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Tinha se passado 25 minutos, eles estavam parados na mesma posição, depois da "declaração" de Otto a mulher não chorou mais, apenas sorriu, fechou os olhos e aproveitou o momento e o carinho e preocupação de Otto.

Otto começou a sentir a respiração de Luisa mais pesada, serena e então deduziu que ela estava dormindo, os dois estavam escostados na parede, Luisa estava ao lado, quase na frente de Otto com a cabeça e a mão em seu peito.

Ver a mulher ali, tão vulnerável deixava Otto extremamente triste, já saber que a mulher que sempre foi tão dura em relação a ele um dia, agora tinha acabado de se abrir emocionalmente para ele, um sinal claro de confiança, deixava Otto feliz e orgulhoso de si mesmo.

Ele fica um tempo pensando, até que levanta, deita a mulher na cama e a cobre.

Boa noite Luisa.- Ele diz e beija a testa dela.

Ele fica o observando por alguns momentos.

Como alguém consegue ser tão bonita assim até chorando...- Ele se pergunta e sai do quarto.

Luisa por sua vez, estava quase dormindo, ela escuta oque Otto falou e solta um sorriso.

No outro dia:

Eram 8:30 da manhã, já tinha se passado muito tempo do horário de costume que Luisa levantava mas ela não tinha saído do quarto. Otto estava tentando ao máximo dar espaço a ela, mas estava muito preucupado com a demora da mulher, ainda mais pelo acontecido da noite anterior, então ele decide ir até o quarto checar se ela estava bem.

Era sábado, Poliana estava dormindo até mais tarde, Otto decide pegar algumas coisas para Luisa tomar de café da manhã e aproveitar para levar para Poliana também.

Ele chega em frente a porta do quarto de hóspedes e bate.

Luisa?- Ele chama.

Pode entrar.- A mulher diz com a voz baixa e triste.

Com licença, eu vim ver se você estava melhor e te trazer seu café.- Ele olha para a mulher que estava com os olhos vermelhos da noite anterior.

Ah, muito obrigada... mas eu estou sem fome.- Ela diz.

Você precisa comer, se não pode desencadear uma doença.

Vem.- Ele pega na mão dela e a guia para a cama.

Eu trouxe uma fruta e pão com geleia.- Ele diz isso e a mulher sorri, eram suas coisas preferidas para o café da manhã.

Come, por favor vai!- Ele insiste.

Tudo bem...- Ela come primeiro a fruta e dá algumas mordidas no pão, ele nao tirava os olhos dela.

Otto eu... eu queria agradecer pelo apoio que você está me dando...- Ela diz dando um sorriso fraco.

Você sabe que nao precisa agradecer, eu faria... eu faria de tudo para ver você feliz.- Ela sorri vermelha.

V-você e a Poliana claro.- Ele se corrige passando a mão pelo pescoço.

Ela sorri.

Você vai querer fazer a decoração da festa hoje? Se não estiver muito bem para fazer esta tudo bem, agente faz outro dia.- Ele diz ainda a olhando comer.

Podemos fazer hoje, vai ser até bom pra mim me animar, eu gosto de passar tempo com vocês.

Ele sorri.

Bom... eu vou para o laboratório, se você precisar de alguma coisa, qualquer coisa pode ir me chamar ok?

Ok, obrigada mais uma vez.- Ela diz.

Never alone | Luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora