oi gente!!
sei lá amo tantooooo meu rosaberta que nem sei entao decidi escrever essa fic pra celebrar elas.
as datas, personagens, intrigas e tal não condizem com a realidade e qualquer semelhança é mera coincidência.
enfim, beijinhos. espero que gostem. não esqueçam de comentar.
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O baque estridente vindo do outro lado da academia fez com que Rosamaria saísse de seu estupor cego.
O foco no exercício que fazia e na dor pulsante no pé esquerdo haviam tirado sua atenção para o mundo fora de sua cabeça, o suor que molhava sua camisa e lhe dava a sensação de estar afundada em uma espécie de aquário era a única coisa que passava pela sua mente. Isso e sua respiração pesada. E a dor, a maldita dor.
Até ouvir o batido estridente. Acompanhado da série de palavrões cochichados por uma voz apressada. Rosa piscou, virando-se em direção ao barulho e sendo incapaz de ver qualquer coisa na penumbra de sombras que os aparelhos de exercícios e a pouca luz vinda do lado de fora geravam.
A tarde de maio já se extinguia para transformar-se em uma noite seca e fria, como tantas outras que pareciam se repetir constantemente naquele ano. A academia ocupada pela seleção feminina de vôlei brasileira em Saquarema estava vazia ou, pelo menos, era o que a oposta pensara antes de ouvir o par de palavras de baixo calão ecoarem pelo salão após a voz irritada soltá-las próximo aos espelhos.
Rosa riu baixinho, desligando a bicicleta onde fazia seu cardio acelerado, ainda que doloroso, com o único objetivo de seguir as recomendações de Fernandinho, que solicitara foco após sua última-quase-lesão que a deixara de fora da primeira semana da Liga das Nações aquele ano.
A mulher andou em direção ao barulho, pronta para zombar de quem fosse a pessoa que derrubará algum equipamento. Não conseguira reconhecer a voz que xingará, mas suspeitava que fosse alguma garota do sub-23, que se preparavam para o próximo campeonato da categoria.
- Vou contar para o Wagão a bagunça que vocês 'tão fazendo a... - Rosamaria começou a dizer, mas se interrompeu após virar a direita de um leg press e finalmente conseguir enxergar a pessoa agachada a atrás do aparelho, recolhendo uma garrafa d'água e um celular que pareciam já ter visto dias melhores ao lado de três halteres de metal no chão - Rô? Achei que tinha voltado para o Rio.
Roberta a encarou, seu olhar irritado sendo substituído por surpreso ao ver a oposta por ali.
- É, eu ia mesmo - a levantadora deu de ombros, levantando do chão para ficar em pé e encarar Rosa propriamente.
A oposta não pode deixar de reparar nos olhos vermelhos, usualmente tão gentis, de Roberta piscarem algumas vezes, provavelmente tentando afastar lágrimas.
- Você se machucou? - perguntou a loira, buscando nos braços descobertos de Roberta por qualquer sinal de ferida.
- Não fisicamente - riu a levantadora, abaixando outra vez para recolher os halteres após deixar o celular, cuja tela trincara, Rosamaria não sabia se agora ou antes, sobre um banco de abdominais. - Mas o que você ainda está fazendo aqui?
Rosamaria abaixou-se também, segurando o último peso e imitando os movimentos de Roberta ao devolvê-lo para seu suporte para ajudá-la a arrumar a bagunça.
- O Fernandinho me pediu para fazer uma bicicleta para o tornozelo - Rosa deu de ombros e se sentou ao lado do celular quebrado de Roberta. - Por quê você não foi para o Rio? - a oposta questionou, percebendo que poderia estar sendo invasiva demais assim que as palavras saíram de sua boca.
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someplace to go [rosaberta]
FanfictionCinco vezes em que Rosamaria e as meninas da seleção feminina de vôlei ajudaram Roberta e uma vez em que ela pôde retribuir a ajuda. #1 robertaratzke 9.8.23 #2 rosaberta 14.8.23 #7 sfv 1.9.23