cap.9

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_Ret_

Chegamos perto do beco e vimos a irmã da Bruna brigando no soco e dando golpes no Canengue. Porra a mulher é braba.

Kátia:Vou descer o pau em tu como se eu fosse homem pra tu aprender a não tocar em mina indefesa.-falou dando vários socos nele que só se defendia.

Canengue: pó mina desculpa ai, pode para ouuu.- ela deu uma rasteira nele fez um golpe fazendo ele se estalar todo.

Kátia: agora cê quer me chamar de mina né - deu um chute no saco dele- me chama de macho mermo porque eu vou te arrebentar fêmea.- falou pisando ele.

Ela ia matar o viado pó, sei nem como uma mulher dessas tirou essa força toda e do jeito q ela tá batendo ele parece que não é a primeira vez ela batendo alguém. Chamei uns vapor pra separar a briga, e olhei pra Bruna que só estava encarando tudo calada e calma, estranhei um pouco, pensei que a mina ficaria assustada e preocupada com a irmã mas ela ta assistindo como se já estivesse abituada pó.

Kátia: me solta que eu sei andar sozinha caralho.- falou se soltando do kaponzo.

Bruna: bora pra casa.- falou séria puxando ela.

Ret: e nois fica como?- perguntei puxando o braço dela, ela olhou pra minha mão no braço dela e depois olhou pra mim com reprovação e como se fosse me matar ali mesmo e eu soltei ela na hora.

Bruna: depois a gente se tromba e fala no teu amiguinho, dono dessa merda aqui pra botar ordem na favela dele.- falou se saindo.

Ret: tu mora em comunidade né não?- ela não me respondeu e entrou no carro saindo.

Pelo jeito que a mina lá brigou com o cara deve ser do BOPE ou então a mina faz aulas de defesa com alguem do bope, alguma coisa ela faz pra bater assim, e se bateu nele alguma merda esse cara fez, e eu não posso deixar briga passar na minha comunidade sem cobrança.

Ret: leva ele pro desenrolo.- falei pro kaponzo.

Kaponzo: demorou chefe, mas a mina lá não vai ser cobrada não??

Ret: cê tá querendo me dar ordem é isso porra?- perguntei me chegando nele.

Kaponzo: quê isso chefia jamais.- falou abaixando a cabeça.

Ret: tá maluco caralho- dei um tapa na nuca dele- vapor meu não abaixa a cabeça pra ninguém não porra, se não tem peito pra falar comigo imagina no meio da guerra, isso é pra todos, quem abaixar a cabeça pra mim ou pra qualquer um vai levar. Não tem que baixar porra de cabeça não mantém a postura e cala a boca quando eu tô falando - falei entrando de novo no baile.

Eu detesto tropa que tá comigo abaixar a cabeça pra mim ou pra qualquer um, único que deve abaixar a cabeça pra mim são os inimigo tá ligado, os meus jamais abaixa a cabeça porque eu não quero gente fraca do meu lado não, se não tem peito cai fora.

Subi pro camarote e me esbarrei com a Flobela, tô reparando que ultimamente ela vem me dado uma moral tá ligado, me olhando de soslaio e tudo mais, ela acha que eu não vejo, tá muito enganado, como perdi minha foda de hj acho que vou ter que me contentar com essa.

Ret: aí Flo chega mais.- puxei ela pra um canto onde ninguém conseguisse nos ver.

Flobela: o quê é que cê quer ret- falou toda cheia de marra, acabo com isso em dois tempo.

Ret: vem cá- puxei ela pela bunda grudando nossos corpos sentindo ela se arrepiar, tô te falando que acabo com a marra dela rapidinho menor.

Flobela: sabia que você ia se entregar primeiro.-falou passando as unhas na minha nuca.

Da fama ao tráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora