Primeiro Encontro - Pt. 2

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Helena Weinberg muitas vezes havia se perguntado como seria se estivesse no céu, ela já tinha imaginado de tudo, todas as possibilidades e cenários malucos que iam aparecendo na sua cabeça. Porém, Helena jamais imaginou que estar no céu era ter Clara Albuquerque sentada em seu colo enquanto lhe beijava profundamente depois de ter proferido a seguinte frase "Eu quero você, Helena, não aguento mais esperar" e isso, meus amigos, com certeza era a definição de estar no céu.

Sinceramente ela nem sabia mais o que pensar, Clara nem lhe deu tempo de absorver o que dissera pois logo tratou de atacar seus lábios enquanto agarrava sua nuca com uma mãe e com a outra apertava sua cintura. Por onde andava a Clara tímida e ingênua que Helena conhecia? Não importa, quer saber, ela nem queria saber por onde andava essa Clara. A única Clara que importava agora era essa mulher fogosa que estava rebolando em cima dela neste exato momento.

Helena já tinha beijado várias mulheres, quando mais nova, naquela época de experimentar, ela lembra que beijava pelo menos uma a cada final de semana, ela era nova, inocente, estava se conhecendo e precisava saber - com certeza - se era isso que realmente queria, ou pelo menos era essa desculpa que ela usava. Mas agora era como se estivesse experimentando lábios femininos pela primeira vez e descobrindo a oitava maravilha do mundo, na verdade a nona maravilha, porque a oitava era a mulher a quem estava lhe beijando. E que beijo, Clara é habilidosa, se movimenta com maestria e leveza, sabe envolver como ninguém. Enquanto puxa Helena pela nuca vai aprofundando o beijo cada vez mais, como se quisesse fundir com a personal, que não reclama. A língua da mais velha invade sua boca sem pedir permissão, mostrando quem é que vai comandar tudo. Ao mesmo tempo que um calor infernal consumia seus corpos havia ali um carinho especial, as mãos passeavam firmes, porém com cuidado, pelos corpos, vez ou outra uma das duas cessava o beijo em busca de ar e em busca de um sinal para continuar, não querendo ultrapassar nenhum limite.

A ex-modelo deixa de lado os lábios de Helena para no próximo segundo abocanhar sua linha de pulso, perto da orelha. Deixa ali beijos molhados e mordidas fortes, mas sem deixar marcas, mordia e passava a língua em cima para acalmar a pele. Helena arfava com o contato, apertava a cintura de Clara cada vez que a outra mostrava uma investida mais profunda. Onde estava escondido todo aquele fogo?

Helena sentiu Clara sorrir quando não conseguiu controlar um gemido fino que escapou de seus lábios, estava anestesiada com tudo aquilo. Mal podia acreditar que a mulher dos seus sonhos lhe estava atacando, em sua sala, lhe beijando e mordendo, era bom demais pra ser verdade.

- Clara, eu... Jesus Cristo - soltou abafada quando Clara mordeu o lóbulo de sua orelha.

- Acho que Jesus não vai te ajudar agora, meu amor.

- Se Jesus ousar interferir no que está acontecendo agora eu mesmo mando ele de volta pro lugar dele.

Clara solta uma gostosa gargalhada com o comentário da namorada. Mas, de repente, fica séria, não passando despercebida por Helena.

- O que foi, amor?

- Eu não quero te forçar a nada, principalmente fazer você pensar que me deve algo depois de eu ter te pedido em namoro. Por isso, vou te perguntar mais uma vez porque não sei se terei forçar para parar depois que iniciarmos isso. Você me quer, tanto quanto eu te quero, Helena?

Como não iria querer? Como não amaria a mulher a sua frente? Como não ficar apaixonada por Clara Albuquerque?

- Clara - diz pegando em seu rosto com as duas mãos - eu preciso de você tanto quanto eu preciso de ar para respirar. Jamais me sentir pressionada em nenhum momento desde que entrei por aquela porta, ter você agora, assim, é o que eu mais quero. Então, por favor, não ouse parar.

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⏰ Última atualização: Jun 19, 2023 ⏰

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