Capítulo 01

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Manuela

Eu faço faculdade de direito e estou no quinto período! E desde que me entendo por gente sonho em ser uma advogada criminalista, pra poder ajudar aqueles que são presos injustamente e que não tem a menor condição de pagar um advogado.

A impressão que eu tenho é que a prisão só serve apenas para prender pobres e negros. É bem difícil ver algum rico e branco, ficar preso por muito tempo, mesmo que na maioria das vezes haja provas concreta contra eles. Eu já vi muitos pegar fiança ou até mesmo cumprir prisão domiciliar, enquanto o pobre fica morfando dentro de uma cela por não sei quantos anos.

As pessoas que moram em favela são bem julgadas e na maioria das vezes exposta pela sociedade como culpados, enquanto os ricos que moram em locais nobres e edificados ficam quase intocáveis. Bem injusto não?

Por isso a minha meta era se tornar uma excelente advogada criminalista. Eu quero poder ajudar os moradores do alemão e principalmente todos os pobres que são presos injustamente por esse sistema falho.

— Eu odeio a professora de direito penal, a mulher é insuportável! — reclamei entrando em casa e me jogando no sofá com as minhas pernas pra cima.

— Se você não tirar esses seus pés imundos do meu sofá branquinho, eu vou dar na sua cara. — minha mãe falou aparecendo na sala com um pano de prato no ombro.

— Nossa, pra que essa agressividade toda hein mãe? — tirei meus pés do sofá e ela sorriu com deboche.

— Por nada, eu só não gosto de bagunça e você sabe muito bem disso! — reclamou e eu concordei — Agora me conta o que a professora fez dessa vez? — perguntou.

— Nada, meu santo só não bate com o dela mesmo. — dei de ombros e minha mãe riu.

— Tá, agora levanta essa bunda daí e vem me ajudar com o almoço, daqui a pouco seus tios chegam e eu nem quero ver o clima que vai ficar. — minha mãe revirou os olhos.

Minha tia Bianca e meu tio Souza se separaram a dois anos atrás. Uma vadia armou para cima do meu tio e deu a entender para todo mundo que ele havia transado com ela, minha tia Bia ficou arrasada e com a fama de corna no morro inteiro, depois de alguns meses meu pai descobriu a armação e matou a mulher na frente de geral. E mesmo descobrindo que foi armação de uma qualquer, minha tia não quis reatar o relacionamento, a mágoa e a falta de confiança falou muito mais alto. Hoje em dia meu tio namora uma outra mulher e sempre que os dois estão no mesmo lugar o clima fica péssimo.

— Relaxa mãe, quando o Henrique está por perto os dois sempre dão um jeito de se comportar. — dei um beijo na testa dela.

Fomos pra cozinha juntas e eu aproveitei para fazer o feijão tropeiro enquanto minha mãe fazia a maionese temperada. Eu amava ter esses momentos com a minha mãe, a gente se divertia mais do qualquer coisa.

— Eu tô entrando hein. — minha madrinha gritou adentrando a cozinha com uma travessa grande nas mãos.

— Oi madrinha! — dei um beijo em sua bochecha — Cadê o Nicolas? — perguntei pegando a travessa das suas mãos.

— Oi minha princesa! — deu um beijo na minha testa — Foi comprar as bebidas com os meninos, daqui a pouco chega aí — falou andando até minha mãe — Eai cunhada gostosa. — deu um tapa na bunda dela.

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⏰ Última atualização: 15 hours ago ⏰

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