Cap 15

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Aviso: É Jikook, se não gosta não leia! Palavras de baixo calão, viva como se fosse morrer, porque vc vai 😻💌

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Jungkook abaixou a cabeça, suas mãos tremiam, seus lábios estavam sendo maltratrados pelos dentes grandinhos do mais novo. Jimin apenas o abraçou, sem nenhuma malícia, apenas para lhe dar conforto.

Jungkook queria chorar, ele era frágil na época, era apenas uma criança.

Jm: Vamos tomar banho primeiro, conversamos depois. - Jimin o ajudou a entrar na banheira -

Jk: Pode me ajudar a me lavar?

Jm: Claro doce, fique quietinho ok?

Jungkook assentiu, Jimin começou seu cuidados. Tocou com delicadeza no corpo do moreno para não assustá-lo, sempre perguntando se podia continuar. Jimin era um anjo, procurava ser compreensivo sempre, amável, por isso todos o querem por perto.

Jungkook fechou os olhos, aproveitando a água morna e as mãos macias lavarem seu corpo. Era estranha a maneira como Jungkook não se sentiu encomodado, Jimin o trazia paz no meio do furacão. "O que diabos ele está fazendo comigo?" Jungkook se perguntava sempre isso, era agoniante não se reconhecer mais, esse não era mais o Coringa e sim, o pequeno Jungkook, que só acordava de seu transe com Jimin, seu gatinho.

Seus pensamentos foram interrompidos, Jimin estava o levantando pra secar as gotas de água que desciam do corpo do mais novo.

Jk: Pode sair gatinho, faço isso sozinho.

Jm: Estará seguro? Qualquer coisa estou no quarto. - Jimin se despediu dando um beijo na testa do moreno -

Jk: Obrigado por cuidar de mim.

Jungkook curvou pela primeira vez, ele nunca se curvava diante de ninguém, á menos que fosse extramente necessário. Jimin levantou a cabeça do moreno.

Jm: Não precisa agradecer, ainda acha que alguém te protege melhor que eu?

Jungkook sentiu o rosto queimar.

Jk: Não...

Jimin acariciou os fios do garoto e se retirou do banheiro. Jungkook sorriu enquanto se olhava no espelho, se vestiu de forma rápida e arrumou seu cabelinhos molhados.

Abriu a porta. Jimin estava deitado na cama o aguardando, quando ouviu o escancarar da porta direcionou seu olhar ao garoto.

Jm: Fique aí descansando, irei me lavar e voltarei, não durma! Quero conversar com vc ainda hoje.

Jungkook nada respondeu, só se sentou na cama e mexeu seus pézinhos para frente e para trás. Para muitos um ato infantil, mas pra Jimin era um ato fofo.

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Os dois estavam deitados na cama, Jungkook estava nos braços de Jimin, este que lhe fazia um carinho nos fios pretinhos do moreno, Jimin tomou coragem para finalmente perguntar das cicatrizes.

Jm: Doce... Vc quer falar sobre isso?

Jungkook levantou a cabeçinha pra olhar o mais velho, segurou as mãos de Jimin, respirou fundo.

Jk: Quando eu tinha seis anos, um tal de Kim Yeonjun me sequestrou, se dizia inimigo do Coringa, então mandou um vídeo me torturando e mandou pro meu pai, eu era apenas uma criança então gritei pelos meus pais, o que só me causou mais dores. Meu pai lhe entregou quase todo seu dinheiro para me ter de volta, porém depois disso ele continuou perturbando, pediu dinheiro, drogas e diversas coisas. E o pior, ele me torturou na frente do seu próprio filho, que tinha mais ou menos a minha idade, o garoto ficou paralisado escutando os gritos e chorando, me lembro vagamente.

Jimin suspirou e recostou seu corpo na cama, sua cabeça doía.

Jm: Poxa gguk, isso me deixa furioso! Esse tipo de coisa lhe causou traumas, eu estou ficando preocupado.

Jimin enfiou a cabeça no travesseiro, queria gritar, matar, ficar louco de vez!

Jk: Ji-

Jm: De uma coisa eu tenho certeza, eu vou descobrir, e irei fazer da vida dessa pessoa um inferno! Vai pagar por tudo com o sangue podre dele.

Jimin fechou os punhos, Jungkook o olhou tristonho.

Jm: Esquece isso tá bom? Vamos dormir agarradinhos que passa.

Jimin puxou os cobertores quentinhos e aconchegou Jungkook num abraço cauteloso.

Jk: Sabe Ji, sinto falta dos meu pais. Eu sempre falo com eles, mas últimamente tenho ficado calado, não sei o que dizer, eles não vão voltar.

Seu olhar era vazio, apesar de ter Jimin como paz e conforto, ainda sim precisava do amor dos pais, perdeu eles muito novo.

Jm: Oh meu doce, eu também perdi meus pais, eles me achavam muito feminino, por isso me batiam dizendo que eu precisava ser homem, também tenho cicatrizes.

Jimin lhe mostrou a cicatriz na nuca e outra nas costelas, Jungkook tocou com receio, eram bem profundas.

Jk: Como conseguiu isso?

Jm: A das costelas foi a faca que meu pai arrancou da mão da minha mãe quando me viu com o cabelo pintado de rosa. Era uma surpresa que fiz, minha tia que pintou, eu deveria ter uns sete ou seis anos. Meu pai surtou, viu a faca na mão de minha mãe e me atingiu, eu me assustei muito, nunca mais pintei meu cabelo, por isso continua preto.

Jungkook escutava com uma expressão de dor, aquilo foi horrível.

Jm: E a da nuca foi quando me assumi, com treze anos, eu tinha certeza da minha sexualidade então falei pra eles, minha mãe gritou e meu pai me bateu e enfiou uma agulha de costura em mim.

Jimin tremeu no lugar, aquilo era traumático, assustador. Jungkook se perguntava que tipo de ser humano era capaz de fazer aquilo?

Jk: Nossa Ji, eu... Não imaginava.

A voz de Jungkook falhou, abraçou o mais velho e deu um selar em cada cicatriz, Jimin sorriu.

Jm: Todos temos cicatrizes, podem não ser físicas, mas são cicatrizes, e precisam ser cuidadas para cicatrizarem, e o nosso remédio somos nós.

Jk: Vou te ajudar a superar Ji, vc me ajuda?

Jm: É claro que te ajudo meu doce.

Jungkook subiu em cima de Jimin, beijou os lábios cheinhos do mais velho, muito bem retribuído pelo Park, ficaram um tempo de carícia até adormecerem.

« Jungkook estava aprendendo a amar, e Jimin estava sendo um ótimo professor »

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