Cogumelos, martelos e... Dragão? | Bakudeku

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Mario Bross. Nutro carinho pelo jogo desde pequenininha, assim como muitos de vcs devem nutrir, e, com o filme que acabou de sair, vi que muita gente teve inspirações para fazer fanarts, e, claro, me deparei com algumas MARAVILHOSAS retratando o Kats como Bowser e o Izu como Luigi, e voilá: tive um pouco de inspiração e compartilhei com a Line, que, como sempre, me incentivou (ameaçou) a escrever uma fic, e criou-se essa maravilha aqui hehe.Avisos: não assisti ao novo filme do Mario, portanto, não esperem que o enredo ou demais detalhes tenham a ver com os do filme, ok?

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Cogumelos, martelos e... Dragão?

por Sahh 

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— Hum? Comida? Já?

Izuku piscou várias vezes para espantar a sonolência e os últimos fragmentos de um sonho que envolvia seu amigo Toad sendo devorado por uma planta-piranha. Não guardou muito detalhes, mas de alguma forma Toad se livrou dela e finalmente conseguiu contatar Mario e informá-lo de que Luigi não estava em lugar nenhum, montando em seguida uma equipe de resgate e irrompendo, triunfante, naquele castelo que estava mais para uma ruína, salvando Izuku das garras do príncipe dos dragões.

Bem, a utopia desapareceu conforme Izuku analisava o capanga que viera lhe trazer o café da manhã. Era um dos goombas, e não teria problema com isso caso não se sentisse um pouco ameaçado diante da carranca perpétua da criaturinha que no momento pulava em seus pezinhos de pato, impaciente para que Izuku pegasse a bandeja equilibrada em sua cabeça. Não ter braços devia ser chato, imaginou, mas era inegável que ele e seus irmãos aprenderam a se virar; nem uma migalha ou gota de leite caíram no chão.

Izuku o agradeceu, embora contrafeito, e foi deixado com seu desjejum — se que é dava para chamar duas torradas e meia xícara de leite coalhado de desjejum, mas ok. Era uma tremenda sorte receber comida enquanto prisioneiro, então não reclamaria.

Mordiscou uma torrada e suspirou. Por mais quanto tempo aquilo duraria? Completaram-se dois dias de seu sequestro, e ninguém apareceu. Não à toa, pegava-se sonhando com seu incerto resgate.

Mas sabia que também tinha certa culpa no cartório. Achava que havia aprendido a controlá-las, mas sua frustração e inveja aumentaram de tal maneira nos últimos tempos que começou a se preocupar com o nível que elas atingiram. Quando tocou naquele cogumelo e ele lhe entregou o uniforme vermelho, ali Izuku recebeu a prova de que sua antiga obsessão estava voltando, e com força.

Respirou fundo e terminou a comida. Cair em reflexão não ajudaria, principalmente quando poderia aproveitar esse precioso tempo bolando estratégias para fugir do castelo de Bowser, porque, ao contrário de seus sonhos otimistas, a cavalaria não chegaria tão cedo. Izuku precisava agir.

Mais fácil falar do que fazer, pensou, desgostoso. Desde que Bowser trocou as correntes em seus tornozelos por outras mais eficazes, executar o plano que fosse ficou duas vezes mais difícil...

O jeito seria Izuku esperar Bowser aparecer e dizer-lhe a real.

Uma hora depois, a oportunidade que queria surgiu assim que seus ouvidos captaram passadas largas e seus olhos observaram alguns koopas, de guarda no portão, executando uma vênia à entrada de seu príncipe que nada se assemelhava a outros que Izuku conhecia, a começar por sua aparência selvagem: chifres nas laterais da cabeça, pulseiras e gargantilhas cheias de espinhos afiados e caninos proeminentes. Isso sem esquecer seu caráter maquiavélico de quem sequestra pessoas e as mantém em cativeiro como se não fossem nada.