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Ⅰ. O nome dele é Park Jay

ENHYPEN - JAY.HOON

Sinopse:

Sunghoon é um jovem simples, com uma vida simples em uma cidade simples, e não está acostumado a ver alguém tão lindo quanto o garoto que viu na igreja. Sabe que não é o lugar mais adequado para criar uma obsessão por alguém, mas também sabe que é teimoso o suficiente para não desistir de encontrá-lo e ao menos fazê-lo saber de sua existência - ele precisa falar com esse garoto.

Está disposto a encontrá-lo e conhecê-lo, nem que para isso tenha que envolver os amigos e se expor para pessoas que nunca nem conversou antes.

O nome dele é Park Jay

— O nome dele é Park Jay, pode procurar aí.

— Meu Deus, fala baixo! — Sunghoon resmunga, olhando ao redor com medo de ter alguém escutando.

— Não me venha falar de Deus agora, Sunghoon-ah! — o amigo reclama, sem diminuir o tom de voz. O grêmio estudantil está vazio, sendo eles dois e o amigo mais novo, Kim Sunoo, os únicos na sala, mas Sunghoon é desnecessariamente desesperado, na opinião de Jake. — Você passou a missa de ontem inteira falando de Jay aqui, Jay ali, e é agora que quer falar de Deus? — o Shim atropela as palavras e Sunghoon só consegue olhar para baixo, como uma criança levando bronca.

— Vocês vão mesmo à igreja aos domingos? — Sunoo pergunta rindo divertido por trás da tela grande do computador.

— Sim, mas acho que a partir dessa semana eu vou sozinho às missas, porque alguém aqui parece não conseguir se concentrar em uma palavra que o padre diz — Jake olha acusador para o amigo, que já não consegue evitar as bochechas de ficarem vermelhas e apenas olha ao redor, acanhado. — Anda, Sunoo, a gente tem aula agora!

— Caramba, espera aí, hyung! — o mais novo reclama com um bico enquanto mexe em algo no computador. — Tem certeza que ele estuda aqui? Não tem nenhum Jay no arquivo da escola inteira... Onde vocês viram esse garoto?

— O Sunghoon viu esse garoto no sábado, no bairro da nossa igreja — Jake conta enquanto vai para trás do computador, empurrando Sunoo e recebendo um ''você não pode mexer nisso, hyung'', que ignora. — Então no domingo de manhã fomos à igreja e, no caminho, o Sunghoon quase arrancou meu braço pra me mostrar quem era o garoto bonito que ele tinha visto no dia anterior — conta enquanto rola o cursor pelos arquivos atrás de algum ''Jay''.

— Eu mal te enconstei! — o Park reclama, se sentindo injustiçado.

— Você puxou meu braço com tanta força que eu quase caí no chão do estacionamento!

          Sunghoon não fala mais nada, contrariado.

— E como vocês sabem que o nome dele é Jay? — Sunoo pergunta, olhando o mais velho mexer no computador que não deveria.

— Aparentemente, o Jisung é primo dele — Jake conta. — E tava procurando pelo primo chamado Jay, que deveria ter encontrado com ele no estacionamento da igreja antes do culto. O resto a gente deduziu.

— Que Jisung?

— Park Jisung, da minha turma.

— Eu nem sabia que o Jisung tinha primo — Sunoo comenta. — Nem que ele ia à igreja.

— Por que a gente tá falando do Jisung, mesmo? — Jake olha para o Kim, que revira os olhos e empurra o mais velho para longe do computador.

— Não tem nenhum Jay aqui, muito menos Park Jay. Não seria mais fácil perguntar ao Jisung sobre esse tal primo?

— Pois é, penso a mesma coisa — Jake reclama. — Mas alguém aqui tem vergonha.

— Acho que perguntar seria muito menos vergonhoso que invadir os arquivos dos alunos da escola atrás de um garoto com quem você nunca falou, Sunghoon hyung — Sunoo diz com um sorrisinho, e Sunghoon sente que se não estivesse tão envergonhado, poderia pular no pescoço dele a qualquer momento.

— Quando foi que a gente votou pra você ser o presidente do grêmio mesmo que eu não tô lembrando?

— É porque não votaram, eu sou o vice-presidente, escolhido pelo próprio grêmio estudantil — a resposta vem com um pingo de veneno no canto do sorriso petulante, e é Sunghoon quem revira os olhos.

— A gente precisa pensar melhor em quem votar pro próximo conselho — o Park murmura para Jake.

— Vocês vão ficar trocando farpas na minha frente pra eu assistir mesmo? — Jake se mete com uma sobrancelha levantada, fazendo Sunoo revirar os olhos e Sunghoon bufar.

— Se vocês não têm mais nada pra fazer aqui, podem ir embora — Sunoo os despacha, gesticulando com a mão para que os mais velhos saiam, como quem espanta cachorros para longe.

— Desde quando você fala assim com seus hyungs? — Jake levanta uma sobrancelha para o mais novo, que apenas estala a língua no céu da boca.

— Desde que eu deveria estar imprimindo testes pro professor de química, mas estou aqui bisbilhotando a vida dos alunos pra vocês — ele diz com um sorrisinho cínico. Você tem um ponto, Jake pensa.

          Jake nunca tinha visto Sunghoon tão focado em uma aula, ainda mais sendo aula de inglês. Geralmente, Sunghoon iria apenas esperar Jake fazer o próprio dever e depois pedir para copiar, mal olhando para o professor de pé na frente da turma. Hoje, entretanto, Sunghoon estava tão focado em olhar o professor que Jake até buscou nas próprias anotações se eles teriam alguma prova agendada para a semana, pois só assim para o amigo demonstrar algum interesse pelas aulas. Entretanto, após algumas olhadas curiosas, Jake descobriu a razão de Sunghoon estar tão focado.

          Algumas cadeiras à frente, Sunghoon fuzila Jisung com o olhar. Jisung, que está sentado na primeira cadeira e totalmente alheio à tudo, mal sente o calor do olhar de Sunghoon, que não desgruda dele.

          Eu deveria falar com ele?, Sunghoon se pergunta. Se eu falar com ele, ele vai falar com o Jay. Eu só queria saber se o Jay estuda aqui, agora já vi que não, então pra que perguntar ao Jisung sobre isso?

          A escola é grande, grande o suficiente para entrar e sair sem sequer ser reconhecido por alguém, já que as pessoas têm muitas outras coisas para prestar atenção. Sunghoon sabe bem disso, mas não pode deixar de pensar que a escola tem, aproximadamente, cinco turmas de alunos do último ano. Cinco turmas estudando no mesmo horário, no mesmo prédio. Tudo bem que ele não conhece todos os alunos do último ano, mas só de olhar ele reconhece pelo menos mais da metade. E, acima de tudo, ele tem certeza que, se visse Jay por ali, não iria esquecer. Ele lembraria daquele rosto em qualquer ocasião.

Escrito em 6 de outubro de 2021

Notas:

Eu tinha pensado em uma farofada pra essa fic, nem cheguei em pensar se seria short ou long, só pensei em uma coisa meio cômica, com o Sunghoon atrás do Jay e passando vergonha, porque convenhamos que sair procurando alguém assim é meio vergonhoso.

No final das contas, nunca terminei de desenvolver porque não tinha um plot conciso, era só uma coisinha que escrevi quando estava de bobeira e acabei nunca terminando de desenvolver, embora eu tenha gostado desses personagens. TT