cap 2: Explorando o desconhecido

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Mayleen se sentia estranha, não pelo fato de ter dormido em uma cabana desconfortável ou pelas suas pernas estarem doendo horrores, mas sim pelo Doutor. Ela não tinha medo de segui-lo, mas ainda assim, se sentia estranhamente estúpida por fazê-lo, afinal era realmente uma decisão estúpida que nem mesmo o maior dos idiotas faria, mas para a garota, era diferente.

Mayleen, a princípio de tudo, tinha saído de sua cidade natal pelos inúmeros problema que lhe foram causados: o seu antigo trabalho. Ela trabalhava em um orfanato, e mesmo que fosse estranho para as outras pessoas, ela era muito mais responsável que a maioria dos adultos ali. Ela entendi as crianças, suas necessidades, suas brincadeiras, e o mais importante: tinha tempo. Os senhores e senhoras do orfanato tinham de cuidar do dono, ele tinha ficado doente, então os adultos não tinham mais tempo para as crianças, confiando todo o trabalho a uma criança de 11 anos. Visando todos os problemas que ela teve com isso, estar seguindoum suposto médico desconhecido não era algo tão assustador, mas ainda assim, era estranho.

Mayleen só saiu de seus desvaneios quando percebeu que chegaram em uma cidade, ela sequer tinha reparado a dor em suas pernas pelas horas caminhando. Ela tinha pensado em tanta pouca coisa, como se passou tanto tempo? Ela olhou para o Doutor, curiosa

- Onde estamos? - questionou apontando o indicador para a cidade-

-Perdão pela falta de explicações, conheça Nimes, hoje é o segundo dia, e nossa próxima parada é Narbona. Estamos perto de nosso destino. Nimes é mais conhecida por sua arquitetura.

_É uma cidade realmente bonita por fora, seria assim por dentro?

- Veremos. - A voz do Doutor saira mais trêmula, ele parecia ter respondido isso para si mesmo, não para a garota. Estava claro que estava pensando se a doença já tinha chegado lá. -

Após entrarem na cidade, a primeira coisa que se passou pela cabeça de Mayleen foram puras palavras de admiração a paisagem a sua frente: a arquitetura delicada e destacada, todos os traços refletiam a perfeição. Porém, toda sua alegria foi puxada após perceber que as pessoas de lá pareciam constantemente apressadas e preocupadas. Era claro o motivo. Ela e o Doutor se entreeolharam, como se fosse telepatia, ele logo preparou sua bolsa, nos mesmo instantes seguintes, inúmeras pessoas se dirigiram a eles implorando por ajuda imediata.

A menor ouviu por um lobgo e extenso tempo o homem explicar a situação atual,os recursosmedicinais eram escassos mesmo para todos os materiais de sua bolsa: mesmo que ele tivesse muitos objetos úteis, quem garantiria que eles ajudariam em algo? Aquela doença ainda era algo totalmente inesperado, os materiais já não ajudavam em situações cotidianas, imagine então nessas situações.

- Parece que seu treino vai se tornar oficial.

- O que quer dizer?

- Temos muita coisa a resolver. Eu estava planejando te ensinar e testar depois, mas não teremos muito tempo, logo terão quantidades incontáveis de pacientes. A maioria deles estará em um estágio avançado, como eu disse, a doença é slgo recente, as pessoas não irão percebe-la até que sintomas anormais comecem, e quando começarem já estará em suas fases finais.

- Tudo bem, darei meu melhor.

A dupla se dirigiu a um estabelecimento temporário, era um "barraco" simples, porém a arquitetura conseguia continuar impecável. Ela não teve tempo de descansar, assim que entrou, o homem começou a explica-la tudo que sabia, e ela deveria admitir o óbvio: era tão pouca coisa que não daria para sequer tentar ajudar uma das mil pessoas doentes, o que significava que era inútil tentar ajudar.

- Doutor, se não sabemos praticamente nada queseja útil para curar ou melhorar o estado das pessoas, por que você deu esperanças para aquela multidão?

- O trabalho de médico no tempo em que vivemos exige sacrifício, eu não queria ter de explicar coisas desse tipo para você, mas pelo momento, só posso te dizer que os pacientes já não tem uma expectativa de vida grande, mesmo se tivéssemos avanços , as chances de sequelas perigosas não são pequenas, por isso, eles preferem morrer contribuindo para avanços mais rápidos doque terem um tempo de sofrimento e incerteza mais estendido.

- Vocês testam experimentos em pacientes com a doença mais avançada pelo fato de estarem praticamente mortos,e com isso, terem a conscientização mais facilmente?

- Exato. Se perguntarmos para alguém que acaboude pegar a doença, ela vai estar desesperada demais para aceitar testes, e não curas exatas. Ao menos, poucas pessoas que cojitamos questionar sobre aceitaram, com a justificativa de " De que adianta eu querer melhorar se o remédio que eu aceito tomar pode piorar ou ne matar?". As pessoas queriam viver, sobreviver, não correr um risco maior pelas outras enquanto estavam em um momento que só seu "pequeno" risco era algo chocante.

- O trabalho de médico parece tão melancólico derrepente...

Eles então ouviram batidas na porta. Mayleen correu para abri-la, e no mesmo momento,uma mulher assustada e exasperada exclamava em um tom exageradamente alto:

- Me ajudem poe favor! Meu filho está terrivelmente doente, já o dei tudo quetinha em casa,ninguém sabe o que fazer! Você deve ser o médico que me falaram para procurar, me ajuda, por favor! Eu lhe imploro!

- Senhora se acalme, mostre o caminho.- ele pronunciou, pegando rapidamente a sua bolsa e correndo para fora do estabelecimento-.

Quando chegaram lá, suas expressões foram bem nítidas: surpresa. O garoto já eram de certo modo jovem, e marcas negras o cobriam pelo corpo todo, sua face era cansada, com olheiras, e o cabelo desajeitado. A figura alta com a máscara de corvo se aproximou dele, o sentando.

- Garoto, me diga, você se sente preparado para testar o remédio? - a sua voz se tornou suave, ele estava visivelmente calmo,apenas suas ações e palavras pareciam adiantadas e rápidas-.

Ele acena a cabeça em concordância, tomando o líquido sem muita cerimônia. O remédio, a princípio, fez um leve efeito, as manchas minimamente pareciam diminuir, mesmo que por centímetros. O garoto também parou de tossir constatemente como estava fazendo até o momento. Porém, o remédio parou totalmente de fazer efeito, o garoto parecia ter sido atingido por algo ainda pior, ele hiperventilava, seus olhos se fechavam aos poucos, o corpo parecia paralisado, depois de seus movimentos sesarem, estava claro: ele morreu.

A mãe desabou em choro, ela murmurava "não" desde o momento em que Mayleen a anunciou a notícia até ela e o Doutor saindo do estabelecimento, lamentando e se desculpando pelo filho. A mulher se traumatizou completamente, imóvel, acabada, desolada.

Mayleen não mentiria, se sentiu culpada quando voltou ao estabelecimento.

Me desculpem por qualquer erro! CAPÍTULO NÃO REVISADO

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2023 ⏰

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