9. 🧛‍♀️

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— Disso eu tenho certeza - meu corpo se estremeceu com sua aproximação e olhei para fora novamente para não encarar seus olhos

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— Disso eu tenho certeza - meu corpo se estremeceu com sua aproximação e olhei para fora novamente para não encarar seus olhos.

— Fico pensando o que se passa nessa sua cabecinha, você pensa demais - ele disse, parando na minha frente e me encarando.

— Deve ser só impressão sua - sorri de canto.

— Claro que é, tanto que você não olha direito pra mim - ele pôs a mão no meu ombro. - Estou te passando uma imagem ruim, Jade? Te juro que, se estou, não é minha intenção.

Decidi encarar seus olhos e segurar ao máximo meu nervosismo por estarmos tão próximos.

— Não, Matheus, você não está - sua mão, que estava em meu ombro, foi deslizando até meu rosto, e não percebi que havia fechado os olhos para apreciar seu toque.

— Espero não passar uma má impressão se eu te beijar agora - ele murmurou, e então me beijou.

Um flash de lembranças passou por minha cabeça. Abri meus olhos, ainda vendo-o me beijar, e, admirando seu rosto, relaxei e cedi à passagem de sua língua, que estava pedindo.

Seu beijo me remetia a uma saudade, a algo que havia sido perdido e encontrado. Podia ouvir seu coração bater e sentir cada arrepio de seu corpo. A sensação me fez sorrir mentalmente. Seu beijo me fez lembrar de uma criança do passado, um menino que sorria para mim enquanto corríamos.

A imagem logo se foi quando paramos de nos beijar por falta de fôlego da sua parte. Como eu era imortal, não precisava respirar. Ele ficou me olhando por alguns minutos, ainda segurando meu rosto.

— Está tudo bem? - perguntei.

— Está, acho que tive o melhor beijo da minha vida - ele sorriu, fechando os olhos. - Tive a sensação de que te encontrei de novo... deve ser a erva, desculpa - ele se afastou.

— Também tive essa sensação - pensei alto e vi ele sorrir com o que eu acabara de dizer, me fazendo corar de vergonha. - Vamos descer? Vão sentir nossa falta.

Descemos juntos, e o nervosismo me tomou conta. Ao nos aproximarmos de todos, olhei para Liara e Mia, que me observavam preocupadas. Sorri para que ninguém percebesse como eu estava, e Matheus se sentou em uma das cadeiras enquanto eu preferi ficar em pé.

— Achei lindo o estúdio de vocês, parabéns, vocês merecem - falei para quebrar o gelo.

— Foi uma longa caminhada até aqui - Matheus respondeu sorridente.

— Ah, imagino mesmo. Vocês têm um público e tanto - Mia comentou.

"Tá tudo bem?" ela me perguntou em pensamento.

"Depois nós três precisamos conversar, aconteceu uma coisa lá em cima," disse a elas, que concordaram com a cabeça.

Ficamos ali por algumas horas, tentando nos distrair, até que todos ficaram cansados e decidiram dormir no estúdio mesmo.

VAMpiro | MATUÊOnde histórias criam vida. Descubra agora