Capítulo 16

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Meu coração estava tão apertado. Onde eu havia me metido? Era tão óbvio que o Danilo não seria fiel! Olha a fama dele! Eu sempre soube disso, e, gente! Ele ficou comigo quando ainda estava com a Gabi Martins! O que eu poderia esperar mais disso? Onde eu estava com a cabeça

De manhã Danilo me mandou mensagem de "bom dia" e disse que iria me levar ao trabalho. Fiquei feliz na hora! Era impressionante como ele conseguia me iludir, fazendo eu esquecer de tudo rapidamente.

Uma trouxa apaixonada? Sim! Era isso que eu era!

Mesmo assim, as minhas dúvidas não haviam sumido da minha cabeça. Ele chegou no horário combinado e ao vê-lo, eu ficava hipnotizada. Era engraçado como todos os dilemas desapareciam naquele momento.

— Bom dia! — cumprimentou-me.

— Bom dia! — sorri e fui ao encontro dos seus lábios. Um beijo perfeito, por sinal.

— Tenho algo para você!

Ele se debruçou no banco de trás e me entregou um pequeno ramalhete com três rosas, cor de rosa em um arranjo perfeito com um laço branco.

— Não sei ainda seus gostos, mas quando as vi, lembrei de você!

— Que lindo, Danilo! Eu amei!

Acho que qualquer presente que ele me desse eu iria amar, afinal, era um presente DELE. Não me chame de besta, embora eu saiba que estava sendo!

Tenho certeza de que a Yasmin estaria rindo de mim ao saber que eu caia na dele tão facilmente.

— Não quero levar para o serviço para não estragar. — Eu disse, admirando o presente. — Queria poder levar para casa assim, desse jeitinho.

— Eu levo para minha casa e à noite você pega. — ele sugeriu.

— Tudo bem. Pode ser!

Ele me olhou e deu mais um beijo. Aquele beijo maravilhoso que só ele sabe dar. Fomos conversando, até que ele tocou no assunto que justamente eu precisava falar.

— Parece que vai abrir uma seleção no administrativo do SBT, mas não é para a área de psicologia. Será que a Yasmin se interessaria?

— Não sei se ela gostaria de atuar em outra área. O salário é muito diferente?

— Não sei, mas com certeza deve ser mais do que ela ganha! — disse gargalhando.

— Posso ver com ela.

— Ok! Aí você me fala que eu tento alinhar para ela!

— Er... — respirei fundo para ter a coragem de perguntar. — Vocês têm se falado?

— Às vezes ela manda mensagem perguntando se eu sei de alguma vaga.

— Ah.

Eu desviei o olhar para a janela lateral. Dava um aperto no coração só de pensar. Será que ele estava mentindo para mim? Ele parou o carro no sinal vermelho e encostou a mão na minha perna.

— O que houve? — questionou.

Eu olhei com receio. Devia estar estampado na minha testa o que eu pensava.

— Nada.

— Desde ontem você não quer me contar o que está acontecendo... É sobre mim?

Suspirei, ao mesmo tempo que o sinal abriu e ele desviou o olhar para olhar o trânsito.

— Sei lá, Danilo! É bobeira minha. — eu disse.

— Você fica quieta toda vez! Eu gostaria muito que você me falasse!

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