Capítulo 4

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Capítulo de passagem, mas agora incluindo uma personagem relevante.

Boa leitura (:

Lembrem de curtir e comentar o cap, por favorzinho.
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Danielle

O relógio nunca andou tão devagar quanto nessa manhã de segunda-feira. Minha última interação com Stefania havia sido uma mensagem quando cheguei em casa, a avisando que havia chegado bem, mensagem que ela respondeu com um emoji sorrindo. Era ridículo me sentir assim sobre alguém que eu não via há menos de 48h, mas eu só conseguia pensar em terminar de almoçar rápido enquanto Jaina, Grey, Barret e Jay falavam sem parar e eu quase rezava para que eles calassem a boca.

- Danielle tá quieta, né? – Grey implicou comigo.

- Ela tá ansiosa pra beijar o mozão da Maya hoje – Barret respondeu e a olhei incrédula.

- Estou ansiosa, a gente gravou aquela cena na cama, mas era mais rápida – Eu tentava me sair da encrenca.

- Ué, pra gravar comigo não ficou nervosa, né? – Grey insistiu.

- É diferente, eu mal a conheço e... – Eu buscava alguma justificativa já que nem eu sabia o porquê de todo esse nervosismo – parece que estão esperando muito de nós hoje, esse papo todo de química, vai que dê errado?

- Até eu devo ter química com aquela mulher, o jeito de andar dela é sexy, até a respiração, não sei se quero ser ou ter – Jaina brincou e todos gargalhamos.

- Ter, certamente – Falei e dei de ombros enquanto via todos concordarem comigo e rirmos juntos.

- Mas ela também é uma querida, né? A mulher é linda, engraçada, gentil, inteligente...- Jay se derretia agora.

Terminamos de almoçar entre implicâncias e brincadeiras e voltei para reajustar meu figurino, escovar os dentes, refazer a maquiagem e essas coisas da rotina. Acabei me maquiando no trailer com a Jaina e Barret e quando entrei no meu, cerca de 13h, Stefania já estava sentada no sofá repassando também seu texto.

- Boa tarde, senhorita. Que pontual! – Falei brincando com ela.

- Esqueci de mandar mensagem avisando que estaria aqui no seu recinto... – Ela disse brincalhona e me sorriu – Boa tarde, Dani. – Andei até a penteadeira e me movimentei um pouco, acho que meus movimentos demonstraram meu nervosismo no silêncio – Quer passar o texto?

- Pode ser – Respondi ainda inquieta. A ideia de beijar essa mulher em uma cena mais longa estava de fato me afligindo, o primeiro beijo que gravamos, na cama da Maya foi mais fácil, era uma cena quase sem falar, muito rápida e, bom, foi antes da casa dela.

Começamos a passar o texto e meus olhos não foram até o rosto dela nem ao menos uma vez, o que me deixou o clima mais estranho.

- Dani, eu posso te fazer uma pergunta? – Ela disse depois de alguns instantes.

- Claro! – Respondi tentando disfarçar meu nervosismo e minhas mãos que suavam sem parar.

— Aconteceu algo lá em casa que te deixou nervosa ou desconfortável? – Ela me olhava intrigada e meus olhos tiveram que ir até seu rosto sem ter muita escapatória.

— Não, não – Eu ri soltando o ar – Eu só estou nervosa de gravar mesmo.

- Por quê? – Ela inclinou a cabeça após perguntar, me fazendo soltar um risinho achando o movimento a coisa mais fofa do mundo.

- Porque eu tô com medo de você ficar desconfortável na cena ou de não encaixar, como se eles estivessem colocando muita pressão em nós – Eu repeti a meia verdade de mais cedo e ela instantaneamente segurou uma das minhas mãos de modo consolador.

Bella DisordineOnde histórias criam vida. Descubra agora