Capítulo 32!

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Elizabeth Alves🌹

Ando pelas ruas do condomínio enquanto penso no quão imaturo e impulsivo,o Renato pode ser as vezes. Tenho quase cem porcento de certeza que ele saiu daquela forma por ter pensado algo errado sobre o que estava acontecendo comigo e com o Felipinho. Pelo que os meninos falaram,ele foi atrás de mim e provavelmente entendeu tudo errado. Preferiu tirar as próprias conclusões precipitadas.

Faço a curva com cuidado por estar em uma moto muito alta e me decepciono ao não encontrar o Renato mais uma vez. Paro pra pensar um pouco e então um lugar vem em minha mente. Sigo em direção ao rio e ao chegar lá,encontro a Porsche parada na descida para a água. Renato está encostado no capô,de braços cruzados e com o olhar fixo na água calma a sua frente.Paro a moto um pouco afastada e desço dela,caminhado até o moreno logo em seguida.

Liz: "Tudo bem com você?"—pergunto calma apenas pra sondar como está o humor dele.Ele suspira soltando o ar com força.

Reh: "Na moral Liz,não tô a fim de conversar agora não."—fala sério sem me olhar.

Liz: "Também não tô a fim de conversar,mas vim saber se você está bem. A forma como você saiu de lá deixou os meninos preocupados."—falo no mesmo tom que ele.

Reh: "Deve ter deixado os meninos preocupados mesmo,porque você tava preocupada com outra coisa,né?"—me olha de canto.

Liz: "Não entendi o que você quis dizer."—cruzo meu braços abaixo dos seios.

Reh: "Volta lá e pergunta ao Felipinho. Talvez assim você entenda."—me olha demostrando raiva.

Liz: "Não acredito que você tá com ciúmes."—falo indignada. Eu não tava fazendo nada de mais.

Reh: "Não tô com ciúmes não. Eu tô é puto da vida com vocês dois."—desencosta do carro e me olha frente a frente.

Liz: "Você só pode tá de brincadeira com a minha cara. Nós não estávamos fazendo nada de mais."—encaro ele da mesma forma que está me encarando.

Reh: "Nada de mais?"—solta uma risada debochada."—Eu saio pra procurar minha mulher e encontro ela na varanda do vizinho agarrada com meu amigo. Isso é nada de mais?"—fala mais alto.

Liz: "Fala baixo comigo."—aponto o dedo brava.—"Não tinha ninguém agarrado com ninguém. Eu e o Felipinho estávamos apenas conversando."

Reh: "Nossa! Estavam tendo uma bela conversa né?"—ri sarcástico. Essa risada dele já tá me irritando.—"Não sabia que a nova forma de conversar era um agarrado no pescoço do outro.Não tem nem vinte e quatro horas,já tô sendo corno."—põe a mão na cintura e passa a outra pelo cabelo,mostrando estar desacreditado.

Liz: "Sabe o que você é?"—me olha com a sobrancelha erguida.—"Um filho da puta, idiota."—falo indignada com a forma a qual ele me acusou.

Reh: "Que bom que está demonstrado o que acha de mim."—bate palmas.

Liz: "Eu odeio tanto o fato de você ser cabeça dura."—cerro minhas mãos em punhos.—"Porra Renato,eu tava consolando o Felipinho porque o namoro dele acabou. Nem deveria tá falando isso porque é algo pessoal, que só diz respeito a ele.Mas não. Você tem que agir como um troglodita e tirar conclusões precipitadas. Nós nos conhecemos a anos e você sabe bem tudo que eu acho sobre traição."—falo fazendo ele ficar quieto.

Reh: "Eu..."—tenta falar algo,mas eu o corto liberando toda a minha chateação.

Liz: "Pra que caralhos me pediu em casamento,se não tem confiança em mim?"—grito na cara dele fazendo-o se assustar com minha atitude.—"Pensei que todos esses anos fossem o suficiente para você me conhecer de verdade."—murmuro chateada e dou as costas a ele, caminhando em direção a moto.

Reh: "Liz! Liz!"—me chama,mas eu continuo a andar.—"EU TENHO MEDO,PORRA!"—Grita me fazendo parar.—"Desculpa por tudo que eu falei, foi tudo da boca pra fora."

Liz: "Mesmo que seja da boca pra fora,palavras ainda podem machucar alguém Renato."—viro para o moreno,encontrando seu olhar triste e arrependido.

Reh: "Eu sei,tô me sentindo o pior cara do mundo por ter te magoado."—passa as mãos no cabelo,nervoso.—"Eu sei que você nunca me trairia. Mas fui idiota e deixei minha insegurança falar mais alto. Me perdoa."

Liz: "Em todos esses anos de amizade,nunca dei motivos para que não confiasse em mim. E não vai ser agora que me pediu em casamento,que esses motivos irão surgir. Então não tem porque você está inseguro."—falo sincera ainda tentando assimilar tudo que ele me disse.

Reh: "Eu sei,meu bem. Confio em você com toda a minha vida.".—se aproxima encurtando a distância que havia entre nós.

Liz: "Então por que agiu daquela forma comigo?"—murmuro ainda chateada.

Reh: "Eu surtei,okay? Nada do que eu falei pra você é verdade. Eu sei muito bem qual é o seu caráter e ele é um dos motivos pelo qual eu te amo."—dou um sorriso pequeno.Mas muito pequeno,porque ainda estou bem chateada.—"Eu não tô inseguro em relação a você e sim a mim."

Liz: "Não entendi."—olho confusa.

Reh: "Eu tenho medo de não ser o suficiente pra você. Vai que um dia você acorda e percebe que não te mereço. Vai que você encontra alguém bem melhor que eu. Tem tantos caras por aí..."—corto a fala dele com um longo selinho.

Liz: "Sim,tem muitos caras por aí. Mas eles nunca irão me interessar,porque não são você."—seguro o rosto dele entre minhas mãos para que me olhe atentamente.—"Reh,eu sou encantada por você desde que éramos crianças. Não precisa se sentir inseguro ou com medo,porque eu nunca te trocaria por ninguém. Eu te amo,meu preto."—volto a colocar nossos lábios,mas em um beijo longo.

Reh: "Me desculpa por ter surtado e por ter te ofendido. Prometo que não me sentirei mais inseguro e que farei de tudo pra ser o melhor homem do mundo pra você."—abraça minha cintura colando nossos corpos.

Liz: "Você já é o melhor homem do mundo pra mim."—envolvo o pescoço dele com meus braços.

Reh: "Te amo,morena."—me beija da forma mais intensa possível.

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