F1 One Shots - Driver x Driver

5. Leclerc x Verstappen

Parabéns Gabis, eu espero que com esse one shot eu consiga te convencer a gostar de Lestappen!! Aproveita o seu presente de aniversário❤️

You are my daylight - Mônaco 2025

  Max olhava imóvel para o caixão na sua frente. Ele não conseguia piscar, não conseguia se mover, ele não conseguia nem ao menos pensar em algo coerente. A sua mente estava uma bagunça.

  Leclerc observava ele de longe. Observava o seu olhar vazio, a sua expressão dura e o seu corpo tenso, mas ele permanecia de longe.

  Charles pensava muito se ele deveria ir a esse enterro, ele não sabia se era de bom tom da parte dele, mas algo tirou ele da cama naquela manhã feia e chuvosa e levou ele até o cemitério de Mônaco, o mesmo em que o pai dele tinha sido enterrado.

  Charles teve que enfrentar muitos dos seus demônios para estar ali naquela manhã, ele travou muitas batalhas internas até ele chegar lá e ele se mantia no canto o mais escondido possível, ele não queria chamar atenção.

  As pessoas começaram a sair do local e Max dispensava qualquer tipo de atenção, ele claramente não queria falar com ninguém e nem receber condolências. Charles sabia como ele se sentia, ele queria ter feito o mesmo no enterro do seu pai, mas ele ficou lá e se despediu de todas as pessoas que vieram falar com ele da forma mais educada possível.

  O cemitério começava a esvaziar e o monegasco debatia com si mesmo se ele também deveria ir, mas algo prendia ele ali, como se amarrasse os seus pés fixos no chão e ele não conseguia parar de olhar para o holandês. A mãe de Max se aproximou do filho e tentou convencer ele de ir embora, mas ele continuava imóvel, ele falou algo para ela que Charles não conseguia escutar e ela suspirou indo embora.

  Sophie tinha percebido a presença do Leclerc ali e ela tinha observado o monegasco de longe. Ela sabia que ele e o Max tinha uma relação meio conturbada, mas ela tinha esperanças que o Charles falaria com ele e ela sabia que o Max escutaria o monegasco.

  Ela sabia de tanta coisa... o Max nunca admitiria, mas ela sabia lá no fundo que ele nutria algo diferente pelo Charles, muito diferente do que ele nutria pelos outros pilotos. Ela via nos olhos do filho como ele olhava para o Charles, como a linguagem corporal dele mudava, como o seu olhar se iluminava ao ver o monegasco, como ele falava dele com tanto cuidado e carinho, como ele fazia questão de sempre abraçar o Charles e puxar ele para perto de si... ela só esperava que o monegasco tivesse prudência com o coração tão frágil do seu filho.

  Max já tinha sido machucado demais e o Charles perdido demais. Eram dois pesos e duas medidas. Quase uma competição de quem precisava mais de uma sessão no psicólogo.

  Charles observou ela ir embora e então ele respirou fundo tomando coragem. Ele se aproximou devagar e parou lado a lado com o Max olhando o caixão.

– Odeio enterros – Charles falou baixo colocando as mãos para trás segurando elas atrás das costas – A última vez que eu estive em um, foi o do Anthoine e você sempre achava que depois fica mais fácil... – Ele fez uma pausa e suspirou – mas não fica, nunca fica.

  O coração do Max estava disparado no peito, ele olhou pela sua visão periférica o Charles, mas não se mexeu, porém ele escutava com atenção tudo o que ele falava. Ouvir a voz do monegasco acalmava ele, ajudava ele a colocar os pensamentos no lugar.