Entre o Dever e o Desejo

Capítulo III

Oi! Como estão? Segue aqui mais um capítulo dessa pequena fic.

Por janja:

Cheguei em casa em uma felicidade tão grande. Com certeza estava mais sorridente do que o normal.
Me sentia viva, desejada...bonita!
Só conseguia pensar em quando iria ver Anielle novamente.

Preparei um belo café da manhã apesar de estar sozinha e mandei mensagem para Soraya. É claro que ela precisava saber do que havia acontecido, afinal havia sido a pessoa que me encorajou.

Só precisei dizer que tinha novidades sobre Anielle e Soraya me respondeu quase no mesmo segundo avisando que viria a Brasília para almoçar comigo.
Eu ri, é claro. Que mulher fofoqueira? Pelos céus...

Pedi que chamassem as meninas para dar uma organizada na casa e preparar o almoço, afinal a única que ganharia mimos ali seria a Anielle.

Lula estava para chegar de viagem, provavelmente estaria em casa no dia seguinte, se é que ele passaria em casa.

Infelizmente meu marido parecia ter se casado com o PT após o resultado das eleições. Por mais que as decisões do partido me eliminassem completamente de sua vida tanto pública e até mesmo privada, ele as acatava. Parecia que o meu bem-estar não importava muito desde que as lideranças do PT estivessem felizes.

Eu não fazia planos de deixá-lo. Jamais o abandonaria em um momento como esse, mas aquilo me machucava. Tentei conversar com ele algumas vezes mas os argumentos eram sempre os mesmos, "É necessário", "A imprensa está em cima da gente" "Não podemos fazer nada quanto a isso"...

Era como se ele estivesse casado com o partido, e não comigo.
Aquilo me incomodava, mas o que eu poderia fazer? Me separar do meu marido? Estava completamente fora de questão.

Eu sabia que meus sentimentos por Anielle ficavam cada vez mais fortes, tão fortes que confesso que estava começando a comparar o que eu sentia por ela com o que sentia pelo Lula lá no início. Com certeza naquele momento eu a queria mais do que queria ele. Quem quer ser ignorada?

A Anielle me fazia sentir a mulher mais linda do mundo com aquelas frases que pareciam poemas, ouvia minha opinião com entusiasmo, tentava de todas as formas colocar minhas ideias em prática.

Além de linda eu me sentia inteligente ao lado dela. Sem contar nos peitos, né? Não sabia se estava mais apaixonada por ela ou por aquele belo par de peitos.

Confesso que não me sentia culpada por ter traído meu marido. Acho que a sensação de estar viva novamente era tão grande que ofuscou essa culpa. Sabia que ela viria uma hora ou outra, mas esperava que demorasse o bastante para que eu conseguisse aproveitar o meu momento.

Após o café fui para o quarto e deixei que as meninas assumissem a cozinha.

Por volta das nove da manhã recebi uma mensagem daquela que não saía da minha cabeça.