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A fumaça se perde em meio o vento, assim como meus pensamentos fazem em minha mente

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A fumaça se perde em meio o vento, assim como meus pensamentos fazem em minha mente.

Dou mais um trago no beck o passando para Larry, ele pega e o leva aos lábios, repetindo a mesma ação dos vinte minutos que estamos aqui

Depois da minha pequena crise na casa do meu pai, fui até a empresa e deixei o documento como ele havia me pedido, sai de lá e liguei para Larry

Pedi para ele me encontrar em um terreno de um penhasco abandonado, e assim ele fez.

Aqui nos transamos sem parar por uma hora e acendemos um baseado, tinha que aliviar a mente de alguma forma, e Larry sempre está disposto a me ajudar

Ele não me pergunta o porque de eu querer fazer isso, ele apenas faz

O cheiro da maconha já está impregnado em minhas roupas, jogo minha cabeça para trás a sentindo leve, só estava precisando relaxar, não tem nada de errado nisso

A droga é passada para meus dedos novamente e eu encaro a seda queimando, levo a boca trangando sem pensar em nada, solta a fumaça e assim tudo se repete novamente

— Está melhor? - Pela primeira vez Larry abre a boca, o olho e sorrio

— Nunca estive - Ele solta uma risada fraca e se deita olhando para o céu, agora estrelado — Não se preocupe, eu vou ficar

— Eu sei que vai - Passamos um bom tempo em silêncio até ele falar novamente — Quer ir pra casa? - Assinto e me levanto, ele faz sinal de que precisa de ajuda e eu estendo a mão para ele, mas Larry é mais rápido e me puxa para ele me fazendo cair encima dele

— Filho da puta - Rimos juntos

— Vai agora vamos vai - Nos levantamos e entramos no meu carro — Vai ir para casa? - Pergunto a ele que nega

— Tenho que resolver um negócio, me deixa na rua de trás do banco central por favor - Franzo as sobrancelhas e ele nega — Não vou te contar nada, nem adianta

— Por que não Larry?

— Não quero você envolvida nisso meu bem, relaxa que está tudo sobre controle - Não digo mais nada apenas faço oque ele me pediu

Assim que paro no endereço o homem segura em minha mandíbula e deposita um beijo rápido em meus lábios

— Te ligo amanhã Delfin, obrigado - Larry sai antes mesmo que eu possa falar alguma coisa, nego saindo dali

Estaciono na garagem e subo para meu apartamento, tranco a porta jogando as chaves no aparador, assim que vejo o sofá me jogo lá e fico olhando para o teto, parece que ele está se mexendo ou é impressão minha?

caralho eu fumei tanta maconha assim?

Balanço a cabeça me levantando do sofá, vou em direção ao banheiro e me olho no espelho, meu cabelo está preso em um coque com alguns fios soltos, meus olhos estão vermelhos e estou com cara de acabada, meu Deus eu sai de casa tão linda e chego assim

Tiro minhas roupas logo as colocando na máquina na lavar, entro no chuveiro e a água quente conforta meu corpo, encosto minha cabeça na parede e assim fico por um bom tempo

Tento lutar contra mas aqueles pensamentos que tanto me assombram invadem minha mente, de repente estou naquele quarto de novo, aquelas palavras entram em meus ouvidos fazendo meu corpo arrepiar

Meu corpo está escolhido no canto do quarto em uma tentativa falha de me esconder, rezo quase que em um sussurro para que não me achem, tremo tanto que mal consigo ouvir minha respiração afobada

Quase que como um transe eu desperto, foi como se eu tivesse dado um longo mergulho e passado muito tempo embaixo d'água, meu pulmão parecia que havia muita água, doía para respirar

Só então percebo as lágrimas que estavam rolando dos meus olhos, limpo as mas não adianta muita coisa, elas continuam descendo

Foco em terminar meu banho, coloco o sabonete na esponja e a esfrego com força por todo meu corpo, olho para minha pele que está vermelha, ignoro isso e a vontade de chorar

Desligo o registro e me enrolo no roupão branco como uma nuvem, vou até meu quarto e visto um pijama quentinho

Vou para cozinha e abro a geladeira em busca de alguma coisa para comer, pego peito de peru, queijo, tomate e alface, monto um sanduíche e ponho suco de laranja no capo e vou até a sala, me sentando e comendo no completo silêncio

Assim que termino de comer lavo o prato e vou para meu quarto, olho para meu celular jogado no canto da cama e percebo que ele está sem bateria, o coloco para carregar e me deito na cama, o quarto está um breu, nenhuma luz entra no cômodo

Me recordo vagamente de quando minha mãe foi embora, chorei por dias, fiquei em um estado deplorável, eu emagreci tanto.

Por conta do "trauma" que ela me causou com o abandono minha mente simplesmente a apagou das memórias, lembro de poucas coisas com ela

Meu pai sempre tentou me ajudar mas eu negava, não queria melhorar, queria sentir aquela dor, era uma forma de estar perto dela

Até hoje eu não sei onde Susan foi parar, se ela está viva ou morta. E eu não quero descobrir

Minha mente voa para minha crise de ansiedade hoje mais cedo, eu me sinto tão frágil quando isso acontece, ainda mais na frente de alguém

Não era para Adam me ver daquele jeito, ele poderia me chantagear de alguma forma, mas algo me diz que ele não faria isso, a maneira como ele me olhou, em seus olhos não havia pena e me senti bem em ver isso

Sem nem mesmo perceber, adormeço com meus pensamentos.

~

Oii gente, tudo bem com vocês?

Fim da mini maratona, gostaram??

A Delfin chorando no banheiro meu Deus, meu coração apertou escrevendo.

Oque será que aconteceu com ela?

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Beijos na bunda vadias

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