† CAPÍTULO IV †
_______________06 DE SETEMBRO DE 1999
DECIDIMOS IRMOS JUNTOS para a missa da manhã.Rhys e eu começamos a sair, tornando-nos namorados, e assim que não havia mais problemas criando uma barreira invisível entre nós, estávamos inseparáveis. Apenas em lugares públicos, e em companhia do meu amigo Piedro, que mantínhamos a distância, porém, nos comunicamos com olhares.
Depois que parei de afastar meus sentimentos, consegui entender o que ele queria dizer com sintonia, ouvir o que o outro está pensando. No entanto, eu queria entrar mais fundo na sua mente, mas Rhys não deseja me ensinar como ele consegue fazer aquilo tão bem ㅡ e eu lhe disse que ele deveria renunciar à futura profissão de médico, e começar a pensar em psicologia, como ele tanto se gaba de ser bom.
Todos estavam de pé com um pedido do padre, e meus olhos buscaram meu pai, que estava no andar mais baixo do altar, representando a academia. Sua vista estava no chão, para mostrar perante a Cristo, que seu valor como homem era zero. Fechei meus dedos, lutando para uma careta não transparecer num lugar sagrado, e eu ser julgado por algo tão simples como isso.
Concentrado em não julgar os comportamentos do meu pai, senti a mão do Rhys cobrir meu punho fechado, e seu ombro encostar no meu. Sua presença compactou qualquer sentimento desprezível que eu estava sentindo anteriormente.
ㅡ Eu sei o que você está pensando agora ㅡ Rhys declarou, e eu contive sorrir por está agora sob a supervisão do olhar duro do meu pai, e eu não queria ser pego dessa maneira, prejudicando Rhys e sua família que tem muita influência pela Inglaterra.
ㅡ Esclareça, por favor, mentalista ㅡ pedi num sussurro, acompanhando o sinal da cruz feito pelo padre, preste a dar a benção final da missa.
ㅡ Em fugir do seu pai.
ㅡ Acertou outra vez.
O corvo nunca errava uma vez que ele tinha certeza da resposta, por isso, sempre que ele tinha insegurança sobre algum assunto, ele permanecia calado, para em outra partida ele ganhar o jogo. Ele não se arrisca precipitadamente. Estuda o oponente de perto o suficiente para ver a cor de seu espírito, e assim que entende tudo, joga a pessoa contra si mesma.
ㅡ Se continuar nesse ritmo, eu juro que irei te proibir de me analisar ㅡ ameacei-o, movendo minhas pernas para fora do banco, iniciando uma caminhada até a saída da construção, sentindo o meu corvo me seguir.
ㅡ Tente ㅡ desafiou-me, sorriso ladino ㅡ, terei o prazer de ficar com a mente vazia pela primeira vez e de tirar toda a sua concentração.
Melhor não.
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INSÔNIA
Short StoryCONTO | ESCOLAR | PSICOLÓGICO | LGBTQIA+ 𝕿𝖞𝖑𝖊𝖗 𝖂𝖗𝖎𝖌𝖍𝖙 é um garoto que cresceu num ambiente familiar religioso, assim que quando atingiu quinze anos de idade, seu pai julgou que era melhor para ele o mandar para um internato masculino e el...