𝓘𝓶𝓪𝓰𝓲𝓷𝓮𝓼 𝓮 𝓹𝓻𝓮𝓯𝓮𝓻𝓮𝓷𝓬𝓮𝓼 𝓖𝓾𝓷𝓼 𝓝' 𝓡𝓸𝓼𝓮𝓼

𝓢𝓾𝓶𝓶𝓮𝓻 𝓒𝓪𝓶𝓹 𝓟𝓽/ 1 - 𝓢𝓽𝓮𝓿𝓮𝓷

(N/A - Vocês não sabem a quanto tempo eu queria dar um destaquezinho a mais pro Stee aqui! Tadinho, ele merece aparecer mais de vez em quando ksksksks)

(S/N POV)

"Paiiii! Por favor! Eu já disse mil vezes que não quero ir para aquele lugar!" Choraminguei para o meu pai pela, talvez, décima vez no dia, vendo ele revirar os olhos e retirar Vinnie, meu gatinho, de cima das roupas que ele tentava inutilmente colocar dentro da minha mala. Digo inutilmente pois eu já tinha tirado absolutamente todas as roupas de dentro da mala as duas vezes em que ele as colocou na mala, enquanto discutíamos casualmente.

"Amor, por favor, eu não posso te deixar sozinha em casa durante o verão! Nos já conversamos sobre isso e chegamos a uma conclusão muito interessante com o Brian: Eu posso ser preso por abandono de incapaz se te deixar aqui sozinha! E eu sei que você vai acabar tocando fogo na casa."

"Farrokh Bulsara preso? Não acho que possa acontecer."

"Foi só nisso que você prestou atenção?" Ele riu divertido, fazendo um carinho breve pelo corpo pequeno de Vinnie, pegando o gatinho siamês no colo. "Se me chamar assim de novo ao invés do normal, que é "papai", aí vamos discutir sobre essa coisa de eu ser preso, meu anjinho."

"Estou morrendo de medo, pai."

"Papai." Ele corrigiu me abraçando e depositando um beijinho na minha testa. "S/N, você sabe que eu sempre vou te dar liberdade pra fazer suas próprias escolhas e odeio te obrigar a fazer alguma coisa, mas eu adoraria que você fosse, seria melhor que te arranjar uma babá."

"Papai, eu já tenho 16 anos, não preciso de babá!"

"E também não pode ficar nessa casa enorme sozinha, então concorde em ir pro acampamento, serão só duas semanas... e quando acabar eu posso te recompensar com algo especial, hm?"

Suspirei profundamente e envolvi o corpo do meu pai em um abraço apertado, murmurando uma resposta contra seu peito coberto por uma camisa azul decorada com gatinhos marrons. A camisa era realmente a cara dele e eu me senti triste só de pensar que eu não veria as camisas estranhas do papai e nem ele próprio durante um mês inteiro, porque eu estaria enfiada no mato num cenário de filme de terror. "Não precisa me recompensar com nada, se te deixa mais tranquilo que eu vá, eu vou sem problema nenhum, sem insistir pra ficar por aqui nem nada nessa linha."

Ele sorriu como uma criança e me encheu de beijos na bochecha, finalmente deixando Vinnie livre do momento de carinho quando o gato viu Delilah passar pela porta correndo e decidiu segui-la.

Bom, acho que antes de prosseguir eu devo algumas explicações, certo? Eu nasci fruto de um romance rápido que meu pai, Freddie Mercury como já puderam perceber, teve com a minha mãe durante uma viagem em meados de 1964, e no meio do ano de 65, eu nasci, mesmo a minha mãe não gostando muito da idéia e me deixando com meu pai antes de sumir pelo mundo. A única coisa que ela se dignou a fazer foi um teste de paternidade para comprovar que eu não era filha de um marmanjo qualquer com quem ela tivesse dormido e depois, papai conta que ela me deixou na casa dos meus avós com um cobertor, frauda suja e uma mamadeira contendo suco, coisa que eu não poderia tomar sendo recém nascida.

De qualquer forma, eu fui criada com muito amor pelo meu pai, com a ajuda dos meus avós, minha tia e todos os membros do Queen, então nunca me importei com o fato de não ter uma mãe. Pois bem, vida explicada, agora podemos voltar ao foco.

(...)

Meu pai e eu já havíamos nos despedido com bastante melação pai e filha há alguns minutos atrás e ele teve que ir logo para arrumar as malas e ir viajar para só deus sabe onde, resolver algo com a banda que eu realmente não consegui prestar muita atenção, mas sabia que tinha algo a ver com eventos beneficentes ou uma coisa parecida. Por fim, isso queria dizer que eu estava mofando com um bando de adolescentes que já haviam cochichado sobre mim, que pediram autógrafos para o meu pai e outros que estavam meio perdidos e deslocados sendo mantidos juntos pelos monitores do ônibus, tudo isso num terminal aberto no meio de um sol escaldante em que todos teriam que permanecer por mais dez minutos até o horário de partida.