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      Boa noite, coisinhas! ☺️

      Boa noite, coisinhas! ☺️

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— Você o quê?

Analisei em silêncio os rostos desfigurados de Melo e Ceren. A loira se levantou, caminhando lenta e assustadoramente na minha direção. Ceren pousou uma  mão em cada um dos lados da cadeira, prendendo-me, meu corpo afundou na estrutura de madeira e engoli em seco enquanto os olhos verdes queimavam nos meus.

— Repete. Palavra. Por. Palavra.

Seu tom era um pouco intimidador, meu cérebro simplesmente não conseguia processar o motivo de suas carrancas.

— E-eu…

— Fugiu!

Gritou Selin, impaciente do outro lado da sala. Minhas amigas não costumam concordar uma com a outra com frequência, contudo, neste momento Melo e Selin parecem estar 100% de acordo com o fato de que eu era uma grande idiota, a pessoa mais idiota da face do planeta Terra e, curiosamente, Ceren parecia concordar com elas.

Melo se levantou, apoiou um dos braços no ombro da loira que ainda me mantinha presa a cadeira e se juntou a ela na missão de me fazer afundar no lugar.

— Não acredito que fugiu dele. Daquele gostoso! — bufou.

— E-eu… não f-ugi.

Mais olhares fulminantes. — Eda… — Começou Selin, andando de um lado a outro no meu apartamento. — Não responder uma pergunta e depois sair correndo é fugir. É literalmente, fugir!

Rolei meus olhos pelas três. Por que elas não podiam sair da minha casa para que eu pudesse ficar sozinha?

— Escutem, eu não saí correndo… — vejo suas. Sobrancelhas subirem em um arquear sincronizado — eu só andei muito rápido.

Uma risada ecoa ao meu redor e baixo os olhos para minhas mãos. Ceren me dá um sorrisinho e se afasta, cruzando os braços na minha frente.

— Vamos dar uma folga para ela. Anda, Eda. Explica.

Por que raios me sinto como uma criminosa em uma sala de interrogatório?

As pessoas deveriam aprender a se contentar com respostas curtas e diretas como um simples  "não sei".

Pois, realmente não sei.

Não sei o motivo de ter fugi… corrido. Eu costumo ser muito sensata, mas no momento em que Serkan Bolat me encarou senti como se pudesse me ver dentro dos olhos dele. Uma sensação assustadora se apossou de mim e não consegui pensar em todos os motivos óbvios do porquê alguém não se apaixonaria por mim. Talvez, simplesmente, porque só conseguia imaginar como seria se ele estivesse sentindo alguma coisa, qualquer coisa, por mim.

Algumas horas antes.

— Por que não?

Seus olhos brilharam enquanto a pergunta martelou meus nervos, uma sensação, até então desconhecida, alastrou-se pela base da minha espinha. Sabe o quão apavorante é para uma pessoa como eu não ter respostas? Por mais simples que pareçam, quando seu cérebro, que deveria portar-se como um distribuidor de informações úteis, não sabe o que transmitir, o que dizer, é como se um computador simplesmente não pudesse processar códigos simples.

Like BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora