Depois de uma hora, Lúcia, a mãe de Luis, estava preocupada e não deixava o marido dormir.
André, ao contrário de sua esposa, não se importava com o que o filho fazia ou se ficava até tarde na rua, desde que o deixassem dormir. Foi difícil com a esposa andando de um lado para o outro com o telefone na mão, tentando ligar para o Luis.
"Nosso filho não atende", disse ela. "porque ele atende?"
"Eu vou saber?" ele perguntou, sarcasticamente. "Como pode um vagabundo querer um telefone se não atende uma única ligação?"
Sua mãe correu para a janela de seu quarto ao escutar um barulho no portão. E olhou, aliviada porque ele tinha acabado de chegar.
"Obrigado, Deus!" ela exclamou enquanto descia as escadas chegando na sala.
Luis abre a porta do quarto com expressão assustado.
"Perdeu a noção, filho?" ela perguntou. "Isso é hora de chegar?"
"Não tenho culpa", disse Luis. "Mãe, Eu descobri quem está por trás do sumiço dos animais da vizinhança."
"Outra vez com isso?" ela perguntou. "Quantas vezes terei que dizer para você não se envolver nisso? Que coisa!"
"Alguém precisa fazer alguma coisa", disse Luis. "Só estou fazendo o que ninguém mais faz."
"É perigoso, meu Deus", disse ela. "Aposto que você não estava na casa de ninguém.""É verdade, não fui ver ninguém", respondeu Luis. "Pelo menos, não desse mundo."
"O quê?" ela perguntou.
"Fui ao cemitério visitar e falar com alguém especial, porque não sou como o meu irmão, que anda rodeado de amigos!" disse Luís. "E nunca vou ser porque eu sou diferente."
Luis sobe a escada em direção ao seu quarto.
"Filho!" resmungou ela.
Seu pai que estava na cozinha se envolveu.
"Porque não liga para o hospício vim buscar ele", disse o pai."Como você pode dizer isso?" ela perguntou. "Ele é nosso filho e precisa de ajuda!"
"Por que você ainda defende esse vagabundo?" rosnou o pai. "Se ele fosse igual a seu irmão, não seria um peso morto nessa família!"
"Ele é nosso filho!" exclamou ela. "Talvez ele fosse normal se alguém aqui, em vez de ajudar, não ficasse na rua enchendo a cara na rua, passe mais tempo com a família!"
"Agora a culpa é minha?" gritou o pai dele. "Estou cansado de ouvir isso!"
"Não. "Você quer saber a verdade?", ela disse. "É minha culpa é ter me casado com um alcoólatra."
Luis de raiva ao ouvir os gritos de seus pais no quarto.
Jogou as coisas no chão gritando e de escorando na canto da parede chorando. enquanto olhava a galeria de fotos do mural espalhadas pelo chão.
Havia um desenho de quando ela era criança entre as fotos. Nele havia um menino e um cão brincando juntos.
O mesmo desenho que ele fez na casa de sua avó antes dela morrer.
Sua mãe entrou em seu quarto. E o viu.
"Você ainda guarda esse desenho?" ela perguntou.
"Sim, eu me lembro de ter desenhado com minha avó. "Quando minha vida ainda valia apena", disse Luis. "Sinto falta dela."
"Eu também sinto, filho", disse ela. "Mas temos que ser fortes e seguir em frente."
"Por que todo mundo fala como se fosse fácil?" Luís perguntou.
"Eu nunca disse que era fácil", disse ela. "Sabe, há momentos em que sinto falta do meu pai e do meu irmão, tento não pensar nisso." Porque, assim como todas as histórias, há sempre um final.""Como assim?" pergunta Luís.
"Todos nós somos os protagonistas de nossas próprias histórias filho, e todas as histórias, como todas as outras, têm um final", disse ela. "A história deles acabou, mas a nossa ainda não. Entendeu?"
"Sim, mãe isso foi muito poético", disse Luis.
"Eu costumava dizer isso para mim mesma sempre que alguém morria", explicou ela. "Significa que devemos seguir em frente." Sua avó já viveu a sua vida; ela gostaria que você fizesse o mesmo.
Luis sorriu e de repente, o som e o brilho dos fogos anunciavam a virada de mais um ano, os fez ir até a janela observar.
"Feliz Ano Novo, filho!" disse ela.
"Feliz Ano Novo, pra você também mãe!" Disse ele.
Ela o abraça e ambos assistem os fogos.
"Eu disse que ia chegar antes da queima de fogos" brincou Luis."Por sorte né " brincou a mãe.
Juntos os dois riram. E o pai que foi pedir algo a sua esposa, deixou pra lá o que ia pedir e os observa da porta.
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Destiny Bond's: O Conto Do Cão Fantasma!
Fantasyum jovem em busca de conexão em um mundo difícil de compreender. Após enfrentar a perda de uma grande amiga, Luis se sente cada vez mais isolado do mundo ao seu redor, enfrentando uma depressão profunda e uma profunda sensação de rejeição. Ele já ha...