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Pov Clarke

Ao chegarmos do lado de fora Raquel conversava com um dos bombeiros e parecia não estar nada bem.

- O que aconteceu?- Lexa perguntou enquanto nos aproximamos. 

-A parede dos quartos, ela caiu, tinha ficado muito comprometida- falou entre soluços. - Eu não consigo deixar as crianças dormirem amontoadas na sala até que tudo esteja reformado, eu realmente não consigo.- desabou em lagrimas. 

Lexa fez uma expressão pensativa e em seguida falou 

- E nem precisa, vamos levar as crianças para a casa Branca, lá tem quartos o suficiente- Falou como se fosse o obvio a se fazer 

-Lexa, tem certeza disso?- Raquel perguntou secando as lagrimas com um pouco de esperança nos olhos .

-Claro, está decidido.- falou indo em direção a gustus que fazia a guarda do lugar com um olhar cauteloso.

-Lexa, espera aí- falei tentando alcança-la 

Ela se virou para mim e não tinha uma ex

pressão suave no rosto, ela parecia que estava com raiva e aquilo me deu um frio na espinha.

- O que foi Clarke? vai falar o mesmo que todo mundo, que sou inconsequente? pode dizer, mas eu não consigo ficar vendo eles dormirem no chão enquanto tem milhares de quartos desocupados naquela casa, e não consigo ver esse bebê chorar de fome enquanto lá tem comida para alimentar um exercito e também não consigo ficar parada sabendo que a culpa de tudo isso é minha, por não ter cuidado com as pessoas que trabalham pra mim e movimentam o dinheiro, isso é o mínimo que eu posso fazer por eles.- Soltou tudo com raiva e terminou olhando com um olhar culpado para o bebê em meu colo. 

Apesar de ter me chateado com o jeito que ela falou comigo  eu a entendia e não a culpava, ela já estava se culpando o bastante .

Consegui segurar o bebê com um dos braços e e com o outro levei minha mão até seu rosto fazendo ela olhar nos meus olhos.

-Lexa, eu jamais te julgaria por tomar um decisão dessa, eu faria o mesmo, e a culpa não foi sua, o dinheiro passa por muitas pessoas antes de chegar em um lugar, a culpa foi da pessoa que o desviou não sua. Eu só tenho visto você tentando fazer o melhor para todos, e apesar de você sempre tentar parecer uma pessoa fria eu sei que você não é assim, sei que você é a pessoa mais  gentil e doce que existe, consigo ver isso nos seus olhos, seus olhos não mentem,  senhora presidente. Eu só ia perguntar como vamos levar todas as crianças se estamos em um único carro?- 

sorri fraco mostrando que estava tudo bem. e ela pareceu se sentir culpada pelo jeito que me tratou. Ela pegou minha mão que estava em seu rosto e levou até os lábios dando um beijo nela, me derreti toda com o ato, em seguida ela abaixou nossas mãos, mais continuou segurando a minha, fazendo um leve carinho.

- Me perdoe por falar assim com você- pediu- Eu só estou com muita raiva e ao mesmo tempo, ver aquela menina dormindo daquele jeito só me lembrou de todas as noites que eu dormi no cão para que outra criança menor dormisse na minha cama, e aquilo me doeu muito.-

-Ela não vai mais precisar dormir daquele jeito.- afirmei e ela sorriu, então o bebê começou a se mexer no meu colo e precise soltar a mão de lexa para poder segura-lo melhor e fazer ele dormir de novo.

Caminhamos até Gustus e Lexa pediu para ele dar um jeito de conseguir um transporte para levar as crianças e então voltamos para o orfanato para ajudar a raquel a pegar as roupas e os objetos pessoais das Crianças, além de Raquel existia outra funcionaria que vivia no orfanato e ajudava a cuidas dos pequenos, ela também iria com a gente, arrumamos as coisas de todos, não eram muitos, umas 13 crianças, de todas as idades. Não demorou muito para um ônibus chegar enfrente ao orfanato, colocamos todas as crianças dentro e partimos para a casa branca 

A PresidentaOnde histórias criam vida. Descubra agora