Capítulo 14

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Narrado por Maraísa

Um dia, chegando ao serviço, encontrei a Bianca noestacionamento. Ela estava conversando com a empresária dela enquanto caminhavapara o SBT. Assim que me viu, ela sorriu. 

— Maraísa! Bom dia! Não te vichegando... Você veio de carro? 

— Bom dia! Não, apenas entrei peloestacionamento. — Cumprimentei ela e a empresária e fui caminhando ao ladodelas. 

— Entendi. O Sérgio me falou sobre vocês! É uma pena. 

— É eu sei. — deium suspiro. — Mas é muito difícil! Ele é um cara muito especial, porém, eu nãoestava com ele por completo! 

— Eu entendo! A gente não manda no coração, não é?Fazer o que? 

— É... Fazer o quê, né! — suspirei novamente.

 — E o Danilo? Sabequando dá aquele calafrio por dentro?

 Só o seu nome já provocava essa sensaçãoem mim. 

— Não nos falamos mais. — respondi. 

— Ele continua com a Gabi Martinsainda? 

— Sim, continua. 

— Mas você falou para ele que está solteira? 

Aquelapergunta mexeu comigo. Isso influenciava em algo?

 — Não, mas acho que o Sérgiojá deve ter contado, né? São amigos. 

— É, pode ser. — Ela sorriu. — De qualquermodo, converse com ele.

 — Por quê? 

Ela olhou para o lado, como se estivessepensando no que deveria falar. Aquela demora me deixou curiosa. 

— Só paracolocar o assunto em dia. 

— Eu não. — falei. — Vai que eu falo e ele queira darem cima de mim, só para juntar para a coleção?

 No momento em que falei, elafranziu a testa estranhando meu comentário. Chegamos no estúdio e a empresáriadela entrou. Bianca olhou para mim como se quisesse entender o que eu haviadito. 

— Por que você diz isso?

 — Ah, deixa para lá. 

— Você diz por causadaqueles comentários no almoço? — ela insistiu. 

— Não... não é nada. — continuei. 

— Bom, se foi por isso, fica tranquila! Eu não tenho mais nada com ele. Ficamosnaquela noite simplesmente porque os dois estavam sem nada para fazer. Acheiele um cara legal, saímos e ficamos, mas isso não significou nada para mim etenho certeza que para ele também não. Tanto é que nos tornamos amigos depoisdisso. 

— É que você não é a única que ele faz isso. Ele é assim com todas! 

Elaolhou para cima como se estivesse pensando, e meneou a cabeça. 

— Eu sei da famadele, mas não acho que você deva julgá-lo desse jeito. Enfim, só vocêconhecendo para saber. 

Balancei a cabeça em negativa, como se não quisesseconhecê-lo de verdade. Na real, eu não queria mais mesmo. 

— Vamos nos versempre por aqui. — Ela disse. — Vou começar a gravar uma novela, então estareimais presente pelos corredores.

 — Que bom! — sorri. — A gente vai se ver sempreentão. 

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