um bom lugar para descer, ao menos parece mais segura com os mountie aqui. Já havia quase doze horas, que estava naquele trem, percorrido mais de oito cidades nesse percurso. Então, resolvido com o rapaz do trem, eles desceram sua mala e sua mochila  e foram colocados no chão ao lado de fora da plataforma do trem.

Um policial loiro sorridente, vendo aquele monte de malas e a criança adormecida, veio ao auxílio e perguntou:

- Precisa de ajuda, senhora! Sou sargento Gab a seu dispor. Posso levá-la a um hotel se precisar e carregar suas malas, pois a criança está dormindo. 

— Sou E..., silêncio quando ela percebeu o que ia dizer.mas continuou: sou Grace Marie, se não for incomodo, gostaria  muito de sua ajuda. Mas preciso de um lugar com preço pequeno, por favor.

Ele acompanhou até o orfanato da cidade e informou que era de uma amiga. Ali os quartos eram alugados com preço justo e ainda incluía a comida simples mas tudo limpinho, pois assim vinha a renda do orfanato. Foi assim que Elizabeth conheceu Lilian.

A GRANDE CAÇADA - Quando chama o coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora