Capítulo 6

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Faz muito tempo né, deu muita vontade de escrever essa história agora.

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(...)

Durante o inverno os dois amantes se divertiam cada dia mais, porém os ventos se tornam mais fortes abalando as pequenas casas, os dias se tornavam mais curtos e as noites mais frias. Manjiro não se importava com o escuro ou com o frio inteso, sempre se divertindo com a neve, assim como também aqueles espíritos que sempre rondava a si.

Com Takemichi era diferente, a cada dia mais desanimado e fraco, o frio lhe deixava mal e não tinha forças para seguir Manjiro com suas brincadeiras. Passava grande parte do tempo no quarto buscando pelo calor escasso daquele lugar.

- Take! Take! Olha o que encontrei! - Manjiro chegava abrindo a porta, Takemichi se encolheu pelo frio, logo a porta voltou a se fechar. - Olha. - Insistiu ficando perto da cama, o moreno saiu dos cobertos para espiar um pequeno filhote de passarinho que tremia pelo frio.

- Finalmente alguém que entende o que estou passando. - Riu ao tossir e abrir espaço para a frágil ave. - Precisa de calor se não morrerá. - Ditou aconchegado mais a ave, suspiro pensando quão pior aquele inverno poderia ficar.

- Você estar mesmo bem? - Mikey questiono ao ver o rosto avermelhado de Takemichi que se encolhia mais ao acenar que sim. - Não parece. - Suspiro sem saber o que fazer, Takemichi parecia perder as forças cada dia mais, olhando para o quarto escuro não sentia todo o frio igual ao menino, seus olhos seguiu para suas mãos que estavam ainda mais cobertas pelas sombras nelas, seu corpo inteiro estava.

Com facilidade salto por cima da cama até cair em frente a um espelho, como o esperado seu corpo estava cobertos pelas sombras, apenas seus rosto se mantia intacto e seu cabelo que permanecia dourado. Suspiro ao abrir suas asas, elas se moldam agora como penas iguais as das aves que sobrevoava o templo, sua aparência se afastava cada dia mais de um humano comum.

Seus pensamentos foram deixados de lado quando ouviu mais uma crise de tosse de Takemichi, aquilo preocupava Manjiro com a situação cada vez pior. Passou por Takemichi o vendo tremer, saiu do quarto notando a escuridão mesmo ainda estando longe da noite, aqueles seres pareciam estar se aglomerando mais vagando livremente pelo terreno do templo, aparentemente tinham menos medo do jovem príncipe.

Do que ele precisa? Caminhava por ai sobre a neve fofa, aquilo já não era mais divertido sem o moreno. Ele estar com todos os cobertores que pude achar, mas mesmo assim... Suspiro ao sentir uma presença estranha fazendo todo seu corpo se arrepiar, ao olhar na direção pode ver uma das moças que trabalhavam ali, mesmo sem nunca ter as vistos Manjiro sabia que elas estavam por ali. Faz tempo que não recebemos comida agora que penso. Um questionamento em sua mente o fez pensar o que o Hanagaki comia, e quando foi que parou de sentir fome igual antes. Eu estou mesmo deixando de ser humano? Se isso acontecer o que vai acontecer com o Take? Parou de divagar quando notou a mulher começar a se virar lentamente para si, sentiu um arrepio ainda maior, suas garrar aumentaram e por algum motivo estava em alerta.

- ...Por que..? Por que..? - A moça murmura com uma voz fantasmagórica, até então Manjiro nunca tinha ouvido aquelas coisas falar, apenas aquele gato e as vozes estranhas que atormentava sua mente no passado. - ...Já devia ter acabado... Não aguento mais... Por que..? Por que..? - Seguia a murmurar enquanto andava a passos arrastados, Manjiro se manteve alerta por todo o tempo que a mulher passava de si seguindo seu caminho além de onde o menor poderia ver.

Estranho. Pensou ao seguir andando para onde pensava ser a cozinha, achando estranho como a mulher apenas lhe ignorou, normalmente quando trombava com uma das empregadas do local elas lhe dava uma saudação rápidas e saiam praticamente correndo ou desviam o caminho para não ter nem que lhe dirigir a palavra. Ela parecia exausta. Pensou achando o local que era a cozinha, sorrindo começando a vasculhar o que tinha por ali, mas nada encontro. Que má sorte. Suspiro não havia nada que poderia dar para Takemichi comer, foi então que alguns barulhos lhe fez ir até a outra parte da cozinha, era um quarto escuro, mas Manjiro podia ver perfeitamente os fastamas que rodeava o corpo morto, o cheiro putrifico da morte não incomodava, mas o fato do corpo parecer estar ali a dias sim, foi até a mulher espantando os fastamas que fugiram do loiro, pegando o frasco em suas mãos. Veneno? Pensou já que esse parecia ser o motivo da morte da mulher, mas logo sua mente despertou. Takemichi! Pensou rápido já começando a correr, aquilo que tinha visto era algo maligno, Manjiro sentiu desde do primeiro contato. Não devia ter a deixando passar! Sabia que isso era estranho demais.

Sempre chamarei seu nome.Onde histórias criam vida. Descubra agora