Brushes and Pallets [HYUNJIN]

Cap. 1

Era de manhã.

-Seo-Young trabalhava em uma loja de materiais para pintura.
A loja iria abrir às 08:10 AM, e adivinha... eram 07:40 AM.-

Beep Beep Beep~

O alarme do celular de Seo-Young tocava desesperadamente. Até que a garota decide desligar o alarme e começar a se arrumar.

— Hmm, que horas são...? - Murmura Seo-Young. - SETE E QUARENTA?! EU ESTOU MUITO ATRASADA.

A garota não hesita em levantar para se arrumar.
Levar uma bronca de seu chefe por atraso não deve ser algo muito agradável.

Não demora nem 20 minutos para Seo-Young se arrumar.
Ela estava vestindo uma roupa simples.
Calça jeans, blusa do trabalho e um tênis branco.

Já quando entrou no banheiro para fazer suas necessidades, a garota se assusta com a situação de seu cabelo.

— AAAH! Como isso é possível?! Preciso dar um jeito nisso aqui, rápido.

Ela estava lutando um pouco para deixar seu cabelo de uma forma apresentável, porém, sem sucesso.

— Mas que droga! Por que isso não fica do jeito que quero?! - Diz Seo-Young já irritada. - Não quero me estressar essa hora da manhã.

A garota acaba se rendendo e decide prender seus fios.

Ela olha o horário em seu smartphone e vê que já se passaram 20 minutos, ou seja, ela tinha 10 minutos para chegar em seu local de trabalho.

Seo-Young se assusta ao ver o horário e logo pega sua chave do carro.
Ela não comeu nada antes de sair de casa. Então vai passar em alguma cafeteria para comer algo.

Ao chegar na cafeteria, avista um garoto jovem, cabelos azuis e olhos muito bonitos. Principalmente sua boca, vermelha e aveludada.
Aquilo parecia um sonho para ela.

O garoto estava ouvindo música em seus fones enquanto admirava a paisagem lá fora e tomava o seu café.

— Senhorita, com licença. Aqui os seus sonhos. - Diz a garçonete colocando os doces na mesa.

— Ah, muito obrigada. - Agradece a garota perdendo total foco no garoto no qual estava a alguns minutos admirando.

A garçonete não diz nada, apenas se inclina e volta para a cozinha.

Um tempo depois, o garoto dos fios azulados termina sua xícara de café e sai do estabelecimento.

— Multiplica senhor... - Diz Seo-Young observando o maior se retirar de lá.

A garota come sua refeição rapidamente e paga logo saindo também do estabelecimento indo para seu local de trabalho.

Quebra de tempo...

Seo-Young chega em sua loja alguns minutos atrasada.

— Olha... Achei que não ia vir hoje. - Diz Eun-Ji, sua colega de trabalho.

— Não enche, Ji. Eu passei a noite inteira estudando, então acordei meio tarde.

— Calma, estressadona. Eu estava brincando!

— Inclusive... Eu estava na cafeteria agora a pouco e eu vi um garoto maravilhoso! Ele não parecia real. - Diz Seo-Young se virando para a mesma.

— Ah, você e suas "gayzisses", né? Seo-Young, esse é o quarto cara que você me fala só essa semana.

— Que exagero! A culpa não é minha de só encontrar pessoas bonitas. Mas eu te juro. Ele parecia um príncipe!

— Como ele era, então? - Pergunta Eun-Ji.

— Ele era maravilhoso. Era alto, cabelos azuis, olhos encantadores... e sua boca... a boca dele era... inexplicável! - Diz Seo-Young ficando cada vez mais corada.

— Se você diz...

Eun-Ji parecia totalmente desinteressada.

— Eu desisto de te contar as coisas! Você nunca demonstra interesse. - Resmunga Seo-Young.

— É claro! Você só fala de homem, amiga. Parece que não sabe que eu não me atraio por homens. - Diz Eun-Ji.

Seo-Young revira os olhos mas logo depois continua o que estava fazendo.

Algumas horas se passam e já atenderam alguns clientes.

— Amiga, está na hora do meu intervalo. Qualquer coisa me chama, tá? - Diz Seo-Young entrando por uma porta onde dava para seu local de descanso.

— Tudo bem. Eu tomo conta daqui.

Mais alguns minutos se passam até que entra um último cliente do turno de Eun-Ji.

Aquele cliente pegou pincéis para comprar.
Logo após que chegou ao balcão para pagar, avistou um amigo fora da loja e decidiu ir cumprimentá-lo.

— Você poderia reservar esses pincéis para mim? Eu preciso dar uma saida rápida. - Pergunta o cliente.

— Claro! - Assente Eun-Ji colocando os produtos do lado de dentro de seu balcão.

Eun-ji olha para seu smartwatch e vê que agora era o turno de Seo-Young.
Ela vê a garota vindo para completar seu turno.

— Eai? Como foram esses minutos em que eu estive fora? - Pergunta Seo-Young.

— Foram normais, como todos os dias. Ah, e esses pincéis estão aqui porque um cliente teve que dar uma saida rápida. Mas pelas palavras dele, ele ia voltar. - Diz Eun-Ji.

— Entendi. Vou esperar por ele.

— Beleza! Já vou indo.

Se passaram 30 minutos e nada daquele cliente chegar. O que pode ter acontecido?

Seo-Young olha em sua volta mas não vê o cliente.
Até que vê uma carteira em cima de seu balcão.

— De quem pode ser essa carteira? Da Eun-ji eu tenho certeza que não é, afinal, a dela é da Dior e essa é da Celine. Bom, não vou mexer. - Diz Seo-Young colocando a carteira em outro canto do balcão.

O dia se passa e nada do dono da carteira chegar.
Até que acaba o turno de seu trabalho e decide perguntar para sua colega de trabalho.

— Ji, você sabe de quem é essa carteira?

— Deixa eu ver. - Diz Eun-Ji pegando a carteira para observar. - Eita, não faço ideia.

— Essa carteira está aqui desde essa manhã e ninguém veio buscar. Muito menos o cliente dos pincéis.

— Ele não veio? - Pergunta Eun-Ji.

— Não. Depois dele não veio mais ninguém.

— Estranho... Eu acho que o único jeito de descobrir o dono da carteira é abrindo, né? Deve ter cartões aí ou até documentos.

— Não sei não. Seria uma falta de respeito abrir uma carteira na qual não sabemos o dono.

— Realmente. Mas nós não vamos abrir para roubar, e sim para devolver. Então acho que não tem problema em abrí-la. - Diz Eun-Ji.

Continua!