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Ayla

Ontem o dia não foi bom, eu vendo flores para me sustentar, minha casa e pequena e caindo aos pedacinho, sem água quente e sem água, as janelas escoradas com madeiras, e as paredes com infiltração, quando chove molha tudo, quando fui abandonada aqui meus pais me deixaram com uma pequena malinha, eu ainda não sei por que fizerem essa maldade comigo, eu nunca fiz nada a ninguém, sempre fui na minha, mas parece que ninguém gosta disso, nunca estudei, eles não deixavam tudo que eu sei foi graças aos empregados dos meu país que me ajudavam a ler e escrever, e emprestavam uns livros pra mim, de romances pois eu amo muito.

Ontem eu trombei com um moço, mas eu não sabia que era o maior mafioso no mundo que eu via nos cartazes e nos jornais no chão da rua. Ele era lindo, forte e alto, com cabelos lisos e s brilhosos, me senti molinha quando ele me segurou. Mas n posso pensar isso, ele é mafioso e me mataria, eu ontem nem sai com medo dele me seguir e me fazer algum mal, é sempre assim, quando alguém cruza seu caminho ele mata.

Hoje irei tentar vender mais flores, eu guardei meu dinheirinho que guardei quando ganhei de um dos empregos da casa, eles viam como meus pais me tratavam e sempre me ajudavam, com o dinheiro que juntei e guardei, sempre compro um pão e as flores, é o meu sustento...

Coloco o meu vestido rosinha que já está rasgado na ponta e lavo o rosto, penteio o cabelo e saio.
Passo numa floricultura e compro algumas rosinhas que é baratinha e coloco na cesta, vou andando pelas ruas movimentadas e consigo vender três flores depois de quase duas horas.

As horas vão passando e quando percebo já está noite, olho para a vidraça de uma loja e vejo que já são seis e meia. Resolvo voltar pra casa, mas sinto a presença de alguém e me sinto ser observada e um calafrio subir pelo meu corpo, olho para os lados e vejo um senhor me olhando com um sorriso no rosto, acelero os meus passos mas vejo ele correr em minha direção, não penso duas vezes e corro também. A estrada está escura e deserta onde moro não há ninguém essas horas aqui, antes que eu atravessasse a rua o mesmo me alcança e me puxa pela cintura.

????- Olha só o que o que temos aqui! - sorri no meu pescoço isso faz meu medo piorar e começo a tremer -

Me solta!!, Por favor moço me deixa ir eu n tenho nada e nem dinheiro! - Grito enquanto ele me puxa para um beco e me esperneio tentando me soltar -

??? - Vem meu amor, sei que você vai gostar, e só questão de tempo, não adianta se espernear, ninguém vai ouvir você - seu bafo de bebida exala no ar.

Quando dou por mim o mesmo me joga no chão, tá meio escuro, a lua brilha no céu mas não consigo enxergar, minha cesta de flores caiu e eu não sei pra onde foi, grito em plenos pulmões por ajuda, mas ninguém me ouve, ninguém me ajuda, eu não sei o que ele vai fazer comigo, eu tô com medo.
Suas mãos asquerosas rasgam meu vestido me deixando nua da cintura pra cima.
Ele vai fazer aquelas coisas obscenas comigo?!
Não!, Por favor Deus, isso não.
Grito mais ainda, mas o mesmo me bate e me xinga, seu tapa foi certeiro no meu rosto, me deixando com uma dor absurda na cabeça, mas não desisto continuo gritando e me sacudindo, vejo o mesmo desabotoar sua calça, mas ante que ele posso descer-la, ele é arrancado de cima de mim, me arrasto pra trás até encostar na parede e abraço os meus joelhos.
Estou com frio, tremendo, com medo, com nojo, por que tinha que acontecer isso comigo?, Por que sempre comigo?. Sinto a falta de ar me consumir e não vejo mais nada, apenas uma pessoa se aproximando.

??- Anjo, fala comigo princesa, olha para mim!.



 𝐒𝐨𝐥𝐨 𝐢𝐥 𝐦𝐢𝐨 𝐩𝐢𝐜𝐜𝐨𝐥𝐨 - 𝗜𝘁𝗮𝗹𝗶𝗮𝗻𝗼 / 𝗽𝗼𝘀𝘀𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora