Depois de uma breve apresentação onde conhecemos os monitores do acampamento, dois instrutores de atividades físicas que os monitores não podiam ensinar, o zelador que cuida do lugar e as cozinheiras com quem Steven rapidamente simpatizou, descobrimos que cada dupla teria um bangalô pequeno para dividir e que os banheiros eram comunitários, espaçosos e divididos por gênero. Tudo isso de acordo com o monitor-chefe, já que estávamos todos de pé durante meia hora e ainda não tínhamos tido licença para organizarmos nossas coisas nos dormitórios.
"Me desculpem pelo falatório, crianças! Por favor, no caminho para os dormitórios não se afastem do acampamento sem um responsável, ok? Podem passear pelas áreas permitidas e fiquem atentos ao sino que avisa a hora do lanche."
"A dona Beth disse que eles têm uma horta de morangos selvagens! Eu quero ir até lá mais tarde..." Steven quase gritou, totalmente animado dando alguns pulinhos pelo caminho até o nosso dormitório, que poderíamos reconhecer facilmente pelo número 14 pintado na porta.
"Eu amo morangos! Mas a horta não é uma área aberta só aos funcionários?" Perguntei um tanto distraída, me concentrando em tirar as chaves do meu bolso para que pudesse abrir a porta do adorável bangalô feito de madeira, bem parecido com uma casa de bonecas em tamanho real, que consistia por dentro em duas camas separadas em extremidades diferentes, duas cômodas ao lado das camas e dois abajures em cima das cômodas.
"É sim, mas ninguém vai ligar para isso se formos a noite e além do mais, as regras aqui proíbem coisas inofensivas, então não machuca quebrar uma ou duas! Eu trouxe um saco de maconha com a intensão de ficar chapado depois de nadar pelado."
"Você foi de "vamos comer morangos no meio da noite" para "Uau morrer afogado totalmente pelado e chapado!"? Você é um cara muito esquisito e eu não sei se precisava dessa informação, Steven, mas caso pretenda compartilhar, eu quero um pouco da maconha..." Steven abriu um sorriso lindo e me surpreendeu com um abraço breve, dizendo que não se importava em dividir nada comigo. Me senti abraçada por um poodle carente, mas estava longe de achar ruim.
Tudo isso aconteceu há duas semanas atrás, e várias coisas aconteceram ao longo dessas duas semanas até chegarmos no dia de hoje: Saímos em grupo para fazer trilha, andamos em uma tirolesa pequena por cima do lago, pescamos, Steven e eu fomos até a horta algumas vezes e fumamos um pouco no píer, mas não chegamos a nadar no lago a noite durante esse meio tempo, por isso decidimos fazer isso ainda esta semana, na noite de amanhã, porque hoje vamos assar marshmallows em uma fogueira.
Eu estava sentada na minha cama penteando o cabelo de frente para o espelho que ficava pendurado na parede ao lado da minha cama, distraída demais com o que estava fazendo para perceber Steven parado na soleira da porta me observando, até o loiro chamar a minha atenção com um pigarro.
"O que foi?" Perguntei um tanto confusa, deixando o espelho de lado para prestar atenção em Steven, parando um pouquinho para reparar na bermuda preta que ele estava usando, na camisa preta com a logo do Queen e os chinelos também pretos, além dos cabelos que ainda não estavam secos o suficiente para ficarem armados como sempre.
"Nada, só queria dizer que você está linda nesse vestido! Caiu muito bem em você." Segui as orbes azuis de Steven com cuidado, analisando meu vestido lilás e os chinelos pretos decorados com flores brancas pequenas.
"Obrigada, querido." Dei um beijinho na bochecha dele, ficando quase na ponta dos pés para alcançar seu rosto, vendo as bochechas de Stee ficarem vermelhas de vergonha.
Saímos do nosso quarto em um silêncio bastante agradável, entrelaçando nossas mãos como tivemos feito desde o último domingo, onde adquirimos esse hábito depois de fazermos algumas trilhas na floresta e andarmos de mãos dadas para evitar que nos perdêssemos no meio do mato.

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