Cronista do Destino: Contos de Arcantia

Interlúdio - o Cronista

   De todos os humanos que viria a existir nesse mundo, ela, quem em breve você terá a oportunidade apreciar, talvez seja um dos seres mais poderosos que pisou nesse reino, por milênios. Mesmo não sendo abençoada com a imortalidade, seu poder à permitiu consumir e corromper a vida dos outros, em uso próprio, para se manter jovem, bela e saudável. 

    Nem ela mesma se lembra do seu nascimento. Tudo e todos os traumas a fez esquecer. De seu passado, de seus familiares. Eu, entretanto, me lembro. Ela nasceu à 864 anos atrás, e desde que aprendeu a controlar seus poderes, se manteve na forma de 25 anos.

    Sua juventude foi difícil. Ela sofreu abusos do seu pai e dos guerreiros que viviam na região onde ela nasceu, próximo ao reino das Terras do Outro Lado. Sua mãe a tratava como uma empregada. Seus irmão, como se ela fosse um saco de palha, feito para apanhar. foi humilhada, tratada como um objeto. Em um momento de sua vida, chegou a cogitar em dar um fim a sua vida.

    Todos esses abusos, violências e coisas horríveis que aconteceram com ela, eram acompanhado de insinuações, dizendo que ela não passa de um animal, por ter 20 anos e nem uma gota de poder. Que ela era fraca, inútil.

     Quando ela sentiu que nao importava mais, que queria colocar o ponto final em sua vida, seus poderes vieram a tona. Ela descobriu seu poder de uma forma um tanto curiosa. Durante 20 anos, ela nunca havia tido contato com a morte. A morte de um ser humano...

     Ela e sua família viviam em uma taberna, próximos a um vilarejo. Em um dia aparentemente comum, seu pai, que cuidava das bebidas, se envolveu em uma briga com um dos fregueses. No meio do caos que se seguiu, seu pai foi degolado, com ela estando ao seu lado, tentando acabar com a briga. De inicio, ela não entendeu o que estava sentido. Era felicidade, por ter finalmente tido um fim, aquele que tornou a sua vida um inferno? Ou tristeza, afinal ele era seu pai?

    De qualquer maneira, no ato, seu corpo ficou todo ensanguentado com o sangue de seu pai e enquanto a vida dele ia embora, ela apenas observava. Tentava decifrar o que era aquela sensação, aquele fiozinho negro que seguia em direção a ela. Estava agonizando de dor, quando finalmente a vida dele teve um fim. E com isso, seguiu o inicio da nova vida dela. Necromancia, o seu poder. 

    Ela descobriu que poderia se alimentar da vida de outras pessoas, a morte de um humano era como o seu próprio renascimento. Mas levaria anos até aprender que poderia invocar espíritos. ressuscitar os mortos. E infinitas coisas. décadas ate ela conquistar a morte e aprender a viver eternamente. Séculos ate atingir seu ápice. Quanto mais mortes ao seu redor, maior ficava seu poder.

    Bom, agora você tem a honra de conhecer ela, A rainha de Arcantia, Deyanira Cervisia, a responsável por guerras sangrentas, milhares de mortes. A rainha conhecida por rir sob os cadáveres e moribundos que eram largados ao acaso em campos de batalha.

===============================================

Oii, passando aqui para pedir, se tiver gostado da historia, para deixar uma estrelinha e um comentário!!! isso me incentiva a continuar escrevendo e atualizando essa historia que estou amandooo desenvolver!