My Rocker Ghost - JATP

Capítulo 2

Carrie :

Eu a odeio tanto!

E eu nem sei porque, mas eu odeio!

Eu fiquei dias a fazer de tudo para aquela apresentação tornar-se perfeita, decorei a coreografia de trás para a frente, pensei nas luzes, maquiagem, as roupas, o som, a letra, a melodia, e basicamente tudo!

Mas foi claro, a Julie cansou de ser invisível e decidiu voltar a cantar naquela porra de hora.

Eu não sou de falar palavrões, isso é para pessoas baixas e sem classe.

Mas estou demasiado irritada para ser perfeita até na minha mente.

E ainda tem o Nick, ele já é um péssimo namorado podia pelo menos fingir que não ficou babando naquela garota.

Parece que vamos precisar terminar para ele voltar a perceber que precisa de mim.

Ele vai voltar.

Sempre volta.

Meu bolso vibrou indicando uma mensagem, era meu pai.

- A Julie foi ótimo, trata de fazer as pazes com ela e não te esqueças de parabenizar ela por mim -

Mal posso esperar para ser maior de idade!

Vou pegar todo o meu dinheiro das redes sociais e álbuns, como sei que é muito, e depois vou pegar tudo, me mudar e ficar ainda mais rica.

Mas enquanto isso não acontece, vou só continuar a gastar o dinheiro do meu pai.

...

Adentrei o auditório da escola vendo já tudo preparado, eu precisava melhorar minha performance, as meninas não estão mais a dar conta.

Em todas as minhas músicas sempre fui ensinada a fazer algo estravagante, deixar os outros impressionados e deslumbrados.

Mas enquanto treino não precisa disso, era apenas eu minha música, sem mais nada, danças estravagantes ou roupas, só eu.

Eu sei, deprimente!

Mas preciso treinar antes para ser perfeita e não ser assim sempre, afinal, ser eu cansa.

De vez em quando.

Retirei meu caderno rosa choque com brilhantes e vi minha primeira música.

Não era que nem as outras que eu apresento, as outras são sempre modificadas mais tarde por especialistas pagos para melhorá-la.

Mas agora servia só para treinar a voz.

Abri-o caderno vendo o meu treino de hoje e o deixei em cima das bancadas extensas á minha frente.

Afastai-me levemente já a pegar o microfone na mão e sem mais de longas soltei minha linda voz.

Meu timbre não era animado ou extravagante como sempre era, agora estava só eu, mexia a cintura e levava meu corpo junto.

Não começei tímida ou algo assim, minha voz era suave e limpa, uma melodia gostosa que se aperfeiçou melhor ainda quando começou a tocar uma guitarra de fundo.