SIERRA MERLYN TINHA VÁRIOS PROBLEMAS que envolviam um pai controlador, problemas com álcool e segredos guardados a sete chaves, apesar disso, sua vida estava sob controle.
TUDO MUDA QUANDO Oliver Queen volta após cinco anos preso em uma ilha, sentim...
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Oliver Queen
Atualmente
" Sierra Merlyn "
DEPOIS DE UMA NOITE TERRÍVEL, TIREI O BAÚ que havia escondido e o destranquei, abri devagar, tirei a manta e peguei com cuidado o caderninho que meu pai havia me entregado antes de morrer, junto com uma pequena pedra que lembrava a ponta de uma flecha.
Ontem quando vi o colar que havia dado para Sierra e vi o pingente de flecha, não consegui parar de pensar o quão irônico tudo aquilo era.
Sierra Merlin… Estava diferente.
A mulher estava diferente do que me lembrava, seus olhos não tinham mais aquele brilho inocente, a expressão sempre feliz do seu rosto também não estava mais lá. Ontem, ela parecia séria e era como se todos os seus movimentos fossem cuidadosamente calculados.
Também havia o seu óbvio problema com bebidas e pelo jeito que Tommy ficava tenso cada vez que ela servia mais uma taça, o problema era grave.
Era como se eu não conseguisse tirar os olhos dela desde o momento que a vi passando pela porta, nunca imaginei que ficaria daquela forma por causa da irmãzinha mais nova de Tommy, a pequena Sierra.
Peguei o que precisava e fui para o quarto de Thea, dei duas batidinhas na porta e abri, dando de cara com minha irmã e uma amiga sua.
— Ollie!
— Ninguém me chama assim há tempos, Speedy. Thea fez uma careta.
— O pior apelido que existe — a garota murmurou.
Dei o meu melhor para sorrir para ela.
— Você sempre me seguia quando era criança, acho que combinou muito bem — comentei — Será que ainda combina?
A outra garota se moveu para sair do quarto, parecendo nervosa.
— Vejo você na escola, Speedy.
Minha irmã me encarou.
— Desculpe-me por ela.
Ri baixinho.
— Sem problemas, aliás, tenho uma coisa para você.
Thea estreitou os olhos.
— Vai dizer que voltou de uma ilha deserta com um souvenir?
Mostrei a pedra para ela.
— É um hozen, que no budismo simboliza a reconexão — expliquei — Eu guardei, na esperança de que um dia me reconectar a você.
Entreguei o objeto para Thea, que tentou, sem sucesso, esconder o sorriso.
— Uma pedra, olha que fofo! Eu quero uma daquelas camisas que dizem “meu amigo naufragou e eu só ganhei essa camisa ridicula”.
Nem sequer me virei ao ouvir a voz de Tommy, um minuto depois, ele estava ao meu lado, rindo. Thea deu um breve olhar para o meu amigo e depois me encarou.
