Capítulo 5 - best part

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O dia para Lalisa só começava quando vasculhava seu twitter e todos os aplicados de esportes, nos quais tomava conhecimento das tabelas de todos os campeonatos mundiais.

A jovem garota torcia para um time da Korea, mas acompanhava as outras ligas, principalmente as europeias. Fora do seu país, torcia para a Manchester city, um clube inglês, no qual jogava seu jogador preferido e compatriota; Erling Haaland.

Havia nascido na Tailândia, mas quando foi morar em Seoul, adquiriu dupla nacionalidade.

De certa forma, queria seguir os passos do jogador norueguês em questão. Não era nenhuma surpresa que Lisa amava futebol. Por outro lado, não conseguia se enxergar saindo, mais uma vez, de um país para morar em outro. Nem mesmo em Bangcoc.

Ela poderia convencer qualquer pessoa sobre os vários motivos de não querer se mudar e, de fato, eles eram convincentes. O primeiro; ela detestava mudanças. Segundo, simplesmente gostava de onde morava. A ideia de continuar morando em Seoul, Gangnam, lhe agradava. Terceiro ponto, MUITO por Park chaeyoung.

Ok, a jovem garota tailandesa possuía vários outros motivos, mas certamente esses são os principais. Por isso, se conformava em seguir os passos da sua mãe. Parecia ser uma boa ideia, afinal unia o útil ao agradável.

Por conta do pai, Manoban obteve passe livre em todos os cantos do estádio do Seoul FC. Possuía privilégios, conhecia os jogadores, ganhou inclusive camarote vip a todos os jogos.

No entanto, sua presença na sala exclusiva, localizada no último andar do estádio, era rara. Gostava de acompanhar as partidas na arquibancada, apreciava a emoção da torcida, gostava de fazer parte dela.

Seu clube buscava permanecer na liderança da primeira divisão, competição mais importante do país, mais conhecida como K-League. A vitória de 3 x 0 foi incontestável, alargando ainda mais a vantagem para o segundo lugar, que apenas concedeu um empate dentro da sua própria casa.

No entanto, a de cabelos pretos com a franja acima dos olhos e sorriso frouxo se sentia insatisfeita. Fazia algumas horas desde que Lisa havia retornado do jogo. Tinha se divertido, embora sempre voltasse rouca, e dessa vez, não só ela, mas Ella também.

Como boa e fiel torcedora, foi impossível para a menor se manter imparcial, sendo imediatamente contagiada pela energia da Tailandesa. E isso, sabemos! Lisa possuía para dar e vender. Sobrava-lhe energia. Torceram tanto para o time do coração, o mesmo que tinha influenciado a garotinha a se apaixonar, e virar junto das suas outras amigas, companheiras indiscutíveis de todas as partidas, ou pelo menos a maioria delas.

O jogo infelizmente não durava para sempre, no entanto, conseguiu esquecer Chaeyoung, até mais do que planejou. Bom, isto é, até voltar para casa.

Encontrava-se sozinha, mas a solidão não a incomodava, aliás, lisa desde muito nova gostava da sua própria companhia. Se perdia fácil no seu próprio mundo, em outras palavras, sabia ser só.

Antes fosse esse o motivo que perturbava seu sono. Na verdade, conhecia exatamente o nome e sobrenome do problema. Sentia falta e queria sua best friend.

Não conseguia se livrar da sensação dos lábios dela nos seus. Havia sido um selinho, mas o estrago foi brutal. Quase um soco desferido no pé do estômago. Desencadeou uma série de sensações que Lisa lutava em reprimir. O que fazia, vale salientar, de forma muito bem.

No fundo, sabia que a amizade delas dependia totalmente disso. Mas agora, talvez não fosse capaz de conter seus sentimentos, foi como se estivessem despertados da hibernação e não havia nenhuma hipótese de serem adormecidos novamente, já tinham feito isso por muito tempo, tudo o que eles almejavam era serem, no mínimo, correspondidos.

The perfect girlfriend Onde histórias criam vida. Descubra agora