Capítulo 3
추억 - Memories
"My feelings aren't for decoration"Ele me olha atentamente, esperando qualquer passo meu. Tenho medo de respirar agora, pois sei que ele vai perceber o meu peito subindo e descendo, meus ombros se movimentando. E ele saber sobre qualquer passo meu, me assusta. Tomando coragem, olho para ele que me encarava.
—— Você... não vai dizer nada? —— pergunto um pouco constrangida. Afinal, é a mãe dele de quem estamos falando.
—— Bom, posso entender porque pensa isso, então tudo bem. —— ele fala se encostando na cadeira, seus ombros estavam tensos mas suas expressões estão serenas.
—— E não é só isso —— falo ficando mais a vontade. —— Tinha alguém na minha janela também. Eu não vi quem era, mas era uma sombra preta.
—— Sombra preta? —— ele pergunta se inclinando pra frente.
—— Sim. Foi assustador, de certa forma. A sua casa é assustadora.
—— Ela é a sua casa também, Luna.
Ouvir aquilo, vindo dele, foi, de certo modo, reconfortante e me deixou mais calma. Como se o meu corpo tenso estivesse relaxado.
—— Parece que as paredes estão falando comigo. Como se estivessem me chamando. —— ele se levanta com pressa, estende a sua mão para eu pegar ela. E assim eu faço, sem entender nada.
—— Não siga a voz, Luna. Digo apenas isso. Vamos embora. —— Fala me guiando pelo corredor.
—— Embora? Como assim? Mas temos que estudar! Podemos ir embora assim do nada? Sem permissão?
—— Nós podemos tudo.
~❃~
Depois de sairmos da escola estranhamente acompanhados pela diretora que apenas concordou em nos deixar sair sem nem perguntar algo, estávamos no carro. Dessa vez eu fui atrás com os meninos. Estou sentada entre o Jungwon e Niki. O tempo estranhamente se fechou do nada, como se tivesse entendido o momento em que estamos. Bizarro.
—— Então você é japonês? —— pergunto e o mais velho ao meu lado assente.
Descobrir que eles não são filhos de sangue da senhora Park. Que de alguma forma perderam os pais verdadeiros, e que a senhora Park os salvou. Niki é japonês, Jake australiano e Jay Coreano-americano. Por isso a idade sendo igual ou mínima diferença. Porque eles não são irmãos de sangue.
—— Sim. Morava nas ruas quando Da-hye me salvou de algum modo.
—— De algum modo? Como assim.
—— Ele quis dizer que salvou ele fisicamente mas aqui —— jungwon colocou o dedo indicador na cabeça. Indicando a mente.
—— Oh sim... —— me viro para Niki e coloco minha mão sobre a sua.
—— Vai ficar tudo bem. Ele olhou pra mim e sorriu. Um sorriso verdadeiro mas logo se transformou em culpa.
—— De qualquer forma, não é da sua conta.
Ele então fecha a cara e vira o rosto. Estranho. Ele estava conversando comigo tão animado, porque do nada ele ficou estranho? Não foi sobre os pais deles, eu tenho certeza disso. Me viro para Jungwon que da um sorriso triste virando o rosto. Assim que o carro chega em frente a mansão, nem espero ele parar direito, saio dele e vou andando apressadamente para o carro.
Não são nem meio dia, a casa está vazia, Sae-Bom disse que minha avó saiu. Vou para o meu quarto e me jogo na cama. Eles me deixam com tanta raiva. Uma hora me tratam bem e na outra simplesmente virão a cara. Estou tão cansada.
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FEAR - ENHYPEN
Fantastique"Não importa o quanto eu tente mudar. As terapias, os remédios, as conversas. Nada muda. Sempre que fecho os olhos, eu me vejo. Afundando, afundando e afundando. A água entrando pela minha boca de tanto que eu grito. Ninguém vinha, ninguém escutava...