Blood of Dragons - ABO

Prólogo

Dragonstone, 149 DC

O som dos corpos se chocando ecoou pelo quarto, Saera gemeu alto e precisou tampar sua boca com a mão para que ninguém ouvisse, já estavam casados a vinte anos, mas a cada ano que passava parecia que seu desejo pelo marido apenas aumentava, e ele não ajudava muito ficando cada vez mais musculoso com os treinos, Jace ergueu a esposa colocando as costas dela contra seu peito e apertou o seio dela com a mão livre a fazendo gemer, mas em nenhum momento saiu de dentro dela ou parou as estocadas que ficavam mais rápidas a cada minuto.

— As crianças vão ouvir assim... — Sussurrou no ouvido dela Ofegante a fazendo gemer baixinho. — Não temos muito tempo... Eles vão perceber que eu já cheguei.

— Então cala a boca e me faz gozar.

— Como desejar minha ômega.

Jace deitou Saera novamente levantando um pouco do quadril dela voltando a estocar com força dentro da esposa, dessa vez ela não conseguiu segurar os gemidos de prazer, todo seu corpo tremia de desejo pelo marido e só em saber que estava com ele novamente era prazeroso demais, Jace estocou uma última vez dando o seu nó a sua esposa que escondeu o rosto no travesseiro se entregando ao orgasmo que balançava seu corpo violentamente, ele deixou seu corpo cair em cima do dela e esperou até que fosse seguro sair de dentro dela para não lhe machucar.

— Conseguiu controlar Essos? — Ela pergunta ofegante olhando por cima do ombro.

— Porque acha que voltei para casa? Daemon não via a hora de voltar também, então só queimamos tudo.

— Você pegou essa mania...

— Pai! Pai eu sei que o senhor chegou! — O grito da filha mais nova do casal ecoou acompanhado de batidas na porta e Saera resmungou, tinha acabado o sossego. — O senhor disse que quando voltasse da guerra íamos conversar.

— O que Daenera quer agora? — Ela pergunta pro marido que se levanta vestindo uma calça.

— Ir morar com os tios em Driftmark. — A princesa ergueu uma sobrancelha.

— Para viver atrás do Baelon como uma cachorrinha? Minha filha não vai se humilhar pro filho do Aemond. — Ela disse parecendo ofendida. — Diga não.

— Achou mesmo que eu ia aceitar mandar ela direto pras garras daquele dragão? — Ele pega o vestido da esposa jogando na direção dela que o pega no ar. — Baelon é uns 5 anos mais velho que ela e nunca a olhou dessa forma, mas ela...

— Ver ele como um príncipe encantado. — Revirando os olhos, Saera vestiu a sua roupa indo em direção a penteadeira do quarto para arrumar seu cabelo. — Ele é um beta e Daenera também, seria uma boa uniao, se ele gostasse dela.

— Um grande "e se".

Suspirando ele abriu a porta do quarto e o furacão que era sua filha entrou, Daenera Targaryen, a mais nova tinha os cabelos castanhos como o pai e os olhos violetas da mãe, era a combinação perfeita dos dois e mesmo com seus 15 anos era considerada a mais bela do reino, quase todas as mulheres da família eram considerada assim. A família do herdeiro do trono viviam em Dragonstone desde o casamento dos pais, ao todo eles tiveram 6 filhos, os gêmeos Rhea e Harwin com seus 20 anos, Daella tinha acabado de completar 19, Maegor 17 e tinha as gêmeas, Alyssa e Daenera de 15 anos, foram 4 gestações, mas cada uma dela tinha trazido uma alegria diferente para o casal que fariam de tudo pelos seus filhos.

— Por que esse escândalo todo, filha? — Saera pergunta enquanto passa a escova em seu cabelo.

— Eu tenho um assunto muito importante a falar com o pai. — A caçula se virou em direção a Jace que cruzou os braços encarando a filha seriamente. — O senhor prometeu que pensaria sobre eu ir passar algumas semanas em Driftmark.

— Sim, e eu pensei.

— Qual sua resposta? — Ela perguntou ansiosa.

— Não. — O sorriso que nascia no rosto dela morreu automaticamente. — Você só tem 15 anos, não vai sair da vista da sua mãe e nem da minha.

— Eles são meus tios.

— Sim eu sei, mas eles não são responsáveis por você e sim a gente. — Saera se levanta ficando ao lado da filha. — Meu amor, você tem que entender que é pro seu bem.

— Me privar do amor é pro meu bem?

— Isso não é amor, Nera, é...

O som de dragão se aproximando tirou a atenção deles, Franzindo a testa Saera se aproximou da janela tendo a visão de Caraxes e Syrax se aproximando, e ela tinha uma ideia de que Jace não estaria mais livre hoje.

Saera fechou a porta da sala de reunião, todos estavam ali, tinha sido pedido de Rhaenyra que até as crianças estivessem presentes e ela temia o que estava por vim, Daemon sorri para filha que lhe abraça rapidamente, ele já estava chegando na casa dos 70 anos, mas ainda era o mesmo Daemon.

— Pai, o que está havendo? — Sussurra e o príncipe só sorri de lado colocando Irmã sombria nas suas mãos. — Pai?

— Estamos passando o legado.

Saera olhou rapidamente para Jace que tinha ficado sério encarando sua mãe, Rhaenyra usava a coroa que havia sido de Viserys, mesmo com idade avançada continuava magnífica, a rainha se aproximou do filho que engoliu em seco.

— O que eles estão fazendo? — Daella sussurra no ouvido de Rhea que engole em seco entendendo.

— Abdicando.

— Mas isso significa que...

— Jacaerys, meu filho, durante vinte anos eu comandei nossa casa e Westeros da melhor forma que consegui, mas a idade chega para todos. — Rhaenyra interrompe a conversa das netas que olham para ela rapidamente. — Não tenho mais estrutura para isso, para essas guerras e Daemon me disse algo hoje que me fez ver a razão, Westeros precisa de um rei e uma rainha jovem, e nós temos eles.

Saera deu um passo a frente ficando ao lado do marido segurando irmã sombria com força, viu Daemon se aproximar com a coroa de aço Valíria o que havia sido de Aegon o conquistador e Jacaerys ergueu seu queixo, estava na hora. Rhaenyra pegou a coroa das mãos do marido e se aproximou do filho que se abaixou enquanto ela colocava a coroa na sua cabeça.

— Rei Jacaerys Targaryen, primeiro de seu nome. — Os filhos do casal ergueram o queixo sabendo que suas vidas não era mais as mesmas. — Rei dos andalos, dos roynares e dos primeiros homens, senhor do sete reinos e protetor do reino.

Daemon se aproximou de Saera com uma coroa na mão, mais delicada e de aço valiriano, a filha do príncipe se abaixou deixando que ele colocasse a coroa em sua cabeça e Daemon sorriu para sua primogênita.

— Minha rainha.

— Eu espero que o reinado de vocês seja de paz, e se não for... — Os dois se olharam sabendo que nada seria como antes. — Vocês saberão o que fazer.

— Rhea, isso significa...

— Que o papai é o rei agora. — A mais velha engole em seco sabendo o que seria de agora em diante. — E eu a sua herdeira.

Saera olhou para filha sabendo o que se passava pela cabeça dela, Rhea era uma ômega e assim como seu tio Luke teria que lutar pelo seu legado, Rhaenyra estava errada, a paz não seria duradora e a guerra de fogo e sangue começava agora.