F1 One Shots - Driver x Driver

3. Alonso x Stroll

Para provar para vocês que quem é vivo sempre aparece, eu finalmente apareci. E para dizer também que eu tenho vários one shots em andamento, eu só não ando tendo muito tempo para escrever, porém não desistam de mim.
Boa leitura familia🏁🏎

Início de temporada, novo ano, novos ares e novas oportunidades para Lance Stroll.

Lance estava especialmente animado com esse ano, a sua equipe tinha conseguido um carro foda e ele estava treinando feito louco no simulador. Esse ano ele queria acabar com aquele discurso de "ele só está lá, porque o pai dele é o dono", ele queria mostrar para todo mundo que ele era capaz, que ele era um bom piloto, que ele tinha capacidade de melhorar, mas ele ainda se sentia meio intimidado com a presença do Fernando.

Ter um piloto tão experiente quanto o Fernando ao seu lado fazia o Lance se sentir intimidado, mas ao mesmo tempo instigava ele a ir até seu máximo, melhorar cada dia mais, ele queria ser igual o Fernando, não, ele queria ser melhor do que o Fernando e isso tirava as suas noites de sono no simulador.

Lance estava dando tudo de si e o seu esforço ficava visível nos seus resultados. Stroll queria ser capaz de andar lado a lado com o Fernando, de ultrapassar ele, de pegar pódios.

Lawrence Stoll sabia muitas coisas sobre o seu filho, uma delas era que ele era ambicioso e ele via nos olhos do seu filho a determinação. Lawrence sabia desde o início que a contratação do Fernando traria consequências boas para a equipe e ele ansiava por isso mais do que ninguém, só não imaginava que isso afetaria tanto o Lance de uma forma boa.

Já Fernando... bom, ele estava feliz com a equipe, ele não podia mentir, ele sentia que tinha achado uma mina de ouro, os testes no simulador estavam uma loucura e quando ele sentou no carro pela primeira vez, ele sabia que o carro era competitivo.

Mas não só isso tinha chamado a sua atenção, outra coisa que havia chamado era o Lance, seu team mate, que era tímido, mas quando ele se soltava com a equipe, ele não parava de falar, porém logo a sua timidez voltava, principalmente quando ele percebia que o Fernando estava olhando para ele. Fernando observava o mais novo com atenção, observou o desempenho dele nos testes do Bahrain, observou na primeira corrida nesse mesmo circuito, em Jeddah ele não teve tanta sorte, a Australia foi uma corrida estranha, mas ele percebeu que o Lance era um piloto consistente.

Lance tinha melhorado muito, Fernando reconhecia isso, toda a equipe reconhecia isso, e ver o mais novo batalhando no seu desempenho, despertou no Fernando a vontade de ajudar ele, de mentorar ele. E Fernando fez, de pouquinho em pouquinho, primeiro com coisas sutis tipo conversando após as corridas, ou dando dicas de onde ele deveria freiar e onde ele deveria acelerar, onde ele devia ter mais cautela, e depois foi evoluindo para conversas longas sobre o estilo de pilotagem de cada piloto e como ele devia passar cada um, como ele devia analisar cada um.

Lance ouvia tudo com muita atenção, não só pelo fato de que ele queria aprender, mas também ele gostava de ouvir o Nando falar. Depois que a fase timida do Stroll passou, ele começou a ser mais receptivo com o Fernando, enxergando mais ele como um aliado do que como um rival, e Lance gostava disso, eles se entendiam na pista como ninguém, a equipe também abraçou essa relação e tentava sempre buscar a melhor estratégia a cada corrida favorecendo equilibradamente cada piloto.

Fernando também gostava dessa dinâmica, ele gostava de como o Lance ouvia ele falar por horas sobre as coisas técnicas, de como ele fazia perguntas e realmente se interessava, de como ele estava aberto a ouvir e aprender tudo que o Fernando tinha a oferecer. Ao mesmo tempo que eles tinham uma diferença de idade grande, Nando foi percebendo que eles não eram tão diferentes assim, eles gostavam praticamente das mesmas coisas e passavam horas conversando mesmo fora do paddock.