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Pov Clarke

Já eram 03;00 da manhã e estávamos indo para o orfanato, Gustus dirigindo, um outro segurança ao seu lado e lexa e eu no banco de trás, uma de cada lado da porta, as vezes  eu a olhava mas ela só observava a chuva fraca que caia na madrugada através da janela do carro, ela parecia estar tão distante e sei que não era o momento mas eu também estava perdida em meu próprio mundo me lembrando dos lábios dela nos meus. 

Sou tirada dos meus pensamentos com Gustus parando o carro e anunciando que tinhamos chegado. Descemos do carro com os dois seguranças ao nosso lado, o orfanato tinha um muro que não parecia muito velho, com cores claras, do lado de fora tinha dois caminhões de bombeiros e alguns bombeiros, parecia que o fogo já tinha sido contido e agora só tinha a fumaça e os estragos.

Assim que entramos no orfanato, havia algumas fotos no corredor, uma em especial me chamou atenção. Era uma foto de uma pequena casa, bem antiga.

-É o orfanato, ele era assim quando eu fui mandada para cá, alguns coisas melhoraram com o passar do tempo, mas a verdadeira mudança só aconteceu depois que eu assumi a presidência.- Lexa falou próxima a mim, ao olhar nos olhos dela senti uma dor enorme no meu peito ao ver que ela  segurava as lágrimas. Antes que eu pudesse dizer algo, uma mulher de meia idade, com os cabelos em um tom de ruivo apareceu.

- Lexa quanto tempo... Ela abraçou Lexa - Sinto muito que seja nessa circunstância- falou ao se afastar,

-Sinto mais ainda. Deixe eu te apresentar, essa é Clarke minha assistente e uma amiga- falou me fazendo sorrir- Clarke essa é Raquel, ela que assumiu a direção do orfanato depois que a antiga diretora morreu.

-É um prazer conhece-la.

-O prazer é meu, venham vamos entrar.- sorriu e seguiu para dentro do orfanato.

A seguimos até a sala principal, o orfanato parecia estar em boas condições , bom, bem melhores que antigamente, assim que chegamos a sala vimos as varias crianças de todas as idades dormindo em colchões espalhados pela sala ou em um sofá médio que tinha ali.

Alguns dormiam e outras estavam acordadas.

-o fogo chegou bem perto dos quartos então tivemos que tira-los de lá as pressas.- Explicou 

Foi então que escutamos um choro de bebê e nos aproximamos, havia uma menina de uns 13 anos sentada no sofá tentando acalmar um bebezinho em seu colo que não parava de chorar, a menina parecia estar um pouco cansada e abatida. então me aproximei para ajuda-la

-Ei oque houve?- perguntei

- Ele não quer parar de chorar, acho que é fome- Ela respondeu ainda tentando acalmar o bebê

-Toda a comida, todo o leite, tudo estava na dispensa e a dispensa toda pegou fogo- Raquel falou ao se aproximar com Lexa, as duas pareciam segurar lagrimas.

-Será que eu posso segurar? - perguntei tentando ajudar então a menina balançou a cabeça estendendo o bebê para mim, o deitei em meu braço e comecei a balançar ele de uma forma lenta, não demorou muito  e ele dormiu.

- Você é boa- Lexa falou enquanto me olhava com um olhar de admiração 

Nos afastamos um pouco das crianças e Lexa perguntou a Raquel

-Como foi que isso aconteceu?

-Foi um curto-circuito algo na fiação.

-Não entendo, não mandamos a verba para as manutenções do orfanato- Lexa ficou confusa mas não mais que Raquel

-Já faz um bom tempo que não recebemos as verbas, Lexa.

- Lexa ficou chocada com a informação, Raquel ia falar algo mais um dos bombeiros a chamou e eles sumiram em um corredor indo para o lado de fora do orfanato .

-Eu não entendo, não posso acreditar que estão desviando dinheiro...- começou a andar de um lado para o outro com uma expressão furiosa.

Me aproximei tocando em seu braço então ela me olhou suavisando a expressão , ela olhou para o bebê em meus braços e sorriu.

-Vamos procurar a Raquel- falou

-Só vou devolver esse príncipe  aqui.

Nos aproximamos do sofá, a menina que antes segurava o bebê dormiu em uma posição  que não nada confortável com mais duas crianças menores no sofá pequeno.

Lexa estava ao meu lado com lagrimas no rosto parecendo lembrar de algo.

- Eles vão ficar bem- assegurei, ela nada disse apenas seguiu para procurar Raquel e eu fui atrás com o bebê ainda em meu braço.

A PresidentaOnde histórias criam vida. Descubra agora