Revelações na Câmara Secreta

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Resumo:

Arin revela o que Tom deve fazer para se tornar imortal, o que desenraiza seus medos mais profundos.

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Capítulo 10
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Arin suspira, franzindo a testa. "Você vai ter que morrer, Tom."

"O que?" Tom pergunta, olhando confuso para Arin.

"Para receber a vida eterna, você deve estar disposto a sacrificar a vida. Você terá que se ferir fatalmente para que isso funcione. E no momento em que você morrer, o encantamento deve ser pronunciado," Arin diz, mortalmente sério.

Tom está em silêncio. Então ele exala lentamente, agachando-se. Ele olha para o chão, sem realmente ver. Ele realmente não quer morrer. A morte o aterroriza como nada mais, a única coisa que o tortura há anos. "Tom?" Arin pergunta hesitante.

Ela parece incerta, sua confiança habitual se foi. Tom olha para cima, sentindo um turbilhão de emoções. Ele está sempre fingindo que nada o incomoda, mas ele também é uma pessoa. Ele é humano. Claro que ele fica com medo às vezes. Mas ele nunca demonstra medo. Mostrar fraqueza é perder. A única pessoa que vê que ele não é perfeito é Arin. Ela aceita Tom como ele é. Então agora ele encontra os olhos dela, sem nenhuma de suas barreiras habituais. É doloroso ser tão vulnerável. Mas ele confia em Arin. Arin afunda ao lado dele, colocando as mãos em suas bochechas. "Eu entendo", diz ela.

Tom sorri fracamente. Quem sabia que três simples palavras poderiam significar tanto? "Obrigado", ele sussurra.

Arin sorri de volta. "Você não precisa fazer isso se não quiser", ela sugere. "Mas eu prometo que não vou estragar tudo."

Tom acena com a cabeça. "Tenho... medo da morte", ele admite de repente.

Arin congela, surpreso com essa confissão. Ela olha diretamente em seus olhos. "...Por que?"

Tom olha para baixo, achando difícil falar. Para onde foi toda a sua bravata? "Morte... Minha mãe morreu quando me deu à luz. E ninguém se importava. Ninguém se lembrava dela. Ela simplesmente se foi, como se nunca tivesse existido. E ouvi histórias. Outras crianças adotadas às vezes acabavam espancadas até a morte. E isso realmente me assustou. Porque eu não tinha controle sobre minha vida. Isso pode acontecer comigo também. Então, quando entrei em Hogwarts, a Guerra - a Segunda Guerra Mundial começou. E eu não queria voltar para o orfanato. Houve bombardeios e eu não queria morrer. Eu implorei para eles me deixarem ficar aqui. Não era seguro no orfanato. Mas todo verão eu era mandado de volta. E vi como todos os que morreram foram esquecidos. Suas vidas não tinham sentido. Eu não queria morrer assim. Eu nunca quis morrer."

Tom olha para baixo, sentindo como se um peso tivesse sido tirado de seu peito. "Sinto muito," Arin diz calmamente.

Tom olha para cima. Arin pega sua mão, apertando-a de forma tranqüilizadora. "É por isso que você tentou tanto, hein? E ninguém estava lá para você.

Ela ri de forma autodepreciativa. "Eu sou o oposto. Eu não via sentido para minha vida. Não importava para mim se eu vivia ou morria. Nada mudaria de qualquer maneira. Ninguém se importaria. Então eu me joguei em perigo uma e outra vez, sem me importar com minha própria vida. Talvez eu simplesmente tenha desistido. Mas você continuou lutando.

Tom balançou a cabeça. "Isso não é desistir, Arin. Você ainda estava lutando. Além disso, acho que nenhum de nós está certo, Arin. Não há resposta certa."

Arin sorri. "Olhe para você, dizendo algo legal pela primeira vez."

Tom franze a testa. "Eu também posso ser legal."

Através do vitral do tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora