𝗗𝗔𝗥𝗞 𝗦𝗘𝗖𝗥𝗘𝗧 𝖡𝗂𝗅𝗅 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓

𝟮

Primeiro mês

Tiro meus óculos, estava de queixo caído com a beleza de Berlim. O táxi finalmente para, dou algumas gorjetas ao homem e pego minhas malas, caminho para uma pequena casa em uma área calma e com vizinhos quietos.

A casa era aconchegante, não tinha do que reclamar, muito pelo contrário, chega até a ser melhor que meu apartamento na Itália.

Começo a desfazer minhas malas, nem sei se posso chamar de minhas, nada que tem aí dentro é meu, somente coisas que Bill Kaulitz gostaria que alguém vestisse.

Começo a guardar as peças no guarda roupas, odeio bagunça. Meu estômago ronca de fome, isso era um sinal que a hora se aproximava.

Meu celular começa a tocar na sala, corro para lá e o atendo a tempo.

— O que achou da casa?— Quinton pergunta.

— É boa, pensei que vocês iriam me meter o olho do furacão.

— Ainda não. Seja gentil com os vizinhos, conquiste a confiança de todos ao seu redor, assim como combinamos!

— Eu sei.

— Acho que é o suficiente por enquanto, boa sorte.

Desligo a chamada e jogo meu celular em qualquer canto da casa.

Me arrumo e tranco a casa, checo o horário em meu relógio e coloco a localização de um restaurante específico em meu novo celular.

Em menos de vinte minutos eu já estava em frente ao estabelecimento, caminho até lá e entro no local.

Meus olhos percorrem o ambiente e não demora muito para que eu veja um rosto familiar, caminho até ele.

— Hola, chica— (oi, garota) me sento em sua frente.

— Como anda a vida de policial corrupto?— seu sorriso desaparece e Don dá um gole no vinho.

— Veo que sin paciencia— (vejo que está sem paciência) cruzo meus braços e o encaro.

— Por que está falando espanhol comigo?

— ¿Cómo es que no sabes tu propio idioma?— (Como é que você não sabe sua própria língua?)

— Não é porque sou latina, que falo espanhol. Eu falo português!— ele ri e nega com a cabeça.

— Perdão— faz uma pausa— Mas você é uma policial tão certinha, por que precisa da ajuda de alguém corrupto como eu?

— Por que ainda gosto desse desgraçado— ele fica sério— Ainda tenho consideração por você, Don! Se me ajudar, assegurarei que ninguém mais saberá do que eu sei, esse negócio morre comigo.

— Você é engraçada, Marie— ri— Me diz palavras boas mas me ameaça ao mesmo tempo. Como descobriu sobre mim?

— Sabe que eu não tenho preguiça de procurar quando quero achar!

– E o que precisa?

— Bill Kaulitz— digo e ele ri.

— Você só pode estar brincando— quando ele percebe que eu estava falando muito sério volta sua postura e ajeita sua camisa— Acho que essa será a primeira missão que não será concluída. Melhor dar meia volta para a Itália.

— E por que?

— Você não está em terras conhecidas, a família Kaulitz manda e desmanda em absolutamente tudo, principalmente Berlim. Marie, sua vida está em um risco enorme estando aqui, eles não tem pena de policiais fodas como você.